No habitual Debate da Nação, Paulo Portas acabou por dar uma nota muito positiva – para combater o défice do Estado – ao insistir com o primeiro-ministro para a redução dos “corpos sociais” de institutos e outras organizações de cunho governamental.
Recorde-se, a propósito, que o actual governo, anos atrás, levou a efeito o programa PRACE precisamente com este objectivo.
Uns foram extintos e outros foram criados ou recriados, embora ainda não se tenha feito a “contabilização” global da relação custo/benefício dessas mudanças.
Por exemplo, uma instituição (INATEL) tinha três elementos da direcção e com a mudança passou para cinco.
Agora é só fazer as contas e ver se não será melhor voltar atrás. Mais a mais porque uma parte significativa do seu orçamento continua a prover do Estado, apesar de ser …privada.
Outro exemplo foi dado a semana passada, com o deputado social-democrata a, publicamente, vir bradar contra a nomeação do delegado do norte do Instituto de Emprego, ao que disse indicado pelo secretário de Estado (cujo Governo já desmentiu), esquecendo-se que o seu partido nomeou quatro assessores para a Assembleia da República (para receberem o vencimento) mas colocando-os a trabalhar na sede do partido.
Uma situação esclarecida, na altura – de acordo com o veiculado pelo Correio da Manhã – divulgando que era normal.
Também não se duvida. Só que em tempo de crise, seria bom guardar cerca de centena e meia de milhar de euros para ter dinheiro para os desempregados e outros necessitados.
Não serve apenas mandar (e ajudar a aprovar) reduzir de custos ao Estado quando, partidariamente, se aumenta.
Para bom entendedor…
