Por mares já navegados, o Sporting voltou a desfraldar a vela, mas não curou de a tratar convenientemente, porquanto a equipa – que marcou cedo (15’) – deixou-se cair numa segunda parte em que os bracarenses aproveitaram para empatar e afastar os leões para a segunda posição no campeonato.
Os efeitos deste nulo (resultado) começarão a ter mais impacte à medida que as seis jornadas que faltam para terminar a competição sejam cumpridas, porque a margem é curta, mas que corresponderá, por certo, ao que o grupo leonino fará a partir de agora para regressar ao topo, que dependerá também do comportamento que a formação do Benfica terá, agora que se isolou no comando.
Mais fluído no primeiro tempo, carregando a fundo desde o apito inicial, os leões – comandados pelo rei dos golos (Gyokeres) – chegaram ao golo (15’) que o avançado marcou na sequência de um livre direto em que fez a bola entrar, de rasteiro, diretamente na baliza bracarense, passando a barreira como que uma seta.
Em termos de jogo jogado, os leões remataram mais (5-3, dos quais 3-2 para a baliza, numa posse de bola de 52/48%), o que demonstrou uma ligeira vantagem leonina, ainda que pouco consistente para o que se pretendia, uma vez que jogava em casa e tinha o apoio dos adeptos leoninos.
Mas a velocidade e o acerto desceram de volume no segundo tempo, com o Braga a aproveitar o “gás” adquirido no intervalo para se catapultar para atacar o reduto leonino, para que pudesse modificar o resultado, o que veio a surgir – por força da maior dinâmica e com os leões a sentirem-se “molhados”, no que redundou a marcação do golo do empate.
Apanhando a defesa fora de “contexto”, Afonso Patrão soube chegar ao empate, com um golo marcado aos 87’, entrando pelo meio da defesa leonina, elevando-se melhor e a cabecear para dentro da baliza.
Um segundo tempo em que o Braga passou a dominar em termos de posse de bola (52/48%), com mais passes (448-418) e maior percentagem (83/82%) de passes certos, ainda que os leões tivessem rematado mais (15-9, dos quais 7-3 para a baliza), não aproveitando para reforçar a vantagem que trazia do primeiro tempo, nem as oportunidades criadas nesta segunda parte, o que demonstrou uma quebra anímica da formação leonina.
Nos outros jogos que se realizaram esta segunda-feira, a fechar a 28ª ronda, o Farense recebeu o Casa Pia e não foi além de um nulo (0-0), numa partida em que foi minimamente superior, enquanto o Boavista se deslocou a Vila do Conde para vencer o Rio Ave (2-0), com golos de Panzo (17’), que marcou na sua própria baliza, e Vukatic (74’), conquistando três pontos que o levaram ao encontro do Farense, ficando ambos com 18 pontos na cauda do pelotão, acrescentando-se que o Rio Ave rematou mais (17-6, dos quais 2-4 para a baliza, com uma posse de bola de 67/33%).
Concluída a 28ª jornada, o Benfica segue no comando (68 pontos), seguido pelo Sporting (66), Sporting Braga (57), FC Porto (56), Santa Clara (46), Guimarães (45), Famalicão e Casa Pia (40), Estoril (39), Moreirense (35), Rio Ave, Arouca e Nacional (29), Gil Vicente e Estrela Amadora (26), AVS SAD (23), Farense e Boavista (18).
Nos marcadores, Gyokeres (Sporting) marcou mais um e soma 31 no comando, à frente de Samu (FC Porto), 16; Pavlidis (Benfica), 14; Clayton (Rio Ave), 13; Cassiano (Casa Pia), Akturkoglu (Benfica), Marqués (Estoril), Aranda (Famalicão) e Ricardo Horta Braga), todos com 9 golos.
A 29ª jornada inicia-se com o Gil Vicente-Guimarães (dia 11), com o Santa Clara-Sporting a jogar-se no dia seguinte, tal como o Casa Pia-FC Porto, fechando-se com o Benfica Arouca e o Braga-AVS SAD, no dia 13 deste mês.
