Segunda-feira 07 de Abril de 2025

Carlos Lopes na Escola Secundária Marquês de Pombal

MPombal--Lopes-05-04-2025A Escola Secundária Marquês de Pombal foi a segunda paragem do périplo que o primeiro campeão olímpico português, Carlos Lopes, está a fazer por algumas Escolas Secundárias do concelho de Lisboa, dentro de um projeto promovido pela Câmara Municipal da capital.

IMG_0177“Nunca desistir” foi como que a “senha” que Carlos Lopes tinha sempre presente quando em competição, quaisquer que fosse preparando-se mentalmente para tudo o que poderia acontecer nas provas em que participou ao longo de uma carreira desportiva de duas décadas a alto nível.

Com o auditório da escola repleto por cerca de uma centena de alunos, a sessão contou ainda com a presença de uma jovem desportista, Inês Francisco, que frequenta o referido estabelecimento de ensino, tendo cabido a José Sendão Pereira, diretor da Escola, a saudação de abertura e focalizar a importância da presença do campeão olímpico mais icónico do desporto português, por ter sido o primeiro, a conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.

IMG_0181Rui Cordeiro, Vereador com o pelouro do Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, representou a edilidade e salientou não só a mais-valia da transmissão dos valores que estão associados à figura de Carlos Lopes, mas também o papel que a autarquia desenvolve no âmbito da promoção da atividade física e do desporto, para que seja essencial colocar a população em movimento, por para uma melhoria da saúde.

No debate que se seguiu – moderado pelo jornalista Artur Madeira – Inês Francisco, deu a conhecer a história da sua ainda curta vida, tendo referido que começou a praticar a natação com seis meses de idade, mais tarde passou para a ginástica, na versão dos Trampolins, passou pelo atletismo e aos 13 anos envolveu-se no Skateboard, tendo integrado o projeto de esperanças olímpicas nesta modalidade, onde se lesionou e foi obrigada a mudar de rumo, voltando ao atletismo.

IMG_0183Em paralelo, evoluiu também pela música, tendo começado por tocar acordeão, passando a viola d’arco (aos 3 anos) e piano na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, integrando ainda a Orquestra Sinfónica, tendo conquistado lugares de honra e concursos, o que faz dela (com 17 anos) uma aluna que combina o mérito académico com o artístico e o desportivo. Um exemplo de dedicação.

Por seu lado, Carlos Lopes passou em revista uma carreira recheada de êxitos, mas também com contratempos (lesões) que o obrigaram a quase parar entre 1978 e 1979, voltando à atividade por força do trabalho desenvolvido pelo técnico japonês de Judo, Kobayashi, que o “salvou” e recolocou-o na senda dos grandes triunfos, numa carreira que terminou em 1986, depois de ter conquistado o terceiro título mundial de corta-mato (Estádio Nacional) e de ter batido o recorde mundial da maratona (Roterdão).

“O desporto é um jogo de paciência”, acrescentou ainda Carlos Lopes, para justificar que há que ter muita calma e dar passos firmes, para conseguir tomar as decisões certas nos momentos próprios em cada uma das competições em que participou.

“Estudando” os adversários, os seus comportamentos em provas e respetivas táticas, Carlos Lopes salientou que são elementos muito importantes para decidir o que há a fazer para poder ganhar.

Na oportunidade, Carlos Lopes entregou ao Diretor, José Sendão Pereira, e à Coordenadora do Desporto, Raquel Lopes, os livros (autografados) que contam a história da vida do primeiro campeão olímpico de Portugal.

Prosseguindo o périplo, Carlos Lopes ruma até à Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho para uma sessão idêntica marcada para esta terça-feira (dia 8).

 

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