Lídia Praça, presidente e fundadora da MEL-Mulheres Empreendedoras da Lusofonia, apresentou o seu último livro, intitulado “Espuma das Memórias”, no preenchido Salão Nobre do Teatro da Trindade.
Na Nota que abre a obra, Lídia Praça refere que “a madrugada é um momento mágico, onde a linha entre a vigília e o sonho se torna ténue. É um estado de semi vigília, quase como um leve hipnotismo, em que a mente flutua numa suave embriaguez. Nesses instantes, a escuridão é um manto que acolhe, permitindo que os pensamentos se dissolvam e se misturem de forma única. É um pedaço onde a realidade se funde com a imaginação, criando um ambiente propício para a criatividade”.
Em termos de poesia, entrelaçando com a escrita, a autora debita:
“No silêncio do instante, as palavras dançam,
como folhas ao vento, que buscam abrigo.
A luz de um novo dia desperta sonhos adormecidos,
sussurros de um ser que se reinventa nas trevas.
Cada passo é um verso,
cada suspiro, um poema,
na vastidão do ser, na imensidão do nada.
E assim, entre a terra e o céu,
teço os fios da memória,
onde a vida se entrelaça com o eco do infinito.
A poesia é um caminho,
um labirinto de esperança,
onde a alma, desnuda, encontra refúgio”.
Natural de Bragança, Lídia Praça tem desempenhado funções em vários departamentos governamentais e é associada da Academia de Letras de Trás-os-Montes, além de outras, tendo a nota da editora (Editorial Novembro) salientado que Lídia Praça “captura a magia da madrugada, criando uma sensação quase onírica. A descrição da transição entre vigília e sonho é delicada e envolvente, convidando-nos a mergulhar nesse estado de suspensão entre o real e o imaginário”, adiantando ainda que “a obra de Lídia Praça tem uma qualidade reflexiva e sensível, bem adequada a um ensaio poético ou a uma introdução a um diário de escruta noturna”.
Palavras que atestam a qualidade da “Espuma das Madrugadas”.