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O edifício-sede da Ordem dos Arquitetos (Lisboa) serviu de palco, nesta segunda-feira, para a apresentação do projeto vencedor (e também dos outros finalistas) para a reabilitação do Estádio Nacional, obra que vai custar, aos preços de hoje (ao que parece), nada menos do que 25 milhões de euros.
Para o Estádio, diretamente ligado à História do desporto em Portugal, por certo que esta “homenagem” vai propiciar uma inauguração convincente de que há muito que os melhoramentos que se vão processar deveriam estar realizados, tal o “distanciamento” sofrido “durante quarenta anos, que acompanhei a par e passo, porquanto, no início, o espaço era uma quinta sobre o ponto de vista dos governadores da altura” – como salientou Isaltino Morais, atual presidente do município, o cidadão que “soltou as amarras” e criou, palmo a palmo, uma concelho oeirense do melhor que há no país, sob todos os aspetos.
O presidente da edilidade de Oeiras recordou que “não era fácil chegar a uma conclusão que salvaguardasse este património. A democracia chegou tarde ao Jamor, pois o espaço era, historicamente, uma espécie de quinta dos responsáveis políticos, pelo que felicito o júri pelo trabalho realizado e pela escolha feita”.
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Isaltino referiu ainda que “estou muito satisfeito pelo que está a acontecer, depois da assinatura do protocolo, em julho de 2023 – no anterior governo – e por se chegar a este dia para escolher não só o projeto vencedor, mas, em especial, por se prever que a obra se inicie a curto prazo”.
Antes, Pedro Novo, presidente da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitetos, a abrir a sessão, salientou que “o objetivo da reabilitação do Estádio Nacional era modernizar o espaço desportivo e a zona envolvente, capacitando esta infraestrutura para os mais variados eventos. O projeto vencedor prevê a reabilitação e reorganização do complexo desportivo, somando a construção de novos espaços. Quero agradecer a confiança que a Federação Portuguesa de Futebol depositou na excelência dos nossos serviços”.
Para Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol – que liderou o processo de acordo com o acordo firmado há dois anos – “hoje celebramos um marco importante na reabilitação do Estádio Nacional, um espaço que transcende a mera funcionalidade desportiva e se inscreve na memória coletiva de todos os portugueses”, tendo acrescentado que “como mencionei em ocasiões anteriores, o Estádio Nacional não é apenas uma infraestrutura desportiva. É um símbolo de uma história rica que faz parte da identidade do futebol e do desporto do nosso País”.
Salientou também que “foi, por isso, com sentido de responsabilidade e enorme orgulho que a Federação Portuguesa de Futebol assumiu a liderança do projeto de reabilitação do Estádio Nacional, em conjunto com as federações de atletismo e de râguebi, pelo que quero felicitar o consórcio vencedor do concurso e agradecer a todos os restantes concorrentes que apresentaram as suas candidaturas. Uma palavra também ao anterior Primeiro-Ministro António Costa e ao atual, Luís Montenegro, pelo apoio institucional, e às várias entidades parceiras deste projeto. A reabilitação do Estádio Nacional é um testemunho do compromisso de todos nós com o desporto, com a história e com o futuro, passo que vamos garantir que o Jamor continuará a ser um palco de prática e de celebração desportiva!”
António Laranjo, um engenheiro que de há muito se mantém no topo de grandes obras no país – recorde-se os Estádios do Euro’2004, agora o Estádio Nacional e ainda o Campeonato do Mundo de Futebol’2030, que Portugal, Marrocos e Espanha vão implementar – que foi o presidente do júri, teve oportunidade de fazer alguns comentários sobre a nova obra que aí está, afirmando que “estou orgulhoso do que tem sido feito neste âmbito e este projeto vai ser mais um para ajudar a elevar o país a um patamar superior no que às infraestruturas desportivas diz respeito”.
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Manuel Aires Mateus, arquiteto coordenador do projeto vencedor, explicou algumas das inovações previstas., tendo salientado que “este concurso é apenas o princípio de um diálogo. Começámos por entender a demografia do Estádio Nacional. A prioridade foi preservar o património e refuncionalizá-lo. Entre as novidades, destacam-se a construção de uma pala com inclinação variável, uma operação de ‘limpeza’ na entrada para a tribuna e a criação de um parque de estacionamento subterrâneo”.
Pela mostragem do projeto, que até parece simples, é evidente que há pormenores mais salientes, em especial que a tribuna dita VIP vai servir para circulação interna (o espaço entre as colunas e as bancadas vai ser fechado, mas com vista para o exterior, criando-se um “lounge” para descontrair, entre outras melhorias que, como diz o ditado, “só visto”!
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Pedro Dias, Secretário de Estado do Desporto, encerrou o evento sublinhando a relevância histórica e o impacto futuro deste projeto, afirmando que “é com enorme satisfação que chegamos à conclusão de uma vontade coletiva de tantos anos. São oito décadas que impõem a requalificação deste espaço, pelo que quero agradecer às três federações, ao IPDJ, ao Património Cultural e à Câmara Municipal de Oeiras pelo empenho colocado na concretização dos termos do protocolo assinado em 2023”.
Sobre o valor da obra (25 milhões de euros), Pedro Dias referiu que “vai ser efetuado um investimento avultado que dará ao Jamor as condições necessárias para competir, aumentando as condições de segurança e de conforto. A nossa visão é que, além de ser um palco de eventos desportivos, o Jamor seja também um ponto de encontro para a comunidade. Hoje, começamos a segunda fase com a realização do projeto de arquitetura, que será seguido pela execução das obras”, tendo concluído agradecendo à FPF, que liderou, e muito bem, este processo”.
As imagens aqui colocadas dão uma pequena noção do que vai acontecer daqui para a frente.
