A Comissão Eleitoral do Comité Olímpico de Portugal (COP) disponibilizou, esta segunda-feira, aos membros votantes da Assembleia Plenária, o formulário de candidatura e o calendário eleitoral a identificar as várias etapas do processo que culminará com a realização das eleições dos Órgãos Sociais do COP para o mandato 2025-2029.
Assim, até ao dia 19 de março, a agenda está definida da seguinte forma:
27 fevereiro (inclusive) – data-limite para apresentação de candidaturas
03 março – sorteio das listas candidatas
07 março (17h00) – apresentação de reclamações
11 março (17h00) – decisão sobre eventuais reclamações
17 março (17h00) – indicação da identidade dos representantes dos membros votantes, na Assembleia Eleitoral
19 março – Eleições
Até 27 março – Tomada de posse.
Segundo o regulamento eleitoral do COP, cada uma das listas candidatas deve ser subscrita por “pelo menos um quarto das federações desportivas cujas modalidades figurem no programa dos Jogos Olímpicos”.
Nesta altura, existem 34 federações desportivas nessa condição e as listas candidatas devem ser subscritas por pelo menos nove federações.
Atendendo a que, pelo que tem sido veiculado publicamente, haverá quatro candidatos (o candidato José Manuel Araújo juntou-se ao candidato Laurentino Dias), a quem se juntam Fernando Gomes, Alexandre Mestre e Jorge Vieira.
Os dois primeiros, percebendo que a situação “a sós” seria mais difícil, deram as mãos, formando um primeiro bloco (central na política, com PS e PSD), sendo que desde cedo se percebeu que estas eleições seriam as mais claramente politizadas de sempre.
Com Alexandre Mestre (ex-secretário de Estado no PSD) a “bombar” desde muito cedo, mas que, com esta junção, poderá perder “peso específico”, resta saber como vão as contas pelos lados de Fernando Gomes e Jorge Vieira.
O primeiro ganhou no futebol um estatuto de “alto rendimento” – ainda que nem tudo tenha corrido da melhor forma à frente da FPF – enquanto Jorge Vieira tem estado mais ou menos “out” da ribalta, podendo ter “piorado” depois que foi tornado público que a nova direção da Federação de Atletismo não estaria com ele.
A interrogação “maior” é, ainda, o “equipamento” (político) que Fernando Gomes utilizará, porquanto pouco se sabe a esse respeito.
Seja pelo que for, o tempo tudo resolve e até ao dia 27 as primeiras dúvidas deixarão de existir, porquanto se saberá quem entregou a candidatura.
Que haja ética, transparência e integridade, coisa que o desporto (e não só) muito precisa.