Liga Portugal
Num Sporting-Benfica que há muito tempo não se via ao nível do que se jogou, este sábado, em Leiria, os benfiquistas acabaram por triunfar – e muito bem – no desempate por grandes penalidades), depois de 1-1 no fim do tempo regulamentar.
Na 18ª Taça da Liga (batizada por Allianz Cup nestes últimos anos), o Benfica alcançou o oitavo troféu (o dobro das que o Sporting conquistou) depois de um “jejum” de 9 anos, o que é obra, tendo comprovado que, no deve e haver desta edição, todos os dados estatísticos foram a favor da equipa de Bruno Lage, o que afasta quaisquer eventuais “favores” seja de quem for ou porque for.
Pode o Sporting queixar-se de alguma falta de felicidade – que o Benfica até teve – mas os números não enganam, como se regista nos 10-16 remates, dos quais 3-4 para a baliza, com uma posse de bola de 83/85%, para 381-398 passes, com uma precisão de 83/85% para o Benfica (que jogou na situação de visitante).
Apesar disso, o encontro teve bons e menos bons momentos, tendo o Benfica sido mais pragmático, com mais acertos globais que corresponderam aos fatores coletivos, com o Sporting a optar muito mais por questões individuais, onde só teve prejuízo … por não aproveitar as oportunidades que teve.
A toada de jogo foi “temperada”, com vida ativa na maior parte do tempo, poucas interrupções (2’ no primeiro tempo e 4’ no segundo), pecando os leões por não terem uma via rápida de acesso e, por outro lado, não perceberam que não se pode atacar sem defender a retaguarda, no que deu o primeiro golo ao Benfica (29’), quando Maxi Araujo deixou a sua linha atrasada desguarnecida, por onde entrou Di Maria e endossou a Schjelderup para, na linha frontal da grande área, rematar e bater Israel, como que apanhado de surpresa, fazendo o 1-0.
Pouco depois, nova “branca” da defesa leonina e o Benfica quase chegava ao 2-0, de cabeça, com Israel batido e, depois. Com o Sporting a ter oportunidade flagrante de empatar (33’) mas Quaresma, isolou-se pela linha central e, chegado ao ponto de mira, rematou para as nuvens com Trubin a tremer entre os postes.
Ainda assim, aos 43’ o Sporting chegou ao empate, com um golo (grande penalidade) marcado pelo hiper-goleador Gyokeres, com Trubin a ser enganado, mas a bola foi bater no seu pé direito, com a bola a subir à rede interior, dentro da baliza, situada na parte alta, no que podia ter sido diferente, tendo terminado a primeira parte com 1-1 regiustado.
No segundo tempo, com o início das substituições para refrescar as equipas, começou a verificar-se uma fase menos certa enquanto os “eixos” não encaixaram e também porque o cansaço era visível nalguns jogadores, tendo começado também a chover forte, ainda que o relvado estivesse em excelentes condições.
Houve despiques legais, poucas faltas, porquanto o fair play e o desportivismo dos jogadores também vieram ao de cima e como que começaram a “ensaiar” o pensamento para as grandes penalidades. E foi o que se verificou.
Até ao 6º golo, tudo igual – seis foram os golos validados para cada lado – surgindo a curiosidade de, quer no Benfica quer no Sporting, não houve nenhum jogador português a marcar as grandes penalidades. Coisa impensável anos atrás, mas perfeitamente “aceite” – ninguém critica, ninguém levanta a questão, ninguém se mexe para nada – agora é ver grande parte das equipas portuguesas (de nome) repletas de estrangeiros. Estamos em regime de livre concorrência, mas será que temos jogadores portugueses só para “exportação”?
No desempate, os golos foram marcados por Di Maria, Amdouni, Otamendi, Arthurkoglu, Renato Sanches e Florentino (Benfica) e Gyokeres, Hjulmand, Harder, Maxi Araujo, Debast e Quenda (Sporting).
Na 7ª grande penalidade, Florentino marcou para o Benfica e Trincão (português), falhou ao rematar com displicência! O azar do Sporting!
E ficou feita a história da 18ª Taça da Liga.
Para o ano haverá mais!
