Luís Macedo / Central Noticias
Num encontro que teve, do ponto de vista técnico (do futebol jogado), um nível bem longe do que se poderia esperar para uma meia-final da Allianz Cup, a trave-mestra acabou por ser o “abono de família” sportinguista, Gyokeres.
Isto porquanto continua a ser o melhor marcador mundial na presente temporada. Só ele se mexe de forma a estar com a bola, só ele se desmarca para atingir o golo, só ele pouco falha, só ele tem salvado os leões de resultados menos positivos.
Com um FC Porto a tentar ganhar alguma vantagem na lentidão inicial, nem por isso arriscou muito, aliás como o Sporting, deixando indicações de que as duas equipas estavam numa espécie de “bate-bola”, sem grande vontade (ou muito receio) de ultrapassar a linha de meio-campo e deixar a retaguarda desguarnecida para qualquer um a poder ocupar e chegar ao golo.
Luís Macedo / Central Noticias
Depois de o sportinguista Matheus Reis ser obrigado a sair de campo (por lesão, ao que parece complicada), o portista Ivo Gonzalez (19’) esteve perto de poder abrir o marcador, mas escorregou na altura do remate e a bola acabou por sair a rasar o poste da baliza à guarda de Israel, que esteve muito melhor do que em Guimarães.
O andamento continuou lento, mas (29’), Mora conseguir furar entre quatro defesas dos leões e rematar para a baliza de Israel, mas a bola voltou a sair ao lado.
Sem pressa, o Sporting pareceu apostado em “passar o tempo”, adiando chegar à baliza à guarda de Cláudio Ramos, tendo permitido a vantagem territorial dos portistas durante cerca de meia hora.
No que foi a primeira jogada (41’) digna deste nome, Gyokeres – tinha que ser – subiu pela esquerda, chegou perto da linha da grande área e rematou em arco, levando a bola a rasar o poste mais longe, tendo ainda Quenda (45+1’) tido oportunidade de rematar para a baliza, a bola desviou-se em Eustáquio e Cláudio Ramos voou para levantar a bola por cima da barra.
No primeiro tempo, o Sporting foi superior nos remates (5-3, dos quais 1-0 para a baliza) numa posse de bola de 57/43%, com 242-183 passes, com 87/86% de eficiência.
Na segunda parte, coube ao Sporting tomar a dianteira, ainda que devagarinho, tendo Galeno salvado para canto uma oportunidade conquistada pelos leões, mas dois minutos depois (56’) o “fabricante de golos” Gyokeres estava lá para integrar o troi que começou, endossou e rematou para o 1-0, com a bola a seguir de Geny Catamo para Quenda, que colocou o esférico mesmo na frente do “matador”, que surgiu isolado frente de um Cláudio Ramos que nada pôde fazer para evitar o golo, depois da defesa portista ter aberto o caminho para o leão avançar.
Altura para as primeiras substituições no FCPorto (saídas de Pepe e Franco para a entrada de Fábio Vieira e Zaidu), jogadores que “demoraram” a surgir no ativo, pese embora, no imediato, Eustáquio e Fábio Vieira remataram, mas contra a defesa leonina, que safou o momento mais “quente”.
O jovem João Simões entrou (69’) para o lugar de Morita e (70´) Israel voltou a fazer das suas e criou perigo ao não aliviar a bola da zona da baliza, dada a aproximação de um jogador portista, esférico que acabou por chegar aos pés de Trincão, que não conseguiu dominar a bola e rematar em conformidade.
Com vontade de tudo fazer para modificar o resultado, o técnico portista fez entrar (74’) Iván Jaime e João Mário para os lugares de Martim Fernandes e Mora, o que pouco ajudou do ponto de vista psicológico, mais a mais porque o Sporting “uniu-se” melhor e cobriu todos os corredores de acesso à baliza de Israel.
Ainda assim, Samu (81’) rematou por cima da barra e nova substituição na equipa portista: Gul entrou para a saída de Eustáquio, enquanto Harder e Eduardo Quaresma entraram para a saída de Trincão e Fresneda, que jogou a defesa direito (e muito bem) e não permitiu espaço aos atacantes do FC Porto.
No período de compensação (4’), Israel (90+1’) foi obrigado a esticar-se para evitar o golo e a partida terminou na hora prevista com o (justo) triunfo do Sporting, que se apurou para a final, a efetuar no próximo sábado (em Leiria), defrontando o vencedor do Benfica-Sporting de Braga, que terá lugar (19h45) nesta quarta-feira.
