Todos nascemos limitados por uma fronteira geográfica, autodeterminando uma outra individual, muito mais próximos do que imaginamos, do que na realidade somos.
Fotogaleria: Pedro Estevens / Central Noticias
Estamos em plena revolução, de uma moderna mobilidade que se enraíza onde lhe bate o coração, que finalmente realiza a promessa da sua natureza, provocando toda uma extraordinária aculturação humana.
Justificamos motivos para ficar, no fascínio da diferença entre culturas, que nos tocam. E é nesse exercício que reencontramos aquilo que somos, pois é esse o alicerce de, para onde vamos.
Sem saber ainda muito bem para onde vamos, vamos…como sempre fomos, como seres espirituais que somos, a viver esta maravilhosa experiência humana, em busca do equilíbrio, só que agora, munidos de uma nova consciência.
Fronteira não é um precipício, geograficamente delimitado por regras, credos ou julgamentos, é o desafio de uma promessa, onde ajardinamos todos os nossos sonhos, onde desejamos que tudo seja mais perfeito, onde realmente sejamos melhores.
Mais conscientes do individuo, do milagre da vida, em pleno respeito e equilíbrio Fde todos os seres vivos, sem os quais jamais cumpriremos o incrível prodígio da Natureza e se calhar, do Universo.
É neste exercício que mergulhamos nas profundas raízes Transmontanas, que nos chamam bem lá do interior da terra.
De onde também voamos para reaprender o que nos trazem os novos ventos, de onde esperamos bons casamentos, que vão ao encontro do lugar que desenhamos, onde não há fronteiras, estações, ou onde a sustentabilidade não justifique a função e a liberdade da inclusão não caminhe de mão dada com o respeito por todos os outros.
As formas e silhuetas harmonizam-se ou contrastam entre si, em camadas e jogos de volumes, entre a tradicional alfaiataria e a depuração da essência da mesma, pervertendo o desportivo/casual, onde tudo se desenha para a necessidade da vida moderna.
Esta será uma estação com um forte apelo à proteção das grandes lãs, em contraste com algodões de múltiplas gramagens/estruturas que se desmultiplicam em multifunções, mas… biodegradáveis, puros/naturais ou reciclados, reutilizáveis, ecológicos e com um surpreendente, imprescindível conforto, com que a atual tecnologia nos premeia, conscientes da certificação de futuro.
De onde vos escrevo, vejo alguns granitos animados pelo frescor verde menta. Descalço, enterro os pés na areia e sinto os castanhos terra a chamar por mim. De quando em quando animados por coloridos que me recordam a autenticidade da sabedoria das nossas gentes e que estimulam a minha imaginação, representando beleza e energia, aguçando os sentidos estéticos da arte e da sabedoria do conhecimento.
Desta vez, só não vejo o mar, mas já nem preciso porque faz tempo que o gravei em mim.