UESPT
José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpicos de Portugal que faleceu no último dia dos Jogos Olímpicos de Paris’2024, foi homenageado nesta sexta-feira e no decorrer da sessão de abertura do Lisbon Sport Film Festival, no Fórum Roma, em Lisboa.
A iniciativa, levada a cabo na 6ª edição do Festival, ficou marcada pelas palavras de Teresa Ramilo, presidente da UESPT – organizadora do evento, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, Fundação do Desporto, Fundação INATEL, Região Autónoma da Madeira e parceria com o Cinefoot e a Federação Internacional de Cinema e Televisão Desportiva (FICTS).
Palavras simples mas sentidas que Teresa Ramilo referiu em que “esta é talvez a mais singela homenagem póstuma ao Professor José Manuel Constantino e eu talvez a pessoa mais improvável a proferi-la” para salientar que “desde o primeiro momento, pensamos com o programa da 6ª edição do Festival aludir aos Jogos Olímpicos, Paris 2024. Este Festival integra o Circuito de Cinema “World FICTS Challenge” da Féderation International Cinema TV Sportifs, entidade reconhecida pelo COI”.
Reforçou que “homenagear neste espaço de cultura o Professor Constantino, que nos deixou quando do final dos Jogos de Paris 2024, tornou-se numa decisão unanime no seio da comissão organizadora do evento”.
Sumariou a intervenção em três pontos, “que percorreremos au vol de l’oiseau : i) A carreira ii) observador do quotidiano iii) Long life learning, com José Manuel Constantino a mostrar-se senhor de um currículo magistral, comunicador de palavra clara e incisiva, aglutinador de ideias e construtor de equipas. É disso exemplo a sua passagem pelo COP, entre 2013 e 2024”
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“Observador no quotidiano de vida, um continuum pensamento critico – acrescentou Teresa Ramilo – como o próprio referiu no discurso que proferiu na cerimónia do título Honoris Causa pela Universidade de Lisboa em que: “o momento é de alegria e partilha com todos os que acompanharam o meu percurso académico, profissional e desportivo” Sinto-me incluída! e, regozijo da ligação “dançada” entre as duas palavras Alegria e Partiha(da), pela densidade de conteúdo, pela elevação, elegância da relação, movimento, interação e espiritualidade que encerra, desvendando progressivamente a sensibilidade de um ser, que, não obstante em sofrimento e, consciente do aproximar “do fim de linha” continua a “voar alto” sem desligar da realidade, a sua e a dos outros com quem partilha e se reinventa, acontecendo”.
Reforçando a “estaleca” do ribatejano de Santarém, Artur Lopes, quem o substituiu na liderança do COP, recordou “que uma palavra sobre José Manuel Constantino vale mais do que mil palavras, face aos pensamentos profundos que sempre demonstrou sobre tudo, em especial no desporto, onde se tornou um filosófico e criando uma paixão única (e profunda) por tudo o que fazia e que ficou para sempre”.
O tema específico deste primeiro dia foi sobre o “Desporto e Sociedade”, tendo sido colocado no ecran um filme que resumiu a história dos Jogos Olímpicos desde 1894, quando Pierre de Coubertin se fez à pista, dando corpo a um sonho tido no “Vale dos Heróis de Desporto no Mundo”.
Um filme da autoria do italiano Francesco Galio, intitulado “Olimpian Goddesses mostrou os dados mais salientes de todas as edições dos Jogos, fazendo recordado os tempos em que Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Carlos Lopes, Nelson Évora passearam com a medalha de ouro ao peito.
Dados que reportam as histórias vistas no filme, que os presentes apreciaram com a nostalgia de quando também foram interpretes no maior evento desportivo mundial.
Na tarde deste sábado, no mesmo local, poderão ser vistos mais filmes, de vários autores com sessão que se inicia pelas 16 horas.
