Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Rock In Rio Lisboa 2010 – Dia 4: Espírito jovem toma conta da Belavista

MileyCyrusRockinrio2Era certo e sabido. O segundo sábado do Rock in Rio Lisboa 2010 seria dedicado aos mais novos, recheado que estava o cartaz com símbolos musicais das mais recentes gerações.

{jathumbnail off}A criançada apareceu em grande número (foram 88 mil os visitantes, segundo a organização) e os gritos estridentes tornaram-se norma, em cada esconderijo do recinto. A excepção a toda esta jovialidade foi a dupla Martinho da Vila e Luís Represas.

 

Represas é conhecido por gostar das LuisRepMartinhoRockinRioincursões latinas e desta vez escolheu uma referência do samba-canção. Os dois artistas percorreram um repertório luso-brasileiro rico, bem repartido entre as criações que ambos têm originado nos últimos anos. Com realce para Jobiniando, Mulheres, Madalena do Jucu, A Hora do Lobo ou Feiticeira. Também Lúcia Moniz mostrou versatilidade, ao actuar na companhia dos Mister Lizard, um banda de inspiração blues que se prepara para gravar o primeiro disco.

No palco principal, a temperatura começou a aquecer com os D’ZRT. A banda portuguesa que tanto encanta às adolescentes trouxe muitas novidades do álbum Project, como Feeling, Onde Estás e Enquanto Não Vencer, associadas a êxitos do passado, como Verão Azul.

AmyMacDonaldRockinRioA admiração aos ícones masculinos conheceu então um arrefecimento, com a entrada em cena de Amy MacDonald. A escocesa (embora nascida em 1987) mostra já maturidade musical e terá, porventura, sido incluída num cartaz demasiado juvenil para as suas aptidões. Em Lisboa, desfilaram algumas das suas canções mais radiofónicas, recebidas com frieza pelo público, mas sempre apresentadas de modo convicto. Don’t Tell Me That It’s Over, Spark, Troubled Soul, Mr. Rock and Roll ou This Is Life perfizeram a base do concerto de Amy MacDonald.

 

Os londrinos McFly quiseram dar McflyRockinRiosequência ao frenesi gerado pela boys band portuguesa D’ZRT e apresentaram o seu próprio charme, apostando em temas como Lies, One For The Radio e Everybody Knowns.

A presença mais aguardada em palco era, no entanto, a de Miley Cirus. Os pequenos que conseguiram manter-se acordados receberam-na em delírio, por entre as boas memórias que dela guardam, na pele da personagem televisiva Hannah Montana.

 

A filha do compositor country Billy Ray Cyrus apostou MileyCyrusRockinRio1numa forte componente visual e nas canções mais representativas da sua curta carreira (apesar de tudo, distinguida já por três discos, lançados nos últimos três anos). Do derradeiro trabalho destacaram-se Robot, Can´t Be Tamed ou My Heart Beats For Love. Mas foi, sobretudo, do álbum Breakout que Cyrus retirou grande parte do material oferecido aos fãs portugueses. Os temas 7 Things, Fly On The Wall, Full Circle, Simple Song e The Driveway cativaram a audiência juvenil, disposta a perdoar Miley Cirus pelo apetite de ser mais do que Hannah Montana.

 

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