O par constituído por Nuno Borges e Francisco Cabral destacou-se no quarto dia de Portugal nos Jogos Olímpicos Paris 2024, ao conquistar um excelente 9º lugar no torneio de Ténis (pares masculinos), marcando uma posição refrescante para a comitiva lusa.
Houve mais resultados positivos e outros nem tanto, com o Sena (rio) a voltar a não se encontrar em condições para a prática de qualquer modalidade em que a água seja um meio de competição, como foram os casos do Triatlo, cujo início marcado para as 7h desta madrugada.
No resumo deste quarto dia, as participações de João Fernando e Bárbara Timo (judo), Diogo Ribeiro nos 100m livres (natação), e Fu Yu no Ténis de Mesa, ficaram pelo caminho, enquanto Inês Barros fez avançou no Tiro com Armas de Caça, assim como a Equipa Portugal de Dressage.
Nuno Borges e Francisco Cabral terminaram a participação na prova de pares de Ténis depois de terem sido derrotados pelos parciais de 2-6 e 2-6, perante os alemães Dominik Koepfer e Jan-Lennard Struff, terminando num honroso 9º lugar.
Francisco Cabral salientou que “os alemães entraram bem e ficaram muito confortáveis no jogo, estando por cima”, com Nuno Borges a completar com “temos de valorizar o que fizemos na qualificação para estar aqui. Até Los Angeles 2028 ainda falta muito tempo, mas é óbvio que gostaria de lá estar.”
No Grande Prémio de Dressage (Equestre), Portugal finalizou o primeiro dia na 6ª posição, com 133.540 pontos.
António do Vale, em Fine Fellow, foi 8º no grupo B, com 66.910, o que impede a sua progressão na prova individual, só acessível aos dois primeiros de cada grupo e aos seis restantes melhores de todos os grupos.
Maria Caetano, em Hit Plus, igualmente sem possibilidade de progredir, foi também 8ª no grupo C, com 66.630. Rita Ralão Duarte compete nesta quarta-feira.
Apuram-se na competição coletiva as dez melhores equipas entre 12 participantes, mas só seis pontuaram já com dois cavaleiros
No Tiro com Armas de Caça, Inês Barros é 8ª com 72 pratos (24+24+24) partidos em 75, na competição na vertente de Trap, que decorre em Châteauroux, 270 quilómetros a sul de Paris. Esta quarta-feira atirará a mais 50 pratos, apurando-se seis concorrentes para a final.
No Ténis de Mesa, Fu Yu lutou bem, mas foi eliminada.
Esteve perto de seguir em frente na prova de singulares, mas acabou eliminada na ronda de 32 por 3-4. Depois de estar a perder por 0-2, com os parciais de 7-11 e 8-11, a reviravolta chegou com três vitórias consecutivas: 17-15, 11-4 e 11-7. Depois, a polaca Natalia Bajor voltou a empatar a partida (10-12) e no jogo decisivo Fu YU perdeu (8-11), classificando-se na 17ª posição.
Diogo Ribeiro, terminou as eliminatórias dos 100 metros livres (natação), inserido na 9ª de dez séries, tendo terminado com o tempo de 48,88 segundos, 28º lugar entre os 79 nadadores que alinharam nesta distância.
Num combate (judo) bastante disputado, que obrigou ao ‘Golden score’, na categoria de -81kg ante o francês François Drapeau (5º do ranking e 5º em Tóquio 2020), que levou o combate para ponto de ouro, mas quando ambos tinham dois castigos, Fernando foi novamente castigado, ficando-se por aí.
O mesmo destino teve Bárbara Timo (- 63 kg) perante a coreana Kim Jisu, ficando impossibilitada de continuar em competição, após imobilização a sete segundos do final do combate.
Entre outras surpresas e meio-surpresas, a canadiana Christa Deguchi conquistou a primeira medalha de ouro para o seu país, depois de derrotar a judoca sul-coreana Huh Mimi (-57 kg), na fase de “golden score”.
No ciclismo (XCO), o britânico Thomas Pidcock conquistou o segundo título olímpico na categoria, depois de conseguir ultrapassar o líder da prova a poucos metros da linha final, após ter tido um furo que o obrigou a parar. Como se diz, a prova só acaba no fim. Estoicismo não faltou!
Entretanto, o irlandês Daniel Wiffen sagrou-se campeão olímpico nos 800 metros livres, com o tempo de 7.38,19 minutos, recorde olímpico e europeu na distância.
A australiana Kaylee McKeown sagrou-se bicampeã olímpica dos 100 metros costas com novo recorde olímpico, superando na final a norte-americana Regan Smith, atual recordista mundial.
Kaylee McKeown terminou a prova com o tempo de 57,33, superando o anterior máximo olímpico (57,47), que era seu.
No torneio de futebol, a Argentina venceu a Ucrânia (2-0), e assegurou o apuramento para os quartos de final, onde vai defrontar a França.
A França, campeã olímpica, e a Eslovénia, garantiram as primeiras vagas nos quartos de final do torneio masculino de voleibol.
A seleção eslovena bateu a Sérvia, por 3-0 (25-21, 25-19 e 25-19) e os gauleses derrotaram o Canadá com o mesmo score (25-20, 25-21 e 25-17), tendo assegurado o primeiro e o segundo lugares no Grupo A.
Os Estados Unidos recuperaram o ouro no concurso por equipas na ginástica artística feminina, numa sessão em que Simone Biles conseguiu a oitava medalha olímpica.
As norte-americanas não desiludiram e fecharam o concurso, que lideraram desde o início, com 171,296 pontos, deixando a Itália com a prata, que só tinha sido conseguida pela ginástica transalpina feminina nos Jogos Amesterdão1928.
O Brasil, sob a batuta de Rebeca Andrade, fez história ao alcançar o bronze (164,497), o primeiro pódio coletivo da nação e da América do Sul.
Para esta quarta-feira, o calendário dos portugueses apresenta-se aqui: (duas fotos)
No medalheiro, o Japão continua a comandar, com um total de 13 (7 de ouro, 2 de prata e 4 de bronze), seguindo-se a China, 14 (6-6-2), Austrália,11 (6-4-1), França, 18 (5-9-4), Coreia do Sul,11 (5-3-3), EUA, 26 (4-11-11). G. Bretanha, 12 (4-5-3), tendo conquistado medalhas 35 países, o último dos quais a Ucrânia, com uma de bronze.