Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Espanha venceu Inglaterra em jogo de campeões e passou a recordista europeu

UEFA-EuropeuAlemanha-Espanha-14-07-2024

UEFA Euro 2024

A Espanha aproveitou da melhor forma uma desatenção momentânea da defesa inglesa para rumar ao terceiro triunfo nas últimas cinco edições da competição e guindar-se ao primeiro lugar do pódio com quatro títulos conquistados em cinco presenças na final.

Um pecúlio que fala por si próprio e que, na Alemanha, tudo saiu certo com vitórias em cada um dos jogos realizados (fase de grupos, oitavos de final, quartos de final, meias-finais e final), o que diz bem da supremacia demonstrada, ainda que, por vezes, a exibição não correspondeu a um jogo brilhante, do ponto de vista do espetador, mas eficazmente realista para se ganhar o quarto título de campeão no velho Continente.

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UEFA Euro 2024

A Inglaterra voltou a não ter a “pontinha” de sorte que procurou – ainda que remetida a um sistema mais defensivo – jogou taco-a-taco, mas, por obra e graça dos jogadores adversários, não conseguiu os intentos predelineados, acabando por sucumbir a dois lapsos cometidos na defesa, onde tais situações não podem acontecer.

Na primeira parte pouco ou nada se viu quanto à “vontade” de uma ou outra equipa para ganhar, quando nenhuma disfrutou de uma oportunidade flagrante para poder chegar ao golo.

Dos 5-3 remates feitos, dos quais 1-1 para a baliza – ainda que com maior posse de bola (70/30% dos espanhóis – nada resultou, quiçá uma tática de “prever” que chegar ao prolongamento era uma hipótese credível e havia que a prever, tal e qual o desempate pela marcação de grandes penalidades, onde era preciso jogar mais “friamente”.

No segundo tempo, a Espanha entrou com propósitos mais ofensivos, testando a fortaleza britânica e, na verdade, conseguiu os seus intentos, porquanto (47’) chegou ao 1-0, com um golo marcado por Williams, dando “gás” a um contra-ataque “venenoso”, guiado pela ala direita, com a bola a seguir o centro e virar à esquerda onde, do nada, surgiu Williams para rematar com o pé esquerdo, direito ao segundo poste, com o guardião britânico a esticar-se, mas a não chegar a tempo.

Pelo mesmo corredor, outra jogada intensiva com a Espanha a fazer “tremer” a defesa britânica, porquanto, dois minutos depois (49’), teve oportunidade de aumentar para 2-0, mas a bola perdeu-se pelo caminho.

Depois, o jogo a meio-campo e com poucos remates voltou a surgir durante cerca de vinte minutos, com substituições atrás de substituições, dos dois lados, como que prevendo mais além do tempo regulamentar.

Tendo entrado em jogo poucos minutos antes, Palmer (73’) conseguiu empatar a partida (1-1), depois de uma jogada conduzida pela direita, fletindo para o centro, onde o jogador britânico votou a jogar a bola, dominá-la e rematar a meio altura, com o esférico a roçar na perna de um defesa espanhol e dar um pequeno desvio à trajetória, o que prejudicou o guardião espanhol, que se lançou com um pouco de atraso e não chegou à bola.

A partida voltou a ter outro envolvimento para último quarto de hora, com a Espanha a reforçar o “stock” de oxigénio e (82’) esteve perto de se colocar na frente do marcador, depois da estrela (17 anos) Yamal surgir isolado frente ao guardião Pickford, que cobriu o ângulo e fez uma defesa de grande precisão, evitando o golo, tal como o tinha feito ao longo do jogo e, em especial, nos minutos finais.

A Espanha não descansou e voltou à “carga”! Num contra-ataque (86’) bem gizado e aproveitando uma brecha que a defesa britânica se “esqueceu” de fechar, Oyarzabal – que tinha entrado ainda não havia muito tempo – com os olhos na bola, que seguia pela esquerda, viu a abertura e antecipou-se ao defesa que o cobria e desviou para a baliza, com Pickford fora do lance. Pareceu estar aberto o caminho para o título por parte dos espanhóis.

Mas ainda havia que sofrer. Isto porque (89’) os ingleses estiveram perto de chegar ao empate, depois de, no seguimento de um pontapé de canto, marcado por Yamal, a bola seguir para o miolo da área onde três jogadores, e, três toques consecutivos, terem cabeceado, mas a bola bateu sempre nos defesas, até que, no último cabeceamento, saiu pela linha final. Safa! Que susto!

Mais quatro minutos para se jogar sem haver golos e a Espanha a sagrar-se campeã pela quarta vez, passando a ser quem tem mais títulos, ultrapassando a Alemanha, com os ingleses a falharem pela segunda vez consecutiva (em 2020 perdeu ante a Itália) chegar ao cetro maior do futebol do Velho Continente.

Nesta segunda parte, foram feitos 16-9 remates, dos quais 6-4 para a baliza, com a posse de bola a sr de 66/34% para a Espanha. Tudo a condizer com o resultado.

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De realçar que, como se esperava, dois espanhóis foram considerados os melhores jogadores do campeonato, com Lamine Yamal a ganhar o prémio do melhor jovem e Rodrigo a receber o melhor jogador em campo.

O Europeu da Alemanha fechou as portas, Portugal não passou dos oitavos de final,

Venha a Liga das Nações e a fase de apuramento para o mundial de 2026.

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