A equipa portuguesa, ainda com quatro “sobreviventes” titulares do triunfo de 2016, em Paris, entrou, esta quinta-feira, no “estágio” final para dar início à “cavalgada” empolgante que possa garantir o segundo título europeu, o mínimo e o máximo que se pode pedir à formação lusa.
Pese embora seja uma de seis (Alemanha, França, Espanha, Itália, Inglaterra) que se podem – e devem – considerar como as mais candidatas, a formação lusitana tem demonstrado que Portugal tem sido, ano após ano, um dos países que mais tem “exportado” jogadores para o estrangeiro, que tem rendido milhões de milhões, como se tem comprovado sem grande dificuldade.
Se até aqui a estatística não sofre (pequena ou grande) contestação, a verdade é que, em termos de resultados, a contabilidade não tem funcionado a nosso favor desde que alcançamos o europeu de 2016.
Se é verdade que Portugal nunca foi eliminado na primeira fase (grupos) do Europeu, a verdade diz ainda que, nas “tômbolas” das eliminatórias até à final, uma mão cheia de fatores, endógenos ou exógenos, “chuta-nos” para fora da decisão final antes do tempo, com “alguém” a barrar a entrada no jogo final da atribuição do título.
Por norma, a “culpa” morre sempre solteira. Não só no futebol ou noutros desportos, mas também na vida comum de cada cidadão que procura, com ética, transparência e integridade, atingir os objetivos que se propôs realizar.
Perceber o quê e como, para encontrar a tática certa, é a equação que tem de estar bem estudada para, no momento próprio, poder ser aplicado o “remédio” que evite um pequeno desvio que pode ser fatal.
De alguma forma, depois de dez vitórias consecutivas na fase preliminar, os resultados verificados nos últimos três jogos (preparação) demonstraram algo que foi inesperado: quer a falta de golos, quer a derrota e o sofrimento de muitos golos, com vetores que se consideraram preocupantes relativamente à fase final que para a semana começa a sério para Portugal.
Também é sabido que, nesses três encontros, o selecionador apresentou sempre equipas base diferentes. Era o mais importante, com a circularização dos jogadores, para testar alternativas. Entre todos muito bons, como colocar a equipa sempre em plano superior ao adversário?
Numa ou outra falha, os sinais foram surgindo, quiçá de forma não esperada, e o sino tocou a rebate. Foi a tempo? Foi.
Mas é preciso “limpar” a cabeça. O fator cerebral, que mexe com a mente, é o principal “membro” de uma estabilidade que se deseja no dia a dia. Se a mente não funcionar a cem por cento e de forma célere, os riscos aumentam, a quebra psicológica desequilibra-se e o físico não responde como se deseja.
Que tudo seja pensado para prevenir e atuar-se de imediato, a frio – cabeça quente também não funciona – para que, jogo a jogo, o triunfo luso esteja presente.
E que esteja presente também a simbologia do grande Mestre Moniz Pereira de que “a sorte … dá muito trabalho!” Para tê-la, há que merecê-la! Mas dá muito trabalho!
O complexo desportivo da cidade de Marianefeld é o quartel-general da equipa nacional desde esta quinta-feira, onde foi recebida com pompa e circunstância por uma multidão de emigrantes portugueses que estão sempre prontos a apoiar os seus na procura dos melhores resultados.
O primeiro jogo, frente à Chéquia, terá lugar no dia 18, terça-feira.
Entretanto, nesta sexta-feira, será dado o pontapé de saída para a 17ª edição do Campeonato da Europa de Futebol, sob a égide da UEFA, com o país anfitrião, a Alemanha, a defrontar a Escócia (20h) no Estádio Olímpico de Munique.