Em 1922, os portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral concretizaram a primeira travesssia aérea do Atlântico Sul, entre Lisboa e o Brasil, pilotando o hidroavião monomotor “Lusitânia”. Um feito extraordinário para a época, cujo centenário tem vindo a ser comemorado com diversas iniciativas.
A mais recente aconteceu agora em Lisboa, no Museu do Oriente, com o lançamento do livro intitulado “Crónica da Expedição Lusitânia 1922-2022”, alusivo à viagem comemorativa desse centenário, realizada em 2022.
Nessa viagem de há dois anos participaram sete veleiros de bandeira portuguesa, de pequeno porte, com a largada de Lisboa na presença do Presidente da República. Tal como há um século, a frota usou os meios de navegação que os portugueses já conheciam há 500 anos e avanços cientificos testados, em 1922, pelos dois aviadores.
O livro agora lançado inclui textos do Presidente da Associação David Melgueiro, mestre pintor Luís Vieira Batista, do Presidente da Associação Nacional de Cruzeiros, António Bessa de Carvalho, e ainda de João Palmeiro, ex-Presidente da Associação Portuguesa de Imprensa.
A Expediçao objeto de memória no livro cumpriu cerca de 15 mil milhas náuticas, tendo aportado, tal como Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em Las Palmas (Ilhas Canárias), Cabo Verde, depois nos penedos de São Pedro e São Paulo, já território brasiliero, e por fim Fernando de Noronha (Pernambuco).
Nos portos de escala, o Comandante da Marinha Mercante José Mesquita, coordenador e promotor da expedição, fez conferências para sensibilizar para a necessidade de inverter o estado deplorável dos Oceanos. Houve também espectáculos musicais com Silvestre Fonseca, Jorge Mendes e Fatima Fonseca. E foi ainda exibida a exposição intitulada “Oceano – Mar e Vida”, com curadoria de Conceição Vieira Coelho, integrando trabalhos de 15 artistas plásticos.
O livro, em versão digital, pode ser solicitado pelo mail davidmelgueiro@gmail.com