Domingo 08 de Setembro de 2024

“A Mística do Tempo Novo” – nova obra idealizada por Fernando Correia e em diálogo com Manuel Sérgio

“A Mística do Tempo Novo”, sob o ponto de vista de Fernando Correia, é a última obra trazida à luz do dia (esta quinta-feira), que promete não só uma boa leitura como deixar aos leitores a “pesquisa” sobre o seu teor para se deliciarem e chegarem a uma conclusão que, a princípio, pode não ser fácil.

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O palco da apresentação localizou-se no Madeirense” (Restaurante Amoreiras), que tem sido um excelente parceiro de Fernando Correio para poder divulgar os livros que tem produzido numa vida não muito fácil sob vários auspícios (na foto).

Fernando Correia (quase noventa anos), antigo jornalista, radialista e narrador e comentador televisivo, lançou o 43º livro da sua longa obra, rotulada como se descreve mas cuja primeira ponta do “véu”, talvez seja encontrada na frase escrita na capa: “o Tempo que nos espera corresponde ao percurso que nos conduz ao Futuro Divino e à transformação espiritual do Ser Humano?”

Decifrá-la é o desafio lançado.

A resposta, como também se calculará, “está aqui, nas páginas deste livro”.

Mais! O Catedrático Manuel Sérgio, que desde 1974 está “na berra” com os seus escritos que metem respeito a todos que leiam as obras publicadas até agora, versando temas do “aquém” e do “além” – todos sempre atualizados – que tem criado, ao longo dos tempos, algumas “guerras” académicas, afinal sempre boas para “espicaçar” este ou aquela para fazer mais e melhor.

Mas seguindo um caminho retilíneo para não deixar espaço a réplicas vindas de onde vierem,

no Pórtico do livro, refere Manuel Sérgio que “O preclaro Padre Manuel Antunes, meu professor da Faculdade de Letras de Lisboa, escreveu que “a crítica é um dom. Nasce-se com aptidão interpretativa e judicativa como se nasce com aptidão criadora e expressiva”.

Adianta ainda que “De facto, trata-se de um livro de autoria de um homem culto, inteligente, com a sensibilidade fremente de um artista, liberto de amarras filosóficas ou políticas e peregrino (incansável peregrino) do Bem e da Verdade e do Belo. Demais, um homem que muito viveu e, portanto, muito amou e sofreu”.

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Mais à frente, Manuel Sérgio interroga: “o que é a realidade? Quem a criou? Qual o sentido da vida e … da morte?”, como respondendo que “a ciência já sabe, hoje, que a vida é uma propriedade emergente da matéria, um fenómeno que obedece a uma espécie de “necessidade” inscrita no próprio âmago da matéria. Ou seja, a aventura da vida é “ordenada” por um princípio organizador”.

Noutra passagem, Manuel Sérgio, como se esperava, recorda que “há mais de dois mil anos, viveu um Homem, na Galileia, de nome Jesus, que se mostrou tão perfeito que só podia ser Deus. Uma pesquisa histórico-crítica, hermenêutica, dos evangelhos tem mostrado que este Homem foi condenado à morte nas ressuscitou. E todos ressuscitaremos com Ele, se cumprirmos doutrina que nos deixou e que Ele mesmo assim resumiu: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.

Reforçou Ainda que “este livro impressiona pela pujança intelectual e pelo arejamento e louçania deste quase nonagenário e (novidade na sua obra) aprofundando um tema de que muitos filósofos se ocuparam”.

Finalizou referindo que “a Mística do Tempo Novo – é um livro de flagrante atualidade e, portanto, para ler-se com atenção e respeito. Num mundo tão esvaziado de valores e sem norte, num universo cultural demasiado anémico e dessorado, faz-nos bem um livro, como este. É que ele está ao nosso lado, na busca do essencial”.

Na “estrada” que se estende até final do livro, Fernando Correia discorre sobre, por exemplo, “o registo da alma”, “o mundo é um novelo”, “a estranha teoria do nada”, “morrer é (apenas) uma transformação”, “os fâmulos da vida”, “a filosofia não tem tempo”, “a imaginação e o medo”, entre outros, que termina no “Fim”, onde expressa que “a Mística do Tempo Novo” é um alerta, uma chamada de atenção, um ato de revolta,, um mar encapelado de dúvidas, mas é também um caminho e, como tal, tenta apontar soluções, descobrir novos rumos, abrir portas, levantar tabus, dar guarida à dor, mas também, com toda a veemência, descobrir o amor”.

A obra foi apresentada por João Pestana Dias que, sobre o “tempo que falta viver”, referiu que “o que importa é saber quem é” e que “a verdadeira idade reside na mente e muito mais pelo que os anos fazem pela vida do que os anos de vida que tem”!

No “Posfácio”, Miguel Abrantes salientou que “da leitura poderei sobreavisar algumas lições a tirar, que poderão abrir ao leitor novas perspetivas sobre como estar, atravessar o tempo e ir mais além da existência física, tirando proveito de uma vida feita de sentidos, mais espiritual”, que se veem na foto a ladear o autor.

Um livro para ler sem pressas mas com o fito de saber, que é o desafio do autor, qual a força moral que procura exponenciar, aliás muito em voga nos meandros do Desporto, quando se fala em Ética, Transparência, Integridade, Superação e …

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