Era de prever que o Benfica-Sporting de Braga podia não ser um “doce” de futebol e que as disputadas seriam muitas, com o resultado a estar sempre em “risco”, para um ou para outro lado – face aos objetivos de cada formação, o que se confirmou, tendo o Benfica estado em “risco”.
Depois de a defesa benfiquista (29’) ter aberto o caminho aos bracarenses, estes colocaram-se em vantagem (1-0), depois de, pela direita do ataque visitante, Djaló enviou a bola para o miolo da área benfiquista, com a bola a ser repulsa pela defesa benfiquista para fora da referida área, onde surgiu, sem marcação, Ricardo Horta, que rematou pela certa, depois da bola ter tocado em mais do que um jogador na área benfiquista, inclusive no próprio guarda redes, porquanto a bola passou por baixo das pernas.
E o Braga podia ter chegado ao 2-0 (40’) quando Otamendi “perdeu” velocidade e Djaló se adiantou para rematar forte, tendo salvado a situação Trubin que defendeu, depois da bola bater no peito do guardião benfiquista, situação que se tinha verificado também no minuto anterior (39’) quando Trubin defendeu, com dificuldade, um remate de Banza. Na mesma “rotação”, Aursnes teve nos pés (42’) a hipótese de empatar, num remate à meia-volta, mas a bola subiu muito e passou por cima da barra.
No segundo tempo, com Carreras no lugar de Bah, o Benfica entrou a pressionar, com Di Maria a marcar tudo, mas sem chegar ao golo, se bem que a equipa de Schmidt comandasse as operações, com um Braga mais para “passar tempo”.
À passagem dos 70’, o técnico alemão fez entrar Kokçu e Marcos Leonardo e em tão boa hora o fez porque o último soube aproveitar um deslize da equipa bracarense para chegar ao empate, na sequência de um livre, que Matheus defendeu para a frente, seguindo a bola para o brasileiro rematar pela certa (71’) e empatar a partida.
Depois de se saber que estavam no Estádio da Luz 55.727 espetadores – excelente número – o Braga (80’) estava remetido na defesa para, logo de seguir, Bruma fazer a entrada (82’) no encontro, numa tentativa de lançar o avançado para contra-ataques. Com vista a poder, ainda, surpreender o Benfica.
Só que, egoísta, Bruma, no minuto seguinte, aproveitou um contra-ataque, com os bracarenses em superioridade numérica, para se isolar, tendo, livres, dois colegas no lado direito, para onde deveria ter ido a bola, porque pelo centro o caminho estava barrado. Bruma preferiu rematar diretamente para a baliza e a bola foi defendida por Trubin de forma relativamente fácil, tendo o Braga perdido a grande oportunidade de poder voltar ao comando dos golos e “arrumar” um Benfica já cansado.
Num “golpe de asa”, foi a vez do contra-ataque do Benfica, em contrapé do Braga, com a bola a viajar pela esquerda do ataque, cob o comando dos pés de Di Maria, que enviou a bola para o segundo poste onde, de rompante, surgiu Neres a cabecear para o fundo da baliza – ante a apatia de Matheus – colocando o Benfica a vencer (2-1) quando faltavam cinco minutos para os 90’.
Este golo “acabou” com a resistência do Braga, criando o Benfica mais oportunidades que o levaram a chegar ao 3-1 final, num golo marcado por Marcos Leonardo (90+5’), fazendo o bis, no que foi mais uma festa dos encarnados feita nos minutos finais, como tem acontecido em vários outros jogos.
Pouco antes do golo, o Braga passou a jogar (89’) com 10 jogadores, por expulsão direta de Vítor Gomez, com os bracarenses em estado de cansaço máximo, o que originou o último golo dos benfiquistas.
Benfica continua a ganhar e adiar a decisão sobre o campeão, com o Sporting a ter de vencer, este domingo, o FC Porto, para não perder gás.
Menos positivo voltou a ser o comportamento dos adeptos do Benfica, que arremessaram (entre os 33 e os 37’) “tochas” para o relvado, que levou a uma paragem de quatro minutos, não se percebendo como é que a segurança não detetou este material na entrada e nem sequer atuou na bancada.
Nos outros jogos deste sábado, o Casa Pia venceu o Chaves (3-1), enquanto Vizela e Rio Ave empataram (1-1), com o Guimarães a vencer (1-0) o Boavista e a manter a pressão sobre os bracarenses na luta para o 4º lugar.
Neste domingo, a sessão abre com o encontro Portimonense-Moreirense (15h30), seguindo-se o Estoril-Famalicão (18h) e o FC Porto-Sporting (20h30).