Geny Catamo começou e acabou por ser a estrela maior do Sporting-Benfica deste domingo, em que os leões poderão ter contribuído – após o triunfo conquistado – para afastar as águias de chegar ao primeiro lugar do pódio da Liga Portugal Betclic.
Assim sendo, tudo continua em aberto e a cada uma das seis semanas que ainda faltam a água continua a correr pelos rios, nunca se sabendo se haverá tempestades ou bonanças que possam azedar ou adoçar um ou outro concorrente, dos que estão nas primeiras três posições (onde se inclui o FC Porto), sendo que a derrota, neste domingo, do Sporting de Braga, no seu reduto ante o Arouca, vai fazer crescer água na boca de uns e outros, porquanto dominando de principio ao fim em todos os parâmetros mais específicos, não se percebe como os bracarenses – que lutavam para os primeiros lugares da Europa – baquearam com um “estrondoso” – 3-0.
Em Alvalade, os leões surgiram “indomáveis” desde o primeiro minuto (mais precisamente 50 segundos, quando Catamo marcou o primeiro golo do desafio) até ao último (acrescentando o tempo de compensação, sempre difícil de definir.
Não foi um jogo de grande brilhantismo técnico e futebolisticamente escrevendo, mas houve emoção como que a rodos, em função das peripécias que se verificaram, primeiro dentro de campo, depois fora do estádio, com o foguetório feito no final, como que anunciando algo de transcendente, no conceito bíblico da palavra.
Depois de Pedro Gonçalves ter conseguido desviar-se de Florentino e rematado na passada para a baliza, Trubin afastou a bola da pequena área com uma palmada, com o esférico a seguir para Catamo que, só, alçou da mira, definiu o ângulo mais apropriado e rematou rápido para fazer um golo de belo efeito.
No entanto, esta fogosidade do leão começou a perder “gás” de imediato e a bola andou mais pelo meio-campo, apesar de, aqui e acolá, o Sporting ter criado mais jogadas de perigo, como foi (25’) o caso de Jokeres ultrapassar o central António Silva, endossar a bola a Trincão que, no entretanto, não conseguiu dominar e o perigo “esfumou-se”.
Tal como aconteceu (28’) quanto Pedro Gonçalves rematou forte mas a bola subiu muito e perdeu-se pelas alturas.
O Benfica retorquiu por João Neves, que levou a bola até perto da baliza de Israel, mas Neres desviou para a baliza, onde não acertou.
O Benfica manteve uma toada de contra-ataque sempre que foi possível e (45+3’) chegou ao empate após mais uma jogada enquadrada para a bola chegar à cabeça de Bah e fazer o golo do empate. Numa altura excelente porque o intervalo chegou logo a seguir.
No segundo tempo, os leões quase imitavam a ação tida por Catamo no primeiro minuto do jogo, porquanto (52’) Jokeres conseguiu chegar perto da baliza de Trubin e rematou forte, mas a bola bateu no poste e perdeu-se de … vista.
Mais tarde (65’) o Benfica voltou a avançar e Rafa criou perigo, com Coates a salvar com um toque de calcanhar, depois de Gonçalo Inácio ter encontrado alguma dificuldade em agir a preceito.
Decorria o minuto 80’ quando Di Maria disparou um “torpedo” que foi agarrado por Franco Israel, com o Sporting a responder por Bragança, que (88’) poderia ter chegado ao 2-1, mas pisou a bola, perdeu o respetivo controlo e a oportunidade acabou por se esboroar.
Na resposta, no seguimento de um pontapé de canto (88’), a bola foi enviada para a grande área benfiquista, onde surgiu, isolado, Catamo, para rematar com o “pé coxo” (direito) e marcar um golo de grande efeito, ao canto superior esquerdo da baliza de Trubin, fechando o resultado no 2-1, na 23ª vitória do Sporting nesta Liga Betclic, que abriu ainda mais os horizontes de se chegar ao título nacional.
Até final, apesar de um quadro estatístico muito equilibrado (14-14 em remates, dos quais 3-4 para a baliza, 49/51% de posse de bola e 403-404 em passes), o resultado manteve-se, não se percebendo se o técnico do Benfica, Roger Schmidt, pensou (ou não) de que o empate também era bom para a equipa, isto porque só depois do segundo golo dos leões é que procedeu às substituições.
Sporting de Braga às avessas …
Com a estatística do jogo (17-12 em remates, 9-6 para a baliza, posse de bola de 58/42% e 437-330 passes) verificou-se que os bracarenses dominaram por completo, não se percebendo a derrota por um expressivo 3-0, sabendo-se que o jogo foi realizado na cidade dos Arcebispos.
Sataçi (29’) e Mújica (34’ e 89’) marcaram o triunfo dos arouquenses.
Em Famalicão, os locais venceram por 3-2, com golos de Chiquinho (8’), Júnior (43’) e Cádiz (90+5’) para os donos da casa e Lokilo (55’) e Petrov (80’) para os visitantes.
O Famalicão rematou mais (18-10), para a baliza (8-5), 46/54% de posse de bola, num total de 364-420 passes.
O Rio Ave recebeu e bateu (3-0) o Gil Vicente, com holos de Teixeira (30’), Yakubu (43’) de grande penalidade e Joca (63’), com 15-5 em remates, dos quais 8-3 para a baliza, numa posse de bola de 52/48% e com 479-435 em passes.
O Farense venceu (2-0) o Boavista, com golos de Falcão (28’) e Bruno Duarte (39’), com 17-17 em remates, 8-7 para a baliza, posse de bola de 43/57% e 293/373 passes.
Esta 28ª ronda prossegue este domingo, com os jogos Chaves-Portimonense (15h30), Moreirense-Estrela Amadora (18h) e FC Porto-Guimarães (20h30).