Benfica e Sporting tiveram sortes diferentes ao concluírem-se, nesta quinta-feira, os oitavos de final da Liga Europa, com as águias de “bico afiado” para mais uns milhões e os leões a terem que “refazer” o filme da partida frente aos italianos, onde tiveram oportunidades suficientes para também seguirem em frente.
Um golo apenas, marcado por Rafa, dando seguimento a um passe – ainda no meio-campo dos benfiquistas – “fatal” de Di Maria, que isolou o avançado a caminho de uma baliza onde não encontrou quaisquer obstáculos para (66’) definir o passo em frente, que era chegar aos quartos- de final.
Ainda assim, houve necessidade de o VAR verificar que o golo foi validado, porquanto, na fase inicial, o árbitro havia assinalado fora de jogo, tal a rapidez com que o “speed Rafa” saiu do seu meio-campo para avançar para o golo que garantiu subir mais um patamar.
Depois disso, com Roger Schmidt a fazer substituições muito mais cedo do que é habitual, a máquina benfiquista foi sendo “oleada” à medida e, curva daqui, curva dacolá, tudo funcionou em pleno no que refere ao maior número de remates (13-12 e 4-3, geral e para a baliza), pese embora o Rangers tenha tido maior posse de bola (59/41%), mas que não conseguiu aproveitar em seu proveito.
Para o efeito, os irlandeses fizeram 587 passes contra os apenas 415 do Benfica, o que não obstou à conquista da presença na fase seguinte.
Ao contrário, o Sporting, que andou sempre na frente da posse de bola (59/41%), correspondente a 609 passes, contra os 412 dos italianos, não logrou contrariar a vantagem do Atalanta quanto aos remates (10-8, dos quais 5-4 para a baliza), o que foi concretizado pelos 2-1 para a equipa da casa, que afastou o Sporting no caminho que se pretendia mais risonho.
Numa partida com uma boa mão cheia de jogadas que podiam ter dado golo, os leões adiantaram-se (33’), quando Pedro Gonçalves surgiu frente ao guardião italiano, depois de receber a bola, na passada – em jogada estudada – de Gyokeres, finalizando uma jogada de belo efeito, no que foi também um momento de felicidade.
Mas, na segunda parte, a situação modificou.se por completo, com os italianos a chegarem (46’) ao empate – ainda com os “jogadores algo frios, face ao intervalo – com Lookman a aproveitar o deslize completo da defesa leonina para chegar ao golo.
No lado direito do ataque dos italianos, surgiu um cruzamento que passou por toda a defesa (três jogadores de campo e o próprio guarda-redes, Israel), que falharam as intervenções, seguindo a bola para o segundo poste onde surgiu Lookman a antecipar-se a outro defesa leonina e introduzir a bola na baliza, ante o surpreendido Israel.
Um “deslize” coletivo que fez abanar a equipa, pelo menos por breves momentos.
Com o Sporting a tentar recuperar a desvantagem, mas sem atinar em conformidade, o Sporting foi surpreendido como segundo golo dos italianos, desta vez marcado (59’) por Scamacca, que surgiu frente a Israel para marcar com facilidade, depois da defesa leonina ficar “amanteigada”, como que escorregando pelo relvado, face a uma desconcentração global do setor defensivo.
Até aos 70’, o Atalanta manteve-se no comando, por um lado porque Gyokeres esteve quase sempre “secado” por defesas e, por outro, porque os leões não encontraram caminhos para uma finalização mais eficaz.
Ainda assim, nos últimos quinze minutos de jogo, o Sporting criou três oportunidades para marcar mas Edwards (84’ e 89’ e Paulinho (86’) não tiveram nem arte nem manha para fazer a bola chegar ao fundo da baliza italiana. E assim se perdeu o apuramento para os quartos de final da Liga Europa.
Resta saber que efeitos fará esta derrota para a Liga Portugal, que o Sporting lidera, numa altura em que o título (ou títulos, incluindo a Taça de Portugal) se aproxima da fase mais crucial quanto a uma putativa ainda previsão.