Terça-feira 24 de Novembro de 4246

Benfica isolou-se no comando face ao “bloqueio” do Sporting na “tempestade” de Vila do Conde

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Fernando Correia / Central Noticias

Ainda que só na segunda parte é que o Benfica conseguiu entrar em ritmo “compressor” para chegar ao triunfo, para cumprir a missão de liderar, isolado, a Liga Betclic, a verdade é que o Sporting foi o “grande culpado”, por ter empatado frente ao Rio Ave.

No Estádio da Luz, a alma benfiquista esteve branda, porquanto durante os primeiros 45’ de jogo não conseguiu marcar qualquer golo, o que foi criando algum “nervoso” pelas bancadas, habituadas a ver os seus pupilos a jogar para ganhar, o que não aconteceu nesse período.

No segundo tempo, a mudança foi radical e os homens de Roger Schmidt regressaram com outra disposição, em especial mental e física, porque era preciso mudar o “chip” e marcar golos – o que dá pontos para somar – para ganhar o mais depressa possível.

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Fernando Correia / Central Noticias

Os adeptos terão compreendido as razões de um primeiro tempo “sem sal”, motivo que os levou a manter a compostura e a incentivar a equipa para marcar.

Bastaram dez minutos para Rafa ter a felicidade de recuperar uma bola perdida no meio-campo adversário, para responder em conformidade e, de trivela, meter a bola por entre as pernas do guardião do Portimonense e fazer o 1-0 (55’).

Depois, em quatro minutos, o Benfica “explodiu” e o “estrago” foi o de meter mais dois golos e, de uma só vez, resolver o assunto do triunfo em duas arrancadas, em que tudo afinou pelo mesmo diapasão, para alegria dos adeptos.

Primeiro (57’), Neres arrancou desde o meio-campo com a bola nos pés, chegou-se à frente, desviou-se do guarda-redes e teve tempo para fazer o 2-0, na maior das calmas.

Segundo (59’), foi Di Maria a chegar ao 3-0, depois de uma outra arrancada demolidora que originou a marcação de três golos em quatro minutos, tendo também aproveitado o corredor aberto especialmente para si – só faltou a passadeira vermelha no verde do relvado – para marcar um golo com nota artística elevada, dado que foi o resultado de uma trivela fatal.

Depois de um quarto de hora de relativo “descanso”, Rafa voltou a marcar (75’), depois de ter aproveitado outra bola perdida (os algarvios perderam-se muitas vezes na capital) para chegar ao 4-0 final, ficando na expetativa do que o Sporting fizesse em Vila do Conde.

A formação benfiquista ganhou em toda a linha, desde os 22-11 remates (dos quais 13-2 para a baliza) numa posse de bola de 70/30%, o que redundou numa goleada … retardada. Fez-se justiça.

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José Pedro Gonçalves

Ao mesmo tempo (que os benfiquistas) o Gil Vicente recebeu o FC Porto e conseguiu um empate (1-1), que obrigou os portistas a ficarem mais longe do primeiro lugar do campeonato, numa partida em que o futebol praticado não foi o melhor, face às condições climatéricas que se tem verificado um pouco por todo o país.

Eustáquio ainda introduziu a bola na baliza, mas o árbitro não confirmou, assinalando antes uma falta contra os portistas que (37’) viram o mesmo resultado, porquanto o árbitro assinalou uma falta a Wendel, por carga sobre o guarda-redes do Gil.

O jogo foi para intervalo (0-0) e, no regresso, uma mão salvadora em contato com a bola (em movimento feito pelo defesa Andrew) levou o árbitro a assinalar a grande penalidade (53’) que Evanilson (55’) transformou no primeiro e único golo dos portistas, se bem que na recarga da fesa do guardião ao primeiro remate, com a bola a seguir, por felicidade, para o lado esquerdo, onde Evanilson estava depois da marcação.

O FC Porto continuou a manter pressão alta (18-8 remates, dos quais 7-1 para a baliza, numa posse de bola de 59/41%) junto da área do Gil, ainda que sem resultados práticos.

Por seu lado, o Gil Vicente nunca se vergou e, em tempo de descontos (90+4’), chegou ao empate, com um golo que surgiu de um cruzamento longo de Buto para a área portista, onde surgiu, ao segundo poste, um esclarecido Thomas Luciano a cabecear, com Diogo Costa a não conseguir defender.

Com este empate o FC Porto ficou mais longe do primeiro lugar, o que aconteceu também a Sporting que, no Estádio dos Arcos (Barcelos), também não foi além de um empate e deixou a águia da Luz a voar a solo.

Com o campo repleto de água, mas jogável, a formação do Rio Ave pré dispôs-se a batalhar para contrariar o favoritismo sportinguista, abrindo até o marcador (3’) por Embaló, com um remate forte, cruzado, a meia altura – depois de uma falha de Catamo – com a bola a anichar-se no canto contrário da baliza defendida por Adán, que esteve em noite não.

Em resposta, o Sporting teve oportunidade de empatar (9’), com um belo golo obtido por Hjulmand, com um remate forte, à entrada da grande área, que levou selo de golo, tendo o Sporting perdido, no imediato, duas oportunidades para saltar para a frente, primeiro por Gyokeres e, depois, por Trincão

Meia hora depois, os leões conseguiram colocar-se na frente do marcador, depois de (44’) Gyokeres, aproveitando um brinde do defesa Amine, ao passar para o guarda-redes, com a bola a como que parar para o avançado leonino chegar lá e rematar para o 2-1.

Por lesão de Trincão, Edwards foi a jogo mas a sorte voltou a estar afastada dos leões, porquanto Costinha, em disputa com Nuno Santos, caiu na área e o árbitro assinalou a grande penalidade (com o fogoso médio a não protestar, como é seu timbre) sob o final do tempo regulamentar da primeira parte.

Chamado à cobrança, Aziz (45+4’) não se fez rogado e empatou (2-2) a partida.

No segundo tempo, sem grandes e fogosos rasgos de uma ou de outra equipa – o tempo não ajudou em nada – a partida foi seguindo o ritmo até aí desenvolvido, até que (67’) Adán provocou uma grande penalidade, ao atirar-se aos pés do atacante do Gil, que o árbitro (e ninguém) teve dúvidas, confirmando-se também a intranquilidade que se vivia na pequena área da baliza sportinguista.

Como antes, Aziz voltou a fazer o gosto ao pé e como que fuzilou a baliza à guarda de Adán, colocando o Gil Vidente na frente do marcador (3-2).

Com o tempo a “escoar-se”, os leões tentaram levantar a juba e conseguiram voltar a empatar (3-3) depois de Coates (73’), o mais inconformado, correr para a baliza e saltar mais do que os outros e cabecear para o fundo da baliza, numa exibição leonina que não teve o nível que vinha mantendo nos últimos jogos.

Em termos estatísticos, o Sporting dominou, mas medianamente (14-11 remates, dos quais 6-3 para a baliza, numa posse de bola de 57/43%).

Neste domingo ainda, o Vizela recebeu o Estoril numa partida que terminou empatada (3-3), com o domínio repartida pelas duas partes (o Estoril rematou mais 19-12 e teve superioridade na posse de bola de 58/42%, com o Vizela a rematar mais para a baliza – 7-4).

De salientar que o Vizela chegou a estar a ganhar por 2-0 (golos de Essende, aos 26’ e 36’), o Estoril empatou (2-2) com golos de Alejandro Marqués (83’) e Zonocolo (85’), passou para a frente (90+3’) com um golo obtido por Guitane mas Lebedenko (90+5’) ficou o resultado nos 3-3.

A 23ª ronda da Liga Betclic conclui-se esta segunda-feira, com o jogo Boavista-Sporting de Braga (20h15).

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