Concluiu-se esta quarta-feira mais um ciclo da Allianz Cup (Taça da Liga), com o conhecimento de um final inédita com a presença das equipas do Sporting de Braga e do Estoril, confirmando -se a ausência dos habituais “clubes grandes”, como são o FC Porto, Benfica e Sporting.
Anulado na primeira meia-final ante o Sporting de Braga, o Sporting deixou de poder candidatar-se a mais um primeiro título a atribuir no início de cada ano, dando hipóteses de o Benfica lá chegar, mas que acabou por também ficar pelo caminho, como antes tinha acontecido com o FC Porto.
Daí esta nova janela – que não é famosa em termos de “projeção internacional”, como se pretende – que se volta a abrir neste sábado, quando Braga e Estoril se encontrarem, pela primeira vez, na final da época de 2023/2024.
Enquanto os leões acabaram por perder (1-0 ante os bracarenses) no decorrer do tempo regulamentar, o Benfica ainda conseguiu chegar ao final dos 90 minutos empatado (1-1), o que o fez seguir para a marcação de grandes penalidades, onde acabou por baquear (1-0), ainda que depois de novo empate (4-4) na primeira série (de cinco).
Nas grandes penalidades, a diferença final foi o resultado do estado de alma dos marcadores e dos dois guarda-redes, notando-se uma certa displicência por parte dos jogadores marcantes e um elevado nervosismo do lado dos guarda-redes, em especial de Trubin, ainda que os golos que contaram tiveram arte, colocação e direção objetiva, com os dois defendidos por mal marcados.
No tempo regular, foi nítida a supremacia do Benfica (16-3 remates, dos quais 6-1 para a baliza, numa posse de bola de 68/32%) – tal como se verificou no Sporting de Braga-Sporting – mas a verdade é que os golos não comprovaram.
Com João Neves a ter que fazer “quase tudo” – chegou ao fim exausto – onde João Mário voltou a não demonstrar a fibra necessária para poder alavancar a equipa para a frente, ainda que Otamendi e Di Maria tudo tentassem para modificar o estado de coisas, o que não aconteceu, tendo, em contrapartida, o Estoril demonstrado uma capacidade de sofrimento e resiliência que levou até às últimas consequências, isto é, ao triunfo, porque tiveram mais força de vontade e, até, porque não, de felicidade, tendo aproveitado a única oportunidade de golo para marcar (16’), depois de uma jogada primorosa, que foi finalizada com um remate forte de Guitane, que meteu a bola pela nesga existente entre o guardião benfiquista e o poste, ângulo que deve estar sempre fechado, pelo que a culpa foi de Trubin.
Da mesma forma (58’), o golo de Otamendi, a passe de Musa, foi precedido de uma falha da defesa estorilista porquanto o defesa que cobria o atacante encarnado em vez de estar colocado de frente, estava de lado e foi automaticamente “anulado” quanto Otamendi recebeu a bola e fez o golo do empate.
Na luta de gigantes – os pequenos também o são – houve ainda o fator das substituições, que não fizeram efeito (quiçá pelo contrário em função das novas peças que integraram o jogo, em especial por parte do Benfica), o que acabaram por ditar o resultado e onde o Benfica só se pode queixar de si próprio, ainda que possa acrescentar os pingos de falta de sorte.
O Estoril – que esta época tem tido altos e baixos de elevada amplitude – acabou por sorrir e criar uma imagem diferente para a final (inédita), onde não estará nenhum dos “papões” do futebol português.
O que é preocupante! Dizem uns, claro!
Sábado (19h45) a grande final e tudo pode acontecer.