O Sporting foi para Vizela preparado “com tudo” – não fosse o mau tempo tecê-las – até para golear (5-2) um Vizela que lutou enquanto teve pernas e os leões permitiram uma permissividade que podia criar algum “stress”.
Mas os comandados de Ruben Amorim souberam tornear os sinuosos caminhos que se apresentavam como mais prementes e foi criando antídotos que “aniquilaram” qualquer ousadia que pudesse surgir no horizonte do jogo, acabando por triunfar por uma mão cheia de golos, reforçando a sua posição de equipa mais “produtora” da Liga Betclic.
Ainda assim e depois dar o primeiro safanão após ter tido a bola de saída, com Nuno Santos e Gyokeres a tentarem a sorte, os leões foram surpreendidos com o golo de abertura por parte do Vizela, que levou Alberto Soro a aproveitar uma desatenção defensiva para chegar ao 1-0 (13’).
Na resposta, a formação sportinguista, com Gyokeres quase sempre a servir-se da velocidade de ponta para chegar à baliza contrária, a dar o primeiro sinal de perigo, quando (16’) levou a bola à trave, com a bola a cair em cima da linha de golo, mas não a ultrapassando, pelo que o golo foi adiado.
Quase à meia hora (28’), Samu quase fez o 2-0 para o Vizela, mas apenas isso, com o Sporting, depois de tentar várias vezes, a meter a bola na baliza dos vizelenses (45+1’) mas Paulinho estava adiantado 12 cm e o golo não foi validado.
Os leões continuaram a tentar o empate antes de se chegar ao intervalo e acabou por ser Gyokeres (45+8’) a fazer o empate, dominando a bola e rematando para dentro da baliza, depois de uma certa confusão na área vizelense.
Na reabertura (46’), Trincão isolou-se a caminho da baliza, fez um cruzamento para a área, mas a bola foi levada para outro ângulo e acabou por entrar diretamente, apesar de Gyokeres ter tentado fazer um pequeno desvio para confirmar mais um golo, que foi atribuído a Trincão.
Depois de passar para a frente do marcador, os leões continuaram imparáveis, enquanto o Vizela começou a quebrar, no que resultou do 3-1, marcado por Paulinho (57’), a cruzamento de Trincão, avançado que cabeceou.
Três minutos depois, Gyokeres ainda tentou marcar o quarto golo, mas foi apanhado em situação de fora-de-jogo, que o VAR confirmou.
Como que vindo do nada, sem se saber muito bem porquê, o Vizela reduziu para 2-3 (63’), numa jogada em que Essende, muito mais jovem, “trocou” os pés a Coates, deixou-o para trás e atirou pela certa.
A “pedalada” sportinguista estava em alta e (72’), Pedro Gonçalves avançou pela direita e, na altura própria, cruzou a bola para a área, onde surgiu o capitão leonino a cabecear lá do alto e fazer o 4-2, com Coates a repor a vantagem mais consentânea e real em relação ao jogo-jogado.
Corria o minuto 86’ quando David Bragança lançou Gyokeres para mais uma “cavalgada” que, na passada, rematou forte e fez o 5-2 final. Sem apelo nem agravo!
Com uma posse de bola de 64/36%, que originou 22-4 remates, dos quais 8-3 para a baliza, os leões souberam saborear a felicidade de continuarem a liderar a Liga Betclic, o que é um tónico muito bom para os jogos que ainda vão seguir, porquanto este foi o primeiro da segunda volta. Faltam mais 16.
No outro encontro, o Sporting e Braga foi vencer (2-1) a Famalicão, num encontro de sofrimento de princípio a fim, com os famalicenses a adiantarem-se no marcador, com um golo de Cádiz (62’, de grande penalidade), com Borja (73’) a empatar e (90+11’) os bracarenses a chegarem ao triunfo com o golo da autoria de Álvaro Djaló.
Com um jogo a terminar em “alta temperatura”, refira-se que a equipa da casa jogou os últimos dez minutos com menos um jogador, que terá influído no resultado, pese embora o Sporting de Braga tenha sido superior ao longo de toda a partida: 60/40% de posse de bola e 13-13 remates, dos quais 7-6 para a baliza, Braga que manteve a diferença (10 pontos a menos) do Sporting.
Nesta sexta-feira (20h15), o Benfica recebe na Luz o Boavista (onde os benfiquistas perderam na primeira volta), pelo que toda a gente estará à espera da “vingança”!