Sem dúvida que o Sporting se ter “deixado” apanhar pelo FC Porto é – e será, para os analistas dos vários quadrantes e nos próximos dias – o tema de conversa do futebol nacional (quiçá também internacional), face às novas posições classificativas dos intervenientes.
Ainda que das quatro equipas que ocupam os primeiros lugares (Benfica e Braga, além do Sporting e FC Porto) o caminho mais difícil foi traçado pelas duas últimas (o Benfica estava em 11º na 2ª jornada e o Braga em 10º), paulatinamente foram “burilando” a sua forma de jogar para atingirem, à 13ª ronda, as referidas posições cimeiras, como que cimentando desde já a possibilidade de concorrerem à entrada nas competições europeias, como se verificou na última época, onde se contou também com o Vitória de Guimarães, nem tudo parece reluzir para alguns.
Na liderança desde a 6ª jornada, o Sporting completou as posteriores rondas na primeira linha, isto porque ainda não defrontou o FC Porto – jogo marcado para a próxima semana, em Alvalade – no que poderá ser ou a ascensão isolada para o Sporting ou a descida para lugares mais baixos, em função dos resultados que, entretanto, verificarem nos jogos que envolva estas formações.
Como o “futurismo” dá “muito trabalho”, é aconselhável aguardar para ver o que se passará.
No que respeita aos jogos deste sábado (13ª), o Sporting foi o grande perdedor (em terras do Reino de Portugal), ainda que se mantenha líder, agora com a companhia do FC Porto, que venceu o Casa Pia no Estádio do Dragão, com o Benfica a perder mais dois pontos, depois de empatar, na Luz, com o Farense, no que o Braga também aproveitou para ocupar o 3º posto, apenas a um ponto dos dois primeiros.
Apesar de Rúben Amorim ter referido que “temos de jogar uma velocidade acima” contra os vimaranenses, deduz-se que o efeito psicológico foi nulo, porquanto os leões não conseguiram almejar o triunfo, apesar de ter dominado por completo o jogo.
Com 12-8 remates, dos quais 6-4 para a baliza, numa posse de bola de bola de 70/30%, os leões como que “morreram na praia”, ante uma réplica coesa dos vimaranenses, ante algumas culpas de Adán nos dois últimos golos do Vitória, em que foi lento para reagir às jogadas e aos remates que originaram os referidos golos (em especial o terceiro em que a bola passou entre si e o poste, numa zona que é nitidamente zona de intervenção do guardião.
A questão de a equipa ter de jogar a “uma velocidade acima” para “amedrontar”, não aconteceu, considerando ainda os 614 passes (que torna o jogo mais lento) processados pela equipa sportinguista. Mais passes, por norma, é sinónimo de menos velocidade, porque empata o jogo.
Gonçalo Inácio (41’) abriu o marcador a favor dos leões, com um golo de belo efeito, tendo o Vitória empatado ainda no primeiro tempo (45+7’), na transformação de uma grande penalidade provocada por Adán, segundo a versão da equipa de arbitragem.
No segundo tempo, os vimaranenses fizeram o 2-1 (73’) por André Silva, Nuno Santos (77’) empatou, mas os leões não conseguiram travar o ímpeto final da equipa local e Dani Silva fechou (80’) a conta, num momento de desconcentração da equipa leonina, que tinha acabado de empatar.
No Dragão, o Casa Pia deu luta até aos 12’, quando Evanilson abriu o marcador para os portistas, que aumentaram para 2-0 (49’) por José Pedro e fecharam no 3-0 (81’) por Pepe, num golo muito festejado. A equipa lisboeta do Parque do Monsanto reduziu (89’) por Andrade Santos, na conversão de uma grande penalidade.
O FC Porto liderou a estatística, com 14-10 remates, dos quais 7-2 para a baliza, numa posse de bola de 68/32%. Tudo normal.
No outro jogo realizado este sábado, o Famalicão foi buscar um ponto ao campo do Portimonense (1-1), com golos marcados por Varela (61’) e Fonseca (31’) – que abriu o marcador – numa partida que os famalicenses dominaram em toda a linha, desde os remates (18-8, dos quais 8-4 para a baliza), até à posse de bola (51/49%).
Neste domingo, jogam: Estrela da Amadora-Boavista (15h30), Arouca-Rio Ave (18h) e Estoril-Chaves (20h30). A ronda completar-se-á na segunda-feira, com o Gil Vicente-Moreirense.