Como quase sempre acontece, as equipas que jogam em casa pretendem definir uma estratégia para chegar mais depressa aos golos, com a mira de poderem preparar o triunfo antes do jogo chegar aos minutos finais, para não criar stresse e cumprirem um jogo com a vitória.
O que é o resultado mais significativo para somar pontos sobre pontos e poderem almejar chegar ao título ou aos apuramentos para as competições da Liga de Campeões e Liga Europa, onde os
Clubes procuram angariar “pipas” de massa para os negócios que tem planeados.
Semana a semana, assiste-se a este “fado” futebolístico, muitas vezes sem grande qualidade do jogo jogado, o que também não importa porquanto os pontos vão-se somando, o caminho mais rápido para chegar ao topo de qualquer coisa.
Isto para chegar ao jogo da noite desta segunda-feira, com os leões a entrarem a todo o gás, com um esquema de 3x4x3, consistente do meio-campo para a frente, mas que foi esbarrando num defensivo (e polvilhado) 4x2x3x1, ainda que o Gil Vicente tivesse jogado mais à frente, para não permitir que Edwards “driblasse” toda a gente e chegasse ao golo com facilidade.
Neste contexto, Gyokeres meteu a bola (9’) na baliza do Gil, a passe de Edwards, mas estava na posição de fora de jogo e o golo não foi validado (VAR), quadro que surgiu de novo (12’), quando o mesmo Gyokeres também criou perigo.
Mas acabou por ser o Gil Vicente quem mais perto esteve do golo “a sério”, quando os atacantes gilistas (13’) controlaram a bola de um (mau) passe de Nuno Santos para Adán, com a bola a chegar a Félix Correia que cruzou para Miguel Monteiro rematar, mas sem tino.
Nas variações, os passes foram mais que muitos, sem progressão e sem pressão da turma leonina que se limitou a geria a posse de bola para evitar eventuais surpresas por parte dos gilistas.
Gil Vicente que nunca deixou de lutar, apesar de Edwards tudo querer fazer para ele resolver, não tendo tido êxito em nenhuma das avançadas, porquanto apenas pensa em si e não joga para o grupo, pese embora tenho o peso da responsabilidade de gerar mais valias que levem a equipa a marcar.
E foi o Gil Vicente que acabou por obter o primeiro golo, depois de, na marcação (34’) de um livre sobre a direita do ataque gilista, perto da linha da grande área, que os visitantes se colocaram em vantagem depois de Murilo marcar um livre, com a bola a seguir para a barreira leonina, onde surgiu Ruben Fernandes a fazer um pequeno desvio de cabeça, que deixou de fora qualquer hipótese de Adán chegar à bola.
Sentido o “perigo” que este golo poderia significar, os leões voltaram ao de cima com mais razões para fazer melhor, tendo chegado ao empate (43’) depois de Nuno Santos rematar forte para a baliza, tendo o esférico sido desviada por Pedro Tiba para a sua própria baliza, entrando junto ao segundo poste, com o golo a ser atribuído (como autogolo) ao jogador do Gil Vicente. Se assim não fosse a bola saia ao aldo da baliza. Uma pequena sorte leonina.
Com o intervalo à vista, o Gil entrou em “antijogo”, demorando a repor a bola em jogo por parte do guarda-redes, quedas e mais quedas.
No segundo tempo, Nuno Santos, Gonçalo Inácio e Esgaio foram substituídos por Matheus Reis, Catamo e St Juste, de forma alterar as regras que estavam a vigor na equipa.
O Sporting manteve a pressão, Edwards criou (49’) oportunidade quando de um remate frontal para a baliza, mas o guardião gilista desviou para canto, passando o perigo, tendo a equipa leonina continuada a liderar a partida e chegar ao 2-1 (52’), quando Gyokeres, no seguimento de um cruzamento da direita, viu um defesa do Gil a fazer um “amortie”, colocando a bola a seus pés, mais não fazendo do que agradecer a oferta e fazer o golo (56’), para o Sporting desanuviar.
Quatro minutos depois, o mesmo Gyokeres chegou ao 3-1, depois de, no seguimento de uma jogada pela esquerda do ataque sportinguista, a bola foi cruzada para o centro da pequena área, onde surgiu o dinamarquês a como que empurrar a bola para a baliza desguarnecida.
Gyokeres ainda conseguiu meter a bola na baliza pela terceira vez, mas estava fora de jogo e o golo não foi homologado.
Ante uma moldura humana de 33.712 espetadores, o Sporting foi dominador (15-5 em remates, dos quais 4-1 para a baliza, numa posse de bola de 61/39%), garantindo o triunfo e a vantagem de dois pontos sobre o Benfica, que passou a segundo, enquanto o FC Porto se manteve no terceiro lugar, a três pontos, numa tabela classificativa que, no fim da 12ª jornada, está ordenada da seguinte forma: Sporting (31 pontos), Benfica (29), FCPorto (28), Sporting Braga (26), Guimarães (22), Moreirense (21), Famalicão e Farense (16), Boavista (15), Portimonense (14), Casa Pia (13), Estrela Amadora (12), Gil Vicente (11), Estoril, Rio Ave, Chaves e Vizela (10), Arouca (9).
Nos marcadores, o bracarense Simon Banza continua ni comando, com 11 golos, com o sportinguista Gyokeres a subir ao segundo lugar (9), seguindo-se Héctor (Chaves), 8; Ricardo Horta (Braga), com 7; Paulinho (Sporting) e Bozenik (Boavista), 6; João Mendes (Guimarães), Di Maria (Benfica), Álvaro Djaló (Braga) e Maxima Dominguez (Gil Vicente), todos com 5, sendo de registar a presença de quatro jogadores do Sporting de Braga neste top.
A próxima ronda (13ª) inicia-se na sexta-feira (feriado) com os jogos Vizela-Sporting Braga (15h30) e Benfica-Farense (18h), seguindo-se, no sábado, Portimonense-Famalicão (15h30), Guimarães-Sporting (18h) e FCPorto-Casa Pia (20h30). No domingo jogarão Estrela Amadora-Boavista (15h30), Arouca-Rio Ave (18h) e Estoril-Chaves (20h30), fechando na segunda-feira com o Gil Vicente-Moreirense (20h15.