Diogo Pinto / FPF
A seleção portuguesa de futebol (A) termina neste domingo a fase de grupo de apuramento para o europeu de 2024, com o objetivo cumprido, ainda que faltem noventa minutos para concluir o calendário previsto.
Num percurso imaculado até aqui – conquistado o pleno de vitórias (9) – a equipa das Quinas apresenta-se no Estádio José Alvalade (19h45) ante a formação da Islândia para formalizar o 10º triunfo e, com isso, bater mais um recorde, até hoje nunca alcançado: o de vencer todos os jogos.
Assim sendo, a equipa nacional
Portugal também quer chegar a outro recorde, que é o de subir na classificação dos melhores marcadores, onde Ronaldo se senta no grupo dos sextos classificados, com 11 golos, com o polaco Lewandowski no comando, com 13 golos. Pode dizer-se que a diferença é mínima, mas nestas coisas por vezes pode tornar-se irreal.
Entre estas e outras situações, importa é que Portugal seja o vencedor para terminar em beleza, com o pleno das dez vitórias.
Com os mesmos 24 jogadores que estiveram no palco de quinta-feira passada (triunfo sobre o Liechtenstein), Roberto Martinez tem a máquina “oleada” e só precisa de estar atento para corrigir qualquer situação que seja necessário “reparar” no percurso.
A propósito do jogo, referiu que “no futebol internacional há uma competição que é o torneio final. E depois temos o período de estágios e apuramentos, que a equipa tem de ter consistência, ganhar. Fizemos isso. Depois temos de chegar ao torneio e poder mostrar tudo o que temos para jogar com as melhores equipas do mundo. Temos qualidade individual como qualquer outra seleção, mas precisamos de continuar a crescer. Hoje é importante ganhar e celebrar. Os adeptos merecem um jogo para criar boas memórias”.
Adiantou também que “o futebol é um desporto coletivo, as conquistas pessoais chegam como consequência de bom jogo de equipa. Nunca podes tentar uma conquista pessoal, porque não é uma forma que ajude a ganhar jogos. Amanhã precisamos de tentar ganhar o jogo e ser equipa bem estruturada com e sem bola. E depois gostaríamos de ver um jogador nosso como melhor marcador (Cristiano Ronaldo). Mas não é um objetivo. O objetivo é jogar bem, marcar e não sofrer. E como consequência disso esperamos que os nossos jogadores sejam recompensados também individualmente ”
Sublinhou ainda que “acho que no último jogo tivemos um espetacular ambiente de seleção. Estamos juntos e a rivalidade dos clubes faz-nos melhores, mas quando a seleção joga é a seleção. Queremos dar um bom jogo aos adeptos. Gostaria de ter um ambiente de festa, porque até pelo apuramento que fizemos merecemos isso. Não vejo outra possibilidade”.
Expressou que “é um apuramento histórico. Precisávamos de ter os três guarda-redes no relvado e fizemos isso. O Rui Patrício jogou nos dois primeiros jogos. O Diogo Costa voltará hoje. E depois é importante manter o nível de competitividade que temos nos guarda-redes”.
Acrescentou que “é importante criar ambiente de competitividade e oferecer clareza. É importante ter compromisso individual e jogar na estrutura coletiva. Isso foi o que fizemos nos nove jogos. É isso que queremos. Criar um nível de exigência, para a equipa ser consistentemente ganhadora. Não é fácil, porque jogas em diferentes momentos, precisas de variações, há lesões. Gostei do compromisso. E depois é muito fácil mostrar a qualidade individual, mas é muito importante terminar com dez vitórias. Histórico e importante”.
Diogo Pinto / FPF
Para Bruno Fernandes, “ter estes registos representa que temos grande qualidade, uma exibição coletiva, até agora, excelente. Queremos acabar da melhor maneira. Começámos do zero. Todos começam com 0. O que temos de tirar é que quando começar o europeu começa uma nova etapa. Há que ir para o europeu e perceber o que é preciso. Será diferente da qualificação. A dificuldade é sempre alta, mas a atenção aos detalhes será sempre a mesma”.
“Todos querem jogar, ter máximos de minutos possíveis. Feliz por ter tido e espero jogar amanhã. No global foi muito boa. Tivemos alguns jogos em que não fomos o que queríamos ser. Mas são coisas a melhorar, para quando chegar o europeu possamos aprender com o que fizemos de errado. Todos fizeram boa qualificação. Não gosto de individualizar. O mais importante será vencer hoje”.
Salientou que “ser favorito no papel nem sempre ganha jogos e torneios. Temos o maior caso no Europeu de 2016. Nunca fomos favoritos e chegámos a Portugal campeões. Acho que o foco tem de esperar, seja contra quem for, temos qualidade, tenham eles mais ou menos. Temos de fazer jogos de excelência. Tivemos esse exemplo neste último jogo, onde todos esperavam um resultado mais avultado. No papel não se ganha nada no futebol”.
