Terça-feira 24 de Novembro de 1896

Voo irregular da Águia Benfica reverteu em final feliz para o triunfo ante o Sporting

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Paulo Alfar / Central Noticias

Não sendo de estranhar – porque não foi a primeira vez – a Águia Benfica ainda não se habituou à nova imagem e ambiente que o Estádio da Luz proporciona de vez em quando, tendo aterrado não no seu púlpito, mas junto à linha final do relvado e aí ficou à espera do tratador.

Vem isto a propósito dos ditos portugueses, em que quando algo não tem o seu início normal, o resultado poderá ser pior do que seria de esperar, se bem que ninguém terá pensado que a equipa de Roger Schmidt iria navegar num “verde mar” que dificultou ao máximo a tarefa dos encarnados, ao ponto de os leões se terem colocado na dianteira do marcador no fechar do primeiro tempo, o que podia ter “impactado” a saúde mental dos jogadores, face a um jogo que tinha uma carga psicológica de alto nível.

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Paulo Alfar / Central Noticias

Numa primeira parte em que os leões foram superiores de forma global (6-4 em remates, dos quais 3-0 para a baliza, numa posse de bola de 56/44%), tendo marcado o primeiro golo do desafio (45’) pelo “tanque” Gyokeres, depois de, lançado por Edwards, se ter isolado, entrando na grande área e desferindo um potente remate, com a bola a entrar na baliza pela nesga aberta entre Trubin e o poste.

Com Trubin num lado, e Adán no outro, a adiarem os golos, face a algumas defesas de grande nível, foi preciso chegar aos 90’ para, num período de apenas três minutos, para se encontrar um vencedor, para o caso o Benfica, com uma “cavalgada” de artilharia pesada, primeiro com João Neves a fazer o empate e, depois, com Tengstedt – com 4 centímetros de margem para o fora de jogo, segundo o VAR – a vivenciar uma virória arrancada a ferros, com alguma parcimónia da defesa sportinguista, algo lenta na movimentação dentro da profusão de jogadores na área, em especial no segundo golo, em que o Benfica surgiu com três jogadores isolados para além dos defesas leoninos, “apanhados” desprevenidos e sem “chama”.

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Paulo Alfar / Central Noticias

A estatística final foi completamente favorável ao Benfica, com 14-8 remates,dos quais 4-3 para a baliza, numa posse de bola de 54/46%.

A fechar esta 11ª jornada da Liga Betclic, o Sporting de Braga foi vencer (1-0) ao campo do Arouca, com um golo marcado por Álvaro Djaló, enquanto o Gil Vicente e o Rio Ave empataram (1-1), com golos da autoria de Jorge Monteiro e de Miguel Nóbrega, respetivamente.

O Boavista, que tinha começado o campeonato a toda a velocidade, perdeu (1-3), em casa, ante um Farense mais esclarecido e arejado, com Baldé a marcar para os algarvios, Bozenik a empatar e, depois, Fabrício e Rafael Barbosa a confirmarem o triunfo dos visitantes.

O campeonato entrou de férias – para os dois últimos jogos da seleção portuguesa na fase de grupos para o Euro’2024, sendo que a formação lusa já garantiu a presença na fase final – regressando no primeiro de dezembro, com o jogo Chaves-Vizela (20h30).

Na classificação, Benfica e Sporting comandam, ambos com 28 pontos, seguindo-se: FC Porto (25), Sporting de Braga (23), Moreirense (20), Guimarães (19), Famalicão e Farense (16), Boavista (15), Portimonense (14), Gil Vicente e Estrela Amadora (11), Estoril, Vizela e Casa Pia (10), Rio Ave (9), Chaves (7) e Arouca (6).

Nos marcadores, Simon Banza (Braga) continua no comando, com 10 golos, à frente de Gyokeres (Sporting) e Héctor (Chaves), com 7; Paulinho (Sporting), Ricardo Horta (Braga) e Bozenik (Boavista), todos com 6; João Mendes (Guimarães), Di Maria (Benfica), Álvaro Djaló (Braga) e Dominguez (Gil Vicente), todos com 5.

 

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