Uma das conclusões retirada da Cimeira dos Presidentes (XI edição), esta quarta-feira realizada no Convento de São Francisco, em Coimbra, de acordo com o comunicado emitido pela Liga Portugal, aponta para que “o modelo de governação deverá ser equitativo e equilibrado”.
Segundo o documento publicado no respetivo site da Liga Portugal, “os clubes entendem que o novo modelo deve cumprir requisitos fundamentais, tais como:
- a participação no modelo de Governação deverá ser equitativa e equilibrada, entre FPF, Liga Portugal e Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF);
- garantir um modelo de financiamento sustentado e rigoroso, em cumprimento dos limites orçamentais existentes;
- recrutamento e gestão baseados na meritocracia e classificações públicas;
- princípio da separação da função de nomeação e de avaliação, assim como da comunicação transparente e sistemática, assegurando contínuo esclarecimento e informação sobre a atividade, nomeadamente com a disponibilização dos áudios do VAR;
- Clarificação das vantagens do novo modelo em comparação com o atual”.
Com a presença da maior parte dos líderes das Sociedades Desportivas da Liga Portugal Betclic e da Liga Portugal SABSEG, “os presidentes debateram questões de extrema importância para o Futebol Profissional, concentrando-se em temas cruciais como os custos de contexto, a centralização dos direitos audiovisuais e, também, o novo modelo proposto para a gestão da Arbitragem.
Pedro Proença, naquela que foi a primeira Cimeira de Presidentes desde que foi reconduzido na liderança do organismo que rege o Futebol Profissional para o terceiro mandato, apresentou uma série de conclusões sobre os temas debatidos”.
No âmbito dos custos de contexto:
“Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, organismo ao qual a Liga Portugal se associou em 2019, marcou presença na Cimeira e escutou atentamente as apreensões do Futebol Profissional, comprometendo-se a ser porta-voz em debates futuros sobre temas como criar as condições fiscais em IRS, IRC e IVA necessárias à captação de investimento para o Futebol Profissional que permita captar e reter talento”.
Abordou também a “necessidade de reforço do reconhecimento do Futebol Profissional nas pastas do Desporto, da Economia e Finanças. Foi ainda tema a alteração dos regimes das Apostas Desportivas, com vista a estabelecer uma distribuição justa e equitativa das receitas”.
Na área da centralização dos direitos audiovisuais:
Os líderes das Sociedades Desportivas “enalteceram o trabalho incansável desenvolvido pela Liga na centralização na condução do projeto, sendo destacada a importância de cumprir as datas do Decreto-Lei 22-B/2021 (2025 e 2028), como tal foi considerado determinante aprovar o Regulamento Audiovisual e Regulamento de Controlo Económico”.
Os Presidentes “comprometeram-se ainda a trabalhar incessantemente na melhoria contínua do produto audiovisual, garantindo uma experiência de qualidade para os adeptos”.
Quanto ao novo modelo proposto para a gestão da Arbitragem:
“a propósito da criação de uma nova estrutura externa da Arbitragem, foi questionada a oportunidade da reestruturação do atual modelo, especialmente num momento de conclusão de um ciclo na Federação Portuguesa de Futebol (FPF)”.
A próxima Cimeira de Presidentes ficou marcada para 20 de março de 2024.
Como tudo, no futebol, tem peso substantivo que mais nenhuma outra federação tem, há que esperar para ver o que será esta nova dinâmica, em termos globais.