Com o Salão Nobre da Câmara repleto com uma plateia de atletas olímpicos e outros dirigentes do desporto nacional, a Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal tomaram posse de novas instalações para a respetiva sede e local de trabalho para cumprir a sua missão.
Depois da cerimónia de boas-vindas por parte do vereador com o pelouro do desporto da edilidade, Francisco Kreye, Luís Alves Monteiro voltou frisar o papel que a AAOP pretende continuar a implementar nas áreas sócio desportivas tendo como base não só os antigos atletas olímpicos – os que encontraram maior dificuldades no regresso a uma atividade profissional, alguns dos quais não tiveram apoio à altura da situação de cada um – como também os futuros que, terminadas as carreiras, vão poder necessitar de uma organização que possa ser um parceiro para dialogar com outras instituições – estatais e privadas – para que possam acolher e orientar, das formas mais convenientes, os olímpicos nacionais.
Com carreiras mais curtas ou longas, todos são iguais, todos precisam de “encontrar um ombro amigo” para os devolver, “em bom estado”, a uma vida profissional que nunca tiveram (porque sempre “profissionais” do desporto), uma questão que continua na ordem do dia, pelo menos enquanto o número de atletas que chegam aos Jogos olímpicos sejam elevados.
Com o lema “Para os atletas, Pelos atletas, Para a Sociedade”, a AAOP tem demonstrado, nos últimos três anos – quando Luís Alves Monteiro e seus pares foram eleitos – contornar obstáculos e angariar um conjunto de instituições que entenderam a mensagem e aderiram aos novos ventos que se fazem sentir e estão a implementar um conjunto de projetos com “via verde” para avançar.
Como referiu Luís Alves Monteiro, “a AAOP tem mostrado o dinamismo e uma saúde financeira que nos pode afirmar a independência que é necessária para podermos progredir com a tarefa que escolhemos em prol dos atletas olímpicos”.
Luís Monteiro cito Pierre de Coubertin – o iniciador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna – para dizer que “há que perceber o modo de vida que pretende, com base nos valores olímpicos, com relevo para a Excelência e Amizade, dando voz e intervenção aos atletas olímpicos, com impacto
na saúde mental, uma questão cada vez mais premente na atualidade”.
Frisou ainda que “temos de ultrapassar egos! Tratar da empregabilidade e com parceiros certos com vista ao futuro”.
Simão Morgado, nadador olímpico em três edições, deixou o testemunho de uma vida, enquanto a AAOP vir coroada a sua cruzada com o recebimento da Bandeira da Ética, atribuída pelo IPDJ, IP, pelo trabalho que tem desenvolvido em projetos nesta área de intervenção, o que foi confirmado pelo presidente, Vítor Pataco, ao afirmar que “o trabalho da AAOP tem uma marca de qualidade”.
Depois de João Paulo Correia, Secretário de Estado do Desporto e Juventude, por vídeo, ter registado com agrado a atividade promovida pela AAOP, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, teve oportunidade de salientar que “depois de Cristiano Ronaldo ter potenciado a alta competição e tornar-se o melhor futebolista no mundo, o desporto português continua na senda do triunfo, reforçando os valores olímpicos e de humanização, porquanto ser atleta olímpico é uma honra significativa e sentir cada um com o peso da representação de um país é coisa muito grande seja onde for”.
Finalizou para dizer que “cumprimos o acordo e a palavra que tinha sido dada: a AAOP tem a sede que merece! Com 690 anos de vida, Cascais continua a cumprir!”
Nada melhor para culminar um encontro de gente do desporto, que há décadas (seis e mais) dá a cara e trabalho pelo desporto. Que os atletas olímpicos e todos os desportistas saibam compreender estas mensagens e comunguem de objetivos tangentes a toda a Sociedade.