Numa partida em que dominou por completo ao longo das duas partes, o Sporting voltou a apresentar um futebol pouco objetivo para poder contornar os “operários” do Famalicão, que acabaram por fazer muito pouco para o que se poderia esperar.
Equipa considerada “combatente”, capaz de responder forte a qualquer equipa, incluindo os leões de Alvalade, o Famalicão apenas esteve focado na defesa (5x3x2) do seu território, ainda que apenas nos dez minutos iniciais, em que a equipa travou qualquer iniciativa dos leões, também eles preocupados em aplicar um sistema de jogo que pudesse contrariar a formação sportinguista.
Paulinho (19’) criou o primeiro perigo para a baliza dos visitantes quando surgiu frente ao guardião Luiz Júnior, que fez uma excelente defesa enviando a bola por cima da barra, com Paulinho, Ricardo Esgaio e Pedro Gonçalves a trabalharem a bola (28’) na área visitante, mas sem qualquer aproveitamento.
O jogo foi-se mantendo com um futebol aos “repelões”, com os famalicenses a tentarem ultrapassar o seu meio-campo, mas, ainda que o fazendo poucas vezes, pararam e voltaram para trás, no que se pode considerar uma “queima de tempo” para atrasar o sofrimento de qualquer golo leonino, o que não seria bom.
Os leões mantiveram-se sem fio de jogo, ainda que criando oportunidades de golo, primeiro por Gyokers, que o guardião Luiz Júnior defendeu, seguindo a bola para Ricardo Esgaio endereçar para Pedro Gonçalves e, de novo, Luiz Júnior voltar a defender.
No primeiro tempo, o Sporting sofreu dois cartões amarelos em jogadas cujas faltas existiram, mas que foram de ordem simples, pelo que foi um excesso por parte do árbitro do encontro, concluindo-se o primeiro tempo com os leões a rematarem mais 4-1, dos quais 2-0 para a baliza, numa posse de bola de 71/29% sem ineficácia em termos de golos.
No segundo tempo, jogando no sentido norte-sul, os leões começaram da melhor forma, porquanto chegaram ao golo (52’), no seguimento de um pontapé de um livre marcado quase sobre a linha de grande área, sobre a direita, com a bola a ser jogada por Nuno Santos, seguindo para o segundo poste, onde Coates como que amorteceu para o centro da área, onde surgiu Paulinho a saltar mais alto e a remeter a bola para a baliza, com “toda a gente” parada menos o avançado sportinguista, o que faz do atacante o único que marcou nos três jogos desta Liga Betclic.
Em função da desvantagem, o Famalicão tentou aumentar de velocidade – com menos quedas (sem jeito nenhum…) – para mudar algo, surgindo logo de seguida a substituição de três jogadores, que parecia dar frutos pela amostra feita quando da marcação de um livre frontal à baliza leonina (62’), com a bola a seguir diretamente para Adán (até aí sem trabalho) que defendeu.
Logo de seguida, Gyokeres (65’), da mesma forma (livre direto, na zona frontal à baliza e fora da grande área), rematou forte e Luiz Júnior defendeu com as pernas, seguindo a bola para fora.
Procurando o segundo golo para ficar mais seguro, Catamo (69’) – que tinha entrado entretanto – “dançou” junto à linha de grande área do Famalicão, quer deu direito a mais um livre, com a bola a ser encaminhada para Pedro Gonçalves, que cabeceou e levou a bola a tocar no braço de Youssouf, o que levou o árbitro a pedir o apoio do VAR.
Do diálogo estabelecido, o VAR encaminhou o árbitro para ver o vídeo e este, analisadas as imagens, confirmou que não houve falta, muito menos para grande penalidade.
Depois de se saber que 40.287 espetadores estiveram presentes em Alvalade, os leões voltaram a ter mais oportunidades de golo, a mais flagrante (85’) por Daniel Bragança, que rematou forte mas o guardião Luiz Júnior, que gorou a alteração no marcador.
Com mais oito minutos de compensação, o Sporting (90+4’) esteve à beira de marcar, mas de novo, o guardião do Famalicão defendeu e passou o perito.
Com este triunfo, o Sporting continua invicto (tal como o Guimarães) – pelo menos até este domingo – se bem que tudo se encontre em fase de “estudo consecutivo”. Por exemplo, Edwards não jogou mas teve um substituto à altura (Catamo), se bem que não basta “dançar” com a bola, porquanto terá sido por isso o o britânico ficou de fora.
Mas as experiências vão continuar, pelo menos enquanto não chegarem os jogos para as competições europeias, de onde já saiu o Arouca (Liga Conferência).
No final da partida, o Sporting cimentou a supremacia (10-5 em remates, dos quais 6-1 para a baliza, com 63/37% de posse de bola).
No jogo Boavista-Casa Pia, o resultado final foi um empate a uma bola, com golos marcados por Malheiro (48’) para os donos da casa e por Clayton (33’), para os casapianos.
A partida foi equilibrada, como adiantam as estatísticas, com 12-9 remates (dos quais 6-7 para a baliza), numa posse de bola de 57/43%.
Na cidade do Fundador, o Guimarães venceu (2-0) o Vizela, com golos obtidos por André Silva (59’) e João Mendes ( 72’), numa partida em que os visitantes remataram mais (11-6 – 5-3 para a baliza), numa posse de bola de 59/41%).
Nuno Santos (Guimarães) foi expulso (82’).
Nesta segunda-feira, efetua-se o jogo Rio Ave-FC Porto (20h15), enquanto o Moreirense-Sporting de Braga foi adiado para 9 de Setembro face à presença na segunda mão do play off para apuramento da fase de grupos da Liga dos Campeões.