Os golos obtidos por Di María e Musa, na parte final do jogo com o Celta de Vigo, proporcionaram a conquista da Troféu do Algarve ao Benfica, triunfo que assentou bem aos encarnados, que evidenciaram mais querer e talento em campo.
Um dia depois do trunfo (4-1) sobre o Al Nassr, o Benfica iniciou o segundo desafio do torneio com serenidade perante a pressão do Celta de Vigo nos primeiros minutos. Aos 6′ deu-se a primeira intervenção de Samuel Soares. O guarda-redes encarnado opôs-se ao remate de Larsen, que surgiu sobre a esquerda do ataque dos espanhóis e atirou à baliza das águias. Resolvido a dois tempos.
A reação não tardou e num lance de bom envolvimento coletivo, a passe de João Mário, Bah, sobre o corredor direito, finalizou a jogada. Atento, o guarda-redes Iván Villar defendeu.
Apoiado pelos milhares de adeptos que entoaram cânticos de incentivo, o Benfica voltou a acercar-se da baliza contrária aos 16′. Cruzamento tenso de Bah desde a direita, ao qual Rafa esteve muito perto de corresponder. Por pouco, o avançado não conseguiu o desvio desejado.
Antes da conclusão do primeiro tempo, o Benfica, mais uma vez, tentou inaugurar o marcador. Aos 43′, na sequência de um livre de Chiquinho, a bola sobrou para Tomás Araújo, central que mirou a baliza do Celta de Vigo e disparou. O esférico embateu em Aidoo e o lance perdeu-se. Nulo ao intervalo no Estádio Algarve.
Com mais intensidade e dinâmica na segunda parte, o Benfica entrou com acutilância. Aos 52′, Di María, pelo corredor central, abriu para João Victor, que se incorporou no processo ofensivo e, em velocidade, deixou para trás Carreira, servindo Musa. Na pequena área, o avançado croata, já liberto da marcação de Aidoo, rematou e enfrentou a oposição de Iván Villar, que negou o golo aos encarnados com uma grande intervenção. Na insistência, Kökcü, de fora da área, também testou os reflexos do guarda-redes do Celta de Vigo, que defendeu para canto.
Superior, o Benfica continuou a apresentar qualidade para ferir as redes do Celta de Vigo. Num livre cobrado em zona lateral, aos 80′, Di María “ofereceu” o golo a António Silva. O central, dono da braçadeira de capitão na etapa complementar, cabeceou, mas um desvio de Tapia tirou o esférico da direção da baliza.
Sempre com os olhos no ataque, aos 83′, surgiu mais uma oportunidade de golo. Livre marcado por Kökcü, e, de cabeça, Lucas Veríssimo levou a melhor sobre os defesas adversários e atirou à trave!
De seguida, o médio turco, reforço para a nova temporada, encarregou-se de cobrar um novo livre direto, aos 84′. O guarda-redes Blanco, que entrou para o lugar de Iván Villar, amarrou.
Contra a corrente de jogo, o Celta de Vigo ripostou. De fora da área, Miguel Baeza apareceu em zona frontal e rematou, aos 85′. Atento, Odysseas defendeu para canto. Boa intervenção!
O tempo começava a escassear para o ambicionado golo encarnado… A intensidade manteve-se e, aos 88′, após cruzamento de Jurásek, Tengstedt foi atingido por Gael Alonso na área do Celta de Vigo.
Alertado pelo VAR, após recurso às imagens, o árbitro Carlos Teixeira visionou o lance e assinalou pontapé de penálti.
Di María assumiu a responsabilidade. Da marca dos 11 metros, o campeão do mundo pela Argentina faturou e colocou o Benfica na frente (1-0, aos 90′).
Aos 90′+1′, na sequência da bola ao centro, um mau passe de Tapia espoletou o 2-0. Perspicaz e acutilante, Musa intercetou a bola, seguiu para a baliza e bateu Blanco!
O apito final chegou e o Benfica consumou a vitória que possibilitou a conquista do Troféu do Algarve. Terminado o torneio, Di María foi distinguido com o prémio de melhor jogador do Troféu.
Cumprida a missão, na preparação encarnada segue-se o Burnley, num particular agendado para terça-feira (20h30), no Estádio do Restelo.