Mais de duas centenas de olímpicos(as) portugueses vão participar no 20º Aniversário da Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal, uma festa organizada pela AAOP, com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos e não só.
O majestoso Terminal de Cruzeiros de Leixões será o palco, neste sábado, de uma homenagem a 137 mulheres olímpicas portuguesas, fixando o 8 de Julho de 2023 como uma data para os anais da história do desporto em Portugal, constituindo-se como um facto simbólico mas de enorme significado histórico para a Memória Olímpica, curiosamente um projeto a que Academia Olímpica de Portugal começou a dar corpo alguns anos atrás.
Terá, ainda, um selo marcante que dá pelo nome da mais alta e prestigiada figura da República Portuguesa, como é o caso do Presidente da República, Marcelo Recebo de Sousa, que se associou à AAOP para, com o Alto Patrocínio presidencial, aumentar a estima, no momento, dos que se preparam para os Jogos Olímpicos de Paris’2024.
Mas, também, com um valor inestimável, inédito até – na forma e no conceito – para as 137 mulheres que vão ser distinguidas neste encontro, como que magno, no movimento olímpico português, recordando as que, até agora, estiveram presentes nos Jogos, independentemente do resultado (desportivo, social, mental) que cada uma obteve e os efeitos que essa presença tiveram na vida pós-carreira.
Poder-se-á dizer que “com pouco se faz muito”, o que originou um maior desafio mental e uma força de querer fazer bem, num único momento, o que se enaltece, face a um certo alheamento que grassa na sociedade portuguesa, onde o poder económico se sobrepõe a tudo e a todos.
Atletas de todas as idades vão confraternizar e ficar a conhecer as atividades da AAOP no apoio que pretende dar a todos os olímpicos, numa altura em que os Jogos Olímpicos de 2024 se aproximam.
A AAOP pretende ainda prestar uma homenagem especial às mulheres olímpicas que têm sido verdadeiras inspirações para o mundo inteiro. Neste ano, celebramos não apenas a excelência atlética dessas mulheres incríveis, mas também a sua contribuição para a promoção da igualdade de género no desporto.
Com o foco em três eixos – Para os Atletas, Pelos Atletas, Para a Sociedade – neste 20º Aniversário da AAOP serão homenageadas, as “Bravas do Pelotão”. São 137 mulheres olímpicas portuguesas que levaram as cores nacionais ao mais alto patamar do desporto português, desde Helsínquia 52 a Tóquio 2020, com natural destaque para as diversas medalhadas, como as campeoníssimas Fernanda Ribeiro, Rosa Mota e Vanessa Fernandes, entre muitas outras.
“Para Matosinhos é uma honra receber um evento com estas características, ainda mais tendo como foco a igualdade no desporto. Matosinhos tem há dois anos um projeto – Igual Igual – pioneiro no país, que pretende exatamente transformar mentalidades no sentido da igualdade. Dirigimo-nos aos mais novos, mas também às famílias, às escolas e aos clubes, com uma campanha arrojada e criativa, para falar de igualdade de género e do papel da mulher no desporto”, segundo referiu Vasco Pinho, vereador do Desporto da Câmara Municipal de Matosinhos.
“Estamos muito reconhecidos e agradecidos ao Município de Matosinhos pelo apoio imediato que deu a esta nossa causa. As mulheres olímpicas são exemplos vivos de dedicação e resiliência. Elas romperam barreiras históricas, superaram obstáculos e destacaram-se num mundo que, por muito tempo, foi dominado por homens. Hoje, graças ao seu talento, paixão e determinação, as mulheres têm um papel fundamental nos Jogos Olímpicos e no desporto e sociedade em geral”, de acordo com as palavras proferidas por Luis Alves Monteiro, Presidente da AAOP.
AAOP
Além disso, a AAOP reconhece a importância de continuar a promover a igualdade de género no desporto. É essencial continuar a apoiar e incentivar as mulheres a participarem no desporto em todas as suas formas, desde a base até ao profissionalismo. Isso significa fornecer recursos adequados, oportunidades justas num ambiente seguro e inclusivo para que elas possam florescer e alcançar o seu potencial máximo.
À medida que se celebram as conquistas das mulheres olímpicas, é reafirmado o compromisso de trabalhar em conjunto com organizações desportivas, instituições governamentais e a sociedade como um todo, para garantir a igualdade de género no desporto. Juntos, podemos criar um futuro onde as mulheres tenham as mesmas oportunidades e o mesmo reconhecimento que os seus colegas masculinos.
Neste momento histórico do 20º Aniversário, a AAOP convidou todos a juntarem-se nesta homenagem às mulheres olímpicas. Vamos aplaudi-las pelas suas conquistas, valorizar a sua dedicação e inspirar outras mulheres a seguirem os seus sonhos no desporto. Juntos, podemos criar um mundo onde a igualdade de género seja uma realidade tanto nas competições desportivas quanto na sociedade como um todo.
A Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal (AAOP) é uma ONG fundada em 10 de maio de 2003 que promove a solidariedade e pretende estreitar os laços entre atletas olímpicos do nosso país, representando-os a nível nacional e internacional. Pretendemos ajudar e contribuir para alinharmos todos os intervenientes no fenómeno desportivo, no mesmo sentido e na mesma direção, para poder inspirar uma nação mais responsável, mais solidária e mais inclusiva.
“Nós, olímpicos, provámos no pódio e fora dele; nas metas que cortámos e naquelas que falhámos; nas tentativas conseguidas e frustradas para ir mais longe, para correr mais rápido e para saltar mais alto, e a educação aliada ao desporto é um motor de desenvolvimento cultural. A educação e o desporto tornam as sociedades mais saudáveis, mais equilibradas e mais aptas para o progresso e o ritmo vertiginoso a que vivemos, fomentam um conjunto de valores fundados no respeito, na superação, na resiliência, na excelência e na amizade, o que é a nossa missão, o nosso objetivo”, reforçou ainda Luís Alves Monteiro.
Uma excelente oportunidade ainda para aumentar o pecúlio de recolha de memórias das olímpicas portuguesas para se fazer história.
De uma História de Portugal que cada vez menos se conhece!
Honra aos vencedores e aos vencidos pelas lutas levadas a cabo. Honra também a quem quer fazer com que a História seja isso e apenas isso: História!
Portugal não pode ter História se se continuar a “apagar” o passado!
