Sábado 25 de Novembro de 5505

“Temos apoio espetacular dos adeptos”, referiu Roberto Martinez na véspera do jogo com a Bósnia

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FPF/Diogo Pinto

O seleccionador nacional e Bruno Fernandes, depois do último treino de apronto, esta sexta-feira, fizeram a antevisão do encontro com a Bósnia e Herzegovina, onde se ficou a saber que Gonçalo Ramos foi dispensado dos trabalhos, na sequência de lesão muscular detetada na coxa direita, não jogando também contra a Islândia (2ª feira).

Para Roberto Martinez, “acho que a Bósnia é uma equipa muito competitiva e um exemplo como equipa nacional. O mister é um treinador com clareza tática e que utiliza os jogadores de forma muito clara. Uma mistura de jogadores novos, com experiência. É uma seleção forte. Tive oportunidade de trabalhar com jogadores bósnios e sei que eles gostam muito de jogar pela seleção. É uma seleção com uma intensidade e forma de competir fortes e é uma oportunidade para testarmos o nosso nível”.

Prosseguindo, salientou que “a posição de guarda-redes é especial. É diferente das outras. Preciso de dizer que gostei muito da atitude dos três guarda-redes e do trabalho de José Sá. Todos vimos boas exibições de Rui Patrício. É um jogador chave no balneário, com experiência e atitude de alto nível. No estágio de março foi perfeito, mas precisamos de ter clareza nesta questão e o número 1 agora é o Diogo Costa. Patrício é o número 2 e o José Sá o número 3″.

Adiantou ainda que “não, falei da situação com João Mário. É uma decisão pessoal, que respeito. Teve carreira pela seleção e temos de ver isso. Agora temos 26 jogadores. Todos querem jogar e ser importantes na Seleção e isso é muito importante para mim. Vejo energia e orgulho especial por jogar na Seleção Nacional. Não acho que é um problema para o futuro, é uma situação natural. Temos de ter jogadores constantemente novos, com energia e jogadores que podem fazer diferentes funções.

Sobre a visão da preparação da equipa, referiu que “a nossa visão é o trabalho no treino. Trabalhamos muito bem no treino, temos uma ideia muito clara para jogar e precisamos dos jogadores para isso. Temos dois jogos em 72 horas, é importante para a planificação, mas é algo do estágio que não se deve olhar antes do estágio. Tenho mais um treino e não sei quem vai jogar. É difícil para mim dar uma resposta que não tenho. Temos de ter todos os jogadores preparados. Amanhã (hoje) posso dar a resposta exata sobre quem joga”.

Aludiu também que “a minha responsabilidade é fazer do talento individual uma equipa equilibrada e compensada. Bernardo Silva e Bruno Fernandes são muito inteligentes para controlar espaço e tempo, mas precisamos de jogadores como Félix e Leão com capacidade no um contra um e dar à equipa formas de atacar diferentes. Agora preciso de me adaptar às qualidades individuais dos jogadores e eles adaptarem-se à ideia da equipa, porque precisamos de uma equipa equilibrada”.

Especificou que “acho que vimos o Portugal que eu gosto na 2ª parte com o Liechtenstein e com o Luxemburgo. Tivemos o ponto de partida em março, mas precisamos de crescer. Os jogadores surpreenderam-me ao jogar um futebol que precisa de mais tempo. Estou muito contente e agora precisamos de fazer o mesmo contra a Bósnia.”

Salientou também que “é normal os criativos soltarem-se no meio-campo. Uma situação de ter uma equipa equilibrada. Precisamos de jogadores excecionais nas suas funções. Jogadores que durante o jogo saibam defender com a bola. Precisamos de jogadores rápidos para defender rápido, porque temos muitos jogadores de ataque. A minha dificuldade é olhar para ter equilíbrio, mas temos qualidade individual para ter futebol de ataque. Portugal precisa de ser uma equipa para marcar golos e também ser muito rápida para defender alto e evitar que o adversário tenha tempo para ter a bola”.

Salientou que “a Bósnia é muito competitiva. Joga com muita intensidade em casa. Vai jogar como se estivesse em casa. Tem uma estrutura muito equilibrada. Em março jogou contra a Islândia com um ataque muito forte (3-0) e com a Eslováquia (0-2) foi um jogo difícil. Tiveram duas ou três situações muito difíceis na 1ª parte e na 2ª foram flexíveis taticamente e têm boa experiência. Perderam dois jogadores importantes, mas têm Pjanic como referência e Kolosinac para jogar numa linha de cinco”.

Tendo concluído que “é certo que temos jogadores fantásticos e uma história ganhadora e temos um apoio espetacular dos adeptos. A minha responsabilidade agora é focar para nos qualificarmos para o europeu. Vamos crescer passo a passo. O estádio vai estar cheio amanhã, vai estar em setembro e em outubro.”

Bruno Fernandes, por seu lado, referiu que “sinto-me como me apresentei durante a época, com a mesma energia e vontade. Os minutos e o cansaço vão-se acumulando, mas estou preparado para dar o meu melhor e ajudar a seleção. É uma honra e um prazer poder representar Portugal, o cansaço vai ter de esperar mais dois jogos. Espero eu que assim o mister o decida”

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FPF/Diogo Pinto

Salientou que “é uma seleção com muita qualidade, os jogadores do meio-campo para a frente – principalmente – são muito fortes. A Bósnia vai causar problemas diferentes. É uma seleção diferente, mas com o mesmo objetivo de ganhar, ser profissionais e fazer o que temos feito pelo coletivo para ter o resultado positivo dos últimos dois jogos.”

Reforçando, adiantou que “é uma posição diferente, jogar com três médios, mas acaba por ser igual, porque temos jogadores muito inteligentes no meio-campo, mesmo os que jogam à frente. Temos uma rotação muito grande. No último estágio joguei com o Bernardo à minha frente e havia muita rotação entre nós os dois, porque ambos podemos fazer as duas posições. Também dificulta o adversário e as marcações deles. Independentemente disso são as dinâmicas que a equipa tem e o que o mister nos pediu para estes dois jogos. Não me sinto preso, sinto que jogo mais baixo no campo em certos momentos, mas acaba por ser a mesma zona do terreno”.

Adiantou que “em primeiro lugar, quero dizer que me sinto um privilegiado por exercer a profissão que tenho. Foi o nosso sonho desde criança. É uma profissão, mas, ao mesmo tempo, não sentimos que seja. Esta pausa entre o fim de campeonato e os jogos não é o melhor para nós. São muitos jogos, meteu-se o Mundial pelo meio. Os jogadores precisam de descansar. Estive a ler o estudo que fizeram na FIFPro, se não me engano, sobre o descanso dos jogadores. Devia ter 28 dias de descanso agora quando acabar e devia ter tido 11 ou 14 dias em dezembro. Sinto-me feliz por ser usado tantas vezes, porque vai chegar uma altura da carreira em que não deverei ser utilizado tantas vezes. Espero que não, mas, se assim acontecer, tenho de aproveitar as oportunidades que os treinadores me dão agora.”

Mais logo, neste sábado, será verificada a pertinácia em conformidade da composição da equipa e da consequente actuação de cada jogador em campo.

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