Com o FC Porto e o Sporting a vencerem os jogos correspondentes ao encerramento, este domingo, da ronda 30ª da Liga Bwin, a classificação para os lugares europeus (e título nacional) não sofreu alteração, adiando as dúvidas para a jornada do próximo fim-de-semana.
Na capital do Norte, os portistas receberem e triunfaram (1-0) ante o “vizinho” trabalhador Boavista, novamente com a equipa de Sérgio Conceição a vencer através de uma grande penalidade, considerando que Ricardo Mangas derrubou André Franco na grande área, depois de uma jogada iniciada com a marcação de um livre, em que os dois jogadores estiverem em despique e Mangas tocou na perna de Franco.
Chamado à marcação, Taremi voltou a não falhar (somando o 16º golo e, aumentando o pecúlio portista neste capítulo das grandes penalidades a seu favor), confirmando o golo (59’) que veio a ser o único do desafio e os consequentes três pontos, para se manter a apenas quatro do líder Benfica.
Ainda assim, somando 61/39% na posse de bola e o maior número de remates (10-7), foi o Boavista que rematou mais para a baliza (2-1), num “resultado” paupérrimo para o que devia ser um jogo de primeira categoria.
De negativo também foi a expulsão (vermelho directo) de Marcano ao agarrar (66’) o atacante boavisteiro que se isolou frente ao guardião portista, que não deu em grande penalidade por mero acaso, porquanto ficou a centímetros da linha da grande área. Foi a única forma de evitar o que podia ter sido o golo do empate e as consequências que se podiam ter seguido.
Em Lisboa, com o Estádio José de Alvalade bem composto (29.443 espectadores), o Sporting – talvez por não ter jogado no sentido norte-sul (como tem sido hábito) – não atinou com o jogo, pelo menos na primeira parte, entrando algo lento e com pouca vontade de tentar chegar ao triunfo o mais cedo possível, para evitar “tremores”, como se tem vindo a verificar.
Ainda que tenha tido, globalmente, o jogo sob controlo (13-10 remates, dos quais 6-3 para a baliza e com 59/41% de posse de bola), a verdade é que os leões não estiveram à vontade, se bem que tivessem chegado primeiro à vantagem, com o golo alcançado por Morita (18’), depois de uma jogada envolvente de Ricardo Esgaio ao endossar a Edwards que atrasou para a linha de remate, onde surgiu Morita a atirar, forte, rasteiro, para dentro da baliza, num momento de confusão de “pernas”, em que o ficou pior no boneco foi o guardião Luiz Júnior, que não viu a bola passar a seu lado.
Pensando-se que os famalicenses podiam “desfalecer” com o golo sofrido, foi Adán que, minutos depois (30’), se esticou de tal forma que conseguiu desviar a bola da linha de baliza, depois de um remate de Colombatto, que aproveitou uma escorregadela de Diomande para criar perigo na área, que o espanhol safou a tempo para canto.
Foi ainda o Famalicão que continuou a pressionar os leões, com a formação de Ruben Amorim a tentar responder, mas não houve o discernimento necessário para aumentar a vantagem, que se verificou (40’) quando Pedro Gonçalves, na marcação de um livre quase frontal à baliza adversária, em vez de tentar o golo decidiu lançar a bola para Nuno Santos, ao segundo poste, que não resultou.
Em cima dos 45’, na sequência de uma jogada em que interveio Pedro Gonçalves, a bola acabou por ser agarrada pelo guardião Luiz Junior, considerando que o atacante sportinguista desistiu de correr atrás da bola, quando podia ter tentado chegar ao 2-0, face às boas condições para o efeito.
No segundo tempo, Rubem Amorim teve a ousadia de fazer substituições mais cedo (55’) do que tem sido habitual (entraram Matheus Reis e Chermiti para os lugares de Diomande e Pedro Gonçalves), que deram uma nova dinâmica à equipa leonina, quiçá pelo facto de Diomande (52’) ter cometido mais um erro, que levou Sanca a isolar-se, mas rematar por cima da barra.
Nuno Santos – que continua a manter-se muito activo mas também pegado à bola – isolou-se pela esquerda, rematou forte mas a bola foi desviada pelo guardião Luiz Júnior antes de chegar a Morita, que estava preparado para chutar à baliza. Nuno que (58’) tentou de novo rematar para a baliza, mas a bola saiu ao lado, no seguimento de um pontapé de canto cobrado por Edwards.
Com a equipa a movimentar-se melhor, o Sporting chegou ao 2-0 (60’) depois de um ataque formalizado pela esquerda, com a bola a ser sacudida pelos defesas, aproveitando um erro de Youssouf, com a bola a seguir para o lado direito onde surgiu, isolado, Ricardo Esgaio para fazer o golo com a baliza toda aberta, no que foi o primeiro que o jogador fez desde que chegou ao Sporting.
Apesar de estar a perdes, o Famalicão também fez várias substituições, ganhando nova dinâmica, tendo Adán defendido um remate (65’) apontado por Jhonder, que levava selo de golo, com uma resposta (66’) imediata dos leões, com Trincão a cruzar para Chermiti, que não chegou a tempo de criar perigo.
Três minutos depois (69’), Sanca dominou a bola, fugiu a Matheus Reis, centrou para a baliza, rasteiro, Coates tentou desviar a bola mas acabou por a introduzir na baliza de um Adán estupefacto, que acabou de ser traído pelo capitão de equipa, passando a vantagem sportinguista para apenas um golo.
E o 2-2 podia ter surgido (77’), quando Jhonder disparou a bola para a baliza de Adán, obrigando o guardião leonino a uma defesa de gabarito para evitar o golo.
Neste domingo ainda, o Estoril recebeu e venceu o Santa Clara (3-0), numa partida em que os açorianos ficaram mais últimos e os da linha ganharam vantagem para evitar o play off.
Alejandro Marqués (17’), Carlos Eduardo (34’) e Rodrigo Martins (89’) marcaram os golos, num jogo em que o Santa Clara rematou mais (11-8), dos quais 3-5 para a baliza, com uma posse de bola visitante de 61/39%.
Posto isto, nova semana, nova jornada, novos desafios ao stresse, à ansiedade, no que concerne à 31ª jornada, que se inicia na sexta-feira, prossegue no sábado (Benfica-Braga), no domingo (Paços Ferreira-Sporting) e finda na segunda-feira (Arouca-FC Porto).
Na classificação, o Benfica continua a mandar, somando agora 77 pontos, seguido do FC Porto (73), Sporting Braga (71), Sporting (64), Arouca (48), Guimarães (44), Famalicão (42), Chaves (40), Vizela e Casa Pia (39), Rio Ave (38), Boavista (37), Portimonense (33), Gil Vicente (31), Estoril (28), Marítimo (22), Paços Ferreira (20) e Santa Clara (16).
Nos marcadores, Gonçalo Ramos e João Mário (Benfica) mantêm-se na liderança, com 17 golos, seguidos de Taremi (FC Porto), 16; Pedro Gonçalves (Sporting), 15; Fran Navarro (Gil Vicente), 13; Yusupha (Boavista) e Ricardo Horta (Braga), 12; Simon Banza e Iuri Medeiros (Braga), 10.