Com os resultados verificados neste dia 15 de Janeiro, o Benfica apenas ficou com uma vantagem de quatro pontos sobre o Braga e cinco a mais que o FC Porto, enquanto o Sporting se mantém a 12 dos benfiquistas, tendo perdido uma grande oportunidade de reduzir a desvantagem.
Na Luz, na noite do derby mais importante da competição, com o Estádio da Luz engalanado com a presença de 62.295 espectadores, numa panorâmica visual de “encher o olho” – pela nova iluminação e quadros electrónicos gigantes (como que num reino das Arábias se tratasse) – o Benfica entrou a toda a velocidade e obrigou Coates a ser o “boneco” de serviço nos primeiros minutos, porquanto conseguiu cortar jogadas perigosas na sua área de baliza, rechaçando a bola a tempo e horas e aliviando a defesa sportinguista, como que admirada pela “ousadia” dos donos da casa.
O Sporting contrapôs com um ousado Coates, a querer fazer de médio de ataque mas sem jeito para tal, com Nuno Santos (4’) a surgir isolado no meio campo benfiquista e, quando podia seguir isolado até à grande área benfiquista, decidiu parar e voltar para trás, porque não tinha jogadores do Sporting que o tivessem seguido, para criar perigo.
Mais dois minutos (6’) e Otamendi travou Pedro Gonçalves em falta, dando origem a um livre directo que Porro marcou para a baliza mas Odysseias defendeu e passou o perigo.
Com boa velocidade, com jogadas bem urdidas e com piúcas interrupções, o jogo foi correndo de forma excelente, primeiro com um Sporting mais acutilante e dominador nos passes da bola, ainda que não avançando no terreno de uma forma mais “agressiva”, não dando origem a possíveis golos.
O Benfica, que acabou por ter a primazia de comandar os três principais focos da estatística, foi conseguindo manter-se a atacar e (20’) João Mário rematou forte mas Adán estava atento e defendeu, o mesmo sucedendo na jogada imediata em que Adán voltou a defender.
Num rápido contra-ataque (27’), o Sporting acabou por ser mais feliz e conseguiu colocar-se na dianteira do marcador, ao aproveitar um deslize da defesa, chegando a bola ao lado direito do ataque do Sporting onde Porro endossou a Edwards e este rematou, lateralmente, a bola para a pequena área, onde Bah, acossado por Trincão, acabou por introduzir a bola na própria baliza.
O Benfica sentiu o “toque” mas não perdeu o norte, porquanto chegou ao empate (37’), aproveitando uma série de erros da defesa leonina, que levou Rafa a endossar a bola para Gonçalo Ramos, que se antecipou a Adán e rematou para o empate. Adán ficou-se entre os postes e sofreu um golo que poderia ter evitado.
No minuto seguinte, numa bola lançada para o meio campo benfiquista, António Silva fez um mau atraso para Odysseias e Trincão ficou com a bola, só, avançando lentamente, permitindo que o central benfiquista recuperasse a bola. Uma oportunidade única para o Sporting se colocar outra vez na dianteira do marcador, mas o avançado leonino não teve arte nem manha para poder avançar.
O Benfica voltou a criar perigo, como o Sporting (45’, com Edwards a marcar um livre com a bola em arco mas Odysseias estava atento e defendeu.
O segundo tempo começou com uma avançada do Sporting, surgindo Paulinho caído dentro da grande área benfiquista, em luta com António Silva, não tendo Artur Soares Dias, o árbitro do encontro, assinalado qualquer falta.
Alertado pelo VAR, foi ver as imagens no ecrã e decidiu assinalar grande penalidade, que Pedro Gonçalves (53’) transformou no segundo golo leonino, depois de um remate forte, para o poste do lado direito de Odysseias, que não conseguiu lá chegar.
O Benfica voltou a cerrar os dentes e recomeçou o trabalho para alterar a desvantagem em vantagem, tendo conseguido empatar depois de Gonçalo Ramos obter (64’)o segundo golo do desafio, num bis que salvou o Benfica da derrota e manteve a vantagem de 12 pontos sobre os leões.
No Sporting registe-se ainda a estreia de mais um jovem (18 anos) – Chermiti (78’), que foi amarelado aos 88’ – que deixou boas impressões, com o jogo a durar até ao minuto 97, sem que o 2-2 se alterasse.
Na estatística, o Benfica rematou mais 14-8 (dos quais 8-3 para a baliza) numa posse de bola de 58/42%.
Com o triunfo (4-1) do FC Porto frente ao Famalicão, os portistas reduziram a desvantagem para cinco pontos, sendo que o Braga ficou agora a quatro pontos dos encarnados, que continuam no comando da Liga Bwin.
No Dragão, Galeno (10 e 21’), Otávio (42’) e Taremi (48’) marcaram para o Porto, enquanto Rui Fonte (52’) obteve o ponto de honra dos famalicenses, num partida em que o resultado diz tudo, com 17-10 remates para os portistas, dos quais 9-2 para a baliza, numa posse de bola de 54/46%, confirmando a supremacia da equipa de Sérgio Conceição.
No outro encontro realizado este domingo, o Chaves recebeu e empatou (1-1) com o Arouca, com Steven Vitória (17’, de grande penalidade) a marcar para os donos da casa e João Basso (79’, também de grande penalidade) a obterem os golos do desafio.
Opoku (Arouca) foi expulso (90+3’).
Para fechar esta 16ª etapa, jogam nesta segunda-feira Estoril-Casa Pia (19h) e Gil Vicente-Guimarães (21h15), em mais um derby minhoto.