Com a primeira derrota sofrida nesta sexta-feira, a fechar a 14ª ronda da Liga Bwin, ante o Sporting de Braga, o Benfica deixou de estar invencível, enquanto, no último lugar da classificação, o Paços de Ferreira ainda não conseguiu vencer qualquer jogo.
No recinto dos bracarenses, a equipa de Roger Schmidt como que foi uma sombra do que tem sido até aqui, acabando por ser goleado por um expressivo 3-0, afinal o que o Sporting de Braga queria, depois de se ler que Artur Jorge (o técnico) afirmou que “não há equipas imbatíveis”.
E a confirmação acabou por começar cedo, quando Abel Ruiz – aproveitando (2’) uma bola provinda da cabeça de Bah, no seguimento de um livre cobrado por Sequeira – dominou a bola e rematou forte, ante um “monte” de pernas que taparam a visão de Odysseas, que ainda tocou no esférico, mas não o conseguiu suster.
Tentando “remediar” esta falha defensiva, o Benfica foi tentando avançar, tendo conseguido uma posse de bola global de 64/36%, mas “esqueceu-se” que, para surtir efeito, teria de rematar mais, o que não fez (15-10 para o Braga, dos quais 6-3 para a baliza), como se sentiu à passagem da meia hora de jogo, quando os bracarenses chegaram ao 2-0.
Ricardo Horta iniciou a jogada, endossou a bola a Abel Ruiz, que a devolveu de imediato, ganhou espaço – ante outra “paragem técnica” da defesa benfiquista – e rematou (32’) forte para voltar a bater um Odysseas perfeitamente atónito com a “ligeireza” da jogada.
Com dois golos de atraso, o Benfica continuou a procurar ganhar a liderança do jogo, que conseguiu, ainda que o grande mal tivesse sido o de não rematar ou fazê-lo de forma defeituosa que, mesmo com as substituições feitas, nada se transformou.
Pelo que não foi de admirar que, galvanizados ante os seus adeptos, os bracarenses voltassem a marcar, quando (70’), o “endiabrado” Ricardo Horta acorreu para o bis, proporcionado por um passe longo do guardião Matheus para o meio-campo benfiquista, onde Bah foi batido por Iuri Medeiros, que endossou a Ricardo Horta para fuzilar Odysseas e chegar a um 3-0 de alguma forma inesperado, mas perfeitamente justificado ante a inércia defensiva dos encarnados.
Perante este resultado, o Benfica perdeu três pontos para os cinco primeiros classificados, com o FC Porto a ficar a 5, o Braga a 6, o Sporting a 9 e o Casa Pia a11 pontos.
Noutra partida importante, o Vizela “esmagou” o Guimarães por outro expressivo 3-0, com golos de Fábio Silva (43’) de grande penalidade e, aos 47’, com Osmajic a fechar a conta aos 90+4’.
Os vimaranenses tomaram conta do jogo, como se comprova pelos 63/37% de posse de bola, aliado aos 16-9 remates, dos quais 3-4 para a baliza, sendo que o aproveitamento dos vizelenses fosse de cem por cento.
No Chaves-Famalicão, os visitantes só pensaram em marcar (6-3 remates para o efeito), com uma posse de bola equilibrada de 51/49%, depois de 19-15 em remates.
Cadiz (18’) e Pajuelo (53’) marcaram os dois golos para os famalicenses.
Sendo que o Estoril-Boavista foi adiado, o Benfica continua a liderar com alguma folga (cinco ponto), somando 37, à frente do FC Porto (32) e Braga (31), seguindo-se o Sporting (28), Casa Pia (26), Guimarães (23), Rio Ave, Portimonense, Chaves e Arouca (19), Vizela (18), Boavista (17), Estoril (16), Famalicão (14), Santa Clara (13), Gil Vicente (12), Marítimo (7) e Paços de Ferreira (2), este último que ainda não conseguiu qualquer vitória.
Nos marcadores, Gonçalo Ramos (Benfica) e Taremi (FC Porto) somam 9 golos, seguidos de Fran Navarro (Gil Vicente), com 8; Pedro Gonçalves (Sporting), com 7; e Evanilson (FC Porto), João Mário (Benfica), Rafa (Benfica), Aziz (Rio Ave) e Ricardo Horta (Braga), todos com 6 golos.
A jornada 15ª inicia-se na quinta-feira, com o Santa Clara-Braga (20h15), seguindo-se o Benfica-Portimonense (19h) e o Famalicão-Vizela (21h15) na sexta-feira.