Com o ponto de ruptura total a surgir cada vez mais rápido depois que a entrevista de Cristiano Ronaldo (divulgada por Piers Morgan) foi conhecida publicamente, a saída do melhor jogador português de sempre estava por um fio.
O que se verificou nesta terça-feira, quando o Manchester United e o jogador deram conhecimento público de que o “casamento” tinha acabado, desta vez não de forma inesperada, mas “provocada”, considerando que não havia ambiente para se manter uma ligação que há muito estava “presa por arames”, que deram de si.
Haverá, por certo, muitas situações que originaram este “folhetim”, não só da presente época, mas também da anterior e que, como facilmente se deduz, nunca se saberá o que, na realidade, fez o assunto chegar ao ponto de sem retorno.
A primeira que surgiu nos escaparates, foi o facto do novo técnico não ter conseguido simpatizar, de forma global, com Ronaldo, considerando que jogador não se apresentou no início dos trabalhos da presente época, ao que parece sem justificar o porquê.
A questão do falecimento de um filho na altura do parto, poderá ter sido o motivo dessa ausência, ainda que não tivesse havido diálogo com os dirigentes do clube, pelo menos fazendo fé no que veio a público na devida altura.
Depois do reatamento dos treinos e do consequente início do campeonato inglês, Ronaldo não conseguiu chamar a atenção do técnico, que adoptou um critério de (não) relacionamento, levando a que várias vezes tivesse ficado no banco e não entrou em campo, situação que beliscou a parte psicológica do jogador, de si abatido pela questão familiar.
Fosse pelo que fosse, era nítido que o ambiente era de crispação interdisciplinar no âmbito do Manchester United, que também não sabia o que fazer, porquanto o valor envolvido na transferência foi astronómico.
Por mais isto ou aquilo, o encerramento do processo foi dado a conhecer na tarde desta terça-feira, quando o Manchester fez publicar um curto comunicado em que referiu que “Cristiano Ronaldo deixa o Manchester United por mútuo acordo com efeito imediato. O clube agradece-lhe o imenso contributo durante as duas passagens por Old Trafford”.
Em simultâneo, Ronaldo teve idêntico procedimento e salientou que “após negociações com o Manchester United, concordamos mutuamente em encerrar o nosso contrato. Eu amo o Manchester United e amo os adeptos, isso nunca vai mudar. Parece o momento certo para procurar um novo desafio. Desejo tudo de bom ao Manchester United”.
Posto isto e a forma como se desfez a “união de facto”, o assunto passou para as calendas da memória do mais brilhante jogador português de sempre.
Resta, agora, ver como responderá a este desfecho quando for chamado a representar as cores de Portugal no Mundial de Futebol no Catar, que se encontra em curso.