Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Segunda edição do Thinking Football Summit terá lugar de 7 e 9 de Setembro de 2023 e os bilhetes estão à venda

Liga-ThingFootball-21-11-2022Após o sucesso da primeira edição do Thinking Football Summit, segundo a Liga Portugal, o maior evento de Futebol alguma vez realizado em Portugal não ficará por aqui e foi marcada a segunda edição para de 7 e 9 de Setembro de 2023.

Depois de três dias repletos de debates, troca de conhecimentos, networking, ativações e muito entretenimento, a Grande Feira do Futebol Profissional confirmou o regresso, com direito a uma surpresa para quem quiser assegurar o seu lugar na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota. Até ao dia 27 de novembro corrente, os interessados terão 50% de desconto na compra do respectivo ingresso.

No último dia da primeira edição, o Arena Stage recebeu o painel “Futebol de Formação como Modelo de Sustentabilidade dos Clubes”, que contou com a presença de Pedro Mil-Homens, Diretor Geral do Benfica Campus, Cláudio Couto, CEO do Braga e ainda João Henriques e Luís Gonçalves, treinadores de Marítimo e Interclube respetivamente.

Pedro Mil-Homens, homem-forte da formação encarnada, deu o pontapé de saída no painel com, na sua opinião, aquilo que faz dos jovens jogadores portugueses uma referência, salientando que “na minha ótica, o ingrediente fundamental do sucesso é a qualidade do talento português”.

O dirigente encarnado deixou ainda o desejo para o futuro do futebol de formação, referindo que “nós precisamos de um futebol jovem mais saudável. É preciso mais formação e menos estratégia. Não precisamos dos Guardiolas dos Sub-7”.

Cláudio Couto concordou com Pedro Mil-Homens no que toca ao talento português, afirmando que “Portugal tem bastante talento, respira futebol e os miúdos seguem os imensos exemplos de sucesso que foram surgindo ao longo dos anos”.

Quando questionado sobre se esta aposta no talento jovem é o caminho certo, o CEO do Braga não teve dúvidas: “do ponto de vista racional, os clubes em Portugal não têm outra saída, que não seja apostar na formação, pelo menos actualmente. Não há capacidade na aquisição e depois há a pressão constante para equilibrar os resultados operacionais.  Eu julgo que os clubes devem continuar a apostar naquilo que tão bom tem, que é o talento e os técnicos habilitados para potenciar esse talento”.

O timoneiro do Marítimo, João Henriques, partilhou a visão relativa ao tema do painel, introduzindo na discussão a perspetiva enquanto treinador, referindo que “muitas vezes, o resultado está sempre acima de qualquer tipo de projeto. Tudo o que demora mais tempo a construir também será mais duradouro, se for bem feito”.

“Mais estabilidade para os treinadores trabalharem”, foi o desejo de João Henriques em relação ao futuro do da formação e do Futebol em Portugal.

Luís Gonçalves, actualmente a treinar em Angola e com experiência acumulada em países africanos de língua portuguesa, destacou a necessidade de reforçar a ligação entre os clubes portugueses e esses países, realçando que “há muito talento em África, mas as infraestruturas não são as mesmas e a organização também não. Os clubes portugueses deveriam apostar na ligação histórica que existe de uma forma muito vincada. Seria vantajoso fazer essa aproximação, pois talento existe em todo o mundo, mas é preciso descobri-lo”.

Rui Costa, presidente do Benfica, em entrevista à Liga TV, referiu que “acredito plenamente, mais que merecido, num ano em que o Benfica ganha a UEFA Youth League e a Intercontinental. Um excelente trabalho duma equipa, duma geração maravilhosa e um grupo de trabalho enorme, que desenvolveu estes miúdos para chegarmos a este patamar. Teve um sabor muito especial a conquista da UEFA Youth League por si mesmo. E, por outro lado, ao fim de perdermos três finais, termos conquistado esta prova e termos conquistado novamente, ao fim de tantos anos, uma prova europeia de futebol, é um motivo de orgulho imenso”.

Sobre o futuro do Seixal, Rui Costa salientou que “vai ser a continuidade daquilo que tem sido feito, melhorando aquilo que entendemos que ainda pode ser melhorado, aumentando cada vez mais o rigor e a forma de trabalhar dos nossos miúdos, sendo que temos uma preocupação enorme do ponto de vista social. Não formamos só jogadores, queremos formar homens. Esse será sempre um dos cuidados que nós iremos ter, pela responsabilidade que nós também temos em ter toda esta juventude dentro do Benfica Campus. Nunca substituiremos os pais dos nossos jogadores, mas enquanto estão dentro do centro de estágio, a responsabilidade do crescimento deles quer futebolístico, quer pessoal, quer humano, quer pessoal e quer profissional, será sempre a nosso cargo”.

roger schmit slb 24 maio 2022

DR

Em 30 de Junho de 1991, na final do Mundial de Sub-20, surgiu o primeiro grande título de Rui Costa, porquanto o jogo foi efectuado no Estádio da Luz, pelo que a ligação ao clube já vem de longe.

“A minha ligação ao Benfica não dependeu daquele mundial, eu cheguei ao clube com oito anos, não depende tanto desse jogo, mas é mais um marco que eu tive no Estádio da Luz. A felicidade de jogar naquele Estádio repleto quando estava emprestado ao Fafe, jogar para 130 mil pessoas, representar a seleção nacional no Estádio da Luz e acabar a ganhar o Mundial de Sub-20, algo que representa para todos nós daquela geração um marco importantíssimo. Foi o meu primeiro título importante. Tive a felicidade de ganhar a Liga dos Campeões, mas aquele continua a ser o troféu pelo qual tenho mais carinho”.

Rui Costa debruçou-se também sobre a internacionalização da marca Benfica, tendo referido que “é uma aposta que tem de ser cada vez maior. É onde também podemos crescer, em termos internacionais, sendo que, uma vez mais, somos prejudicados por não estarmos nas Big-5, porque o protagonismo mundial do futebol acaba por assentar mais nessas ligas que na portuguesa. E é nesse capítulo que temos mais dificuldade de afirmação do que as outras equipas. Usamos o nosso nome, que felizmente é histórico, a nível mundial, por tudo aquilo que o Benfica foi fazendo durante toda a sua vida, em termos internacionais. Hoje temos esta componente do Benfica Campus, que tem sido uma fonte para o Futebol Mundial, com um número enorme de grandes talentos, que consideramos a nossa fábrica do jogador de futebol, que consideramos ser mais um meio de mostrarmos ao mundo do trabalho e da dimensão deste clube, que orgulhosamente o digo: é gigante”.

Quanto ao se é um presidente feliz, referiu que “sou o Presidente do meu clube do coração. Tive uma eleição que foi histórica no clube. Não posso ter outro sentimento que não seja ser um homem extremamente orgulhoso, pela minha família benfiquista me ter escolhido para este cargo. Não há aqui tanto a felicidade ou a infelicidade, há o trabalho contínuo, o trabalho diário, uma paixão imensa e um orgulho imenso de ser presidente do Benfica”.

Noutro tema do encontro, Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, apresentou um painel, que decorreu no TSF Stage. Não podendo estar presente por motivos pessoais, o actual campeão em título do “Brasileirão” entrou por videoconferência e falou sobre ‘Pilares de Trabalho, Gestão & Liderança’, a base que sustenta todo o trabalho que vem desempenhando ao longo da sua carreira de treinador.

Entre outros temas, Abel Ferreira falou do seu “Código de Honra”, da equipa técnica que o acompanha, das 55 pessoas dedicadas à equipa profissional do Palmeiras, da liderança e forma de delegar, dos diferentes departamentos envolvidos no processo diário da equipa, sem nunca esquecer da emoção e razão. Todos estes temas assentes em três conceitos fundamentais, respeito, humildade e amor pelo Futebol.

Abel Ferreira deixou a melhor parte para o final, anunciando o lançamento do seu livro “Cabeça Fria Coração Quente”, há um ano lançado no Brasil, vai chegar a Portugal, em Dezembro. Um livro em que fez questão de referir que todas as receitas serão revertidas para o IPO do Porto.

 

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