Pelas brilhantes actuações desportivas tidas ao longo do ano de 2022, Auriol Dongmo (lançamento do peso) e Pedro Pichardo (triplo salto) receberam o Diploma e Troféu de Excelência Desportiva, atribuído pelo Comité Olímpico de Portugal.Distinções que foram entregues no decorrer da Celebração Olímpica, anualmente comemorada neste mês de Novembro, em que são celebrizados os melhores desportistas portugueses, com base no regulamento específico, que envolvem as categorias de Prémios: Educação Olímpica, Ética Desportiva, Juventude, Mérito Desportivo, Prestígio, Excelência Desportiva e Ordem Olímpica Nacional.
Entre momentos de animação e de entrega de prémios, os discursos oficiais também estava na “ordem de trabalhos”, tendo sido dada a primazia à mais jovem, Diana Gomes, presidente da Comissão de Atletas Olímpicos, que, no momento de assinalar o sucesso, deixou um alerta: “Tal como uma construção precisa de alicerces bem assentes, de sólidas vigas, de boas paredes e teto que a isole e proteja de adversidades atmosféricas, qualquer atleta carece de toda a segurança, garantia de sustentação, proteção e apoio em todas as fases da sua carreira.”
O presidente do COP, José Manuel Constantino, salientou que “apesar do significado da Celebração Olímpica e da consagração dos premiados, o tempo não para. Nem nos deixa margem para grandes divagações. Caminhamos rapidamente rumo aos Jogos Olímpicos de Paris 2024, com a responsabilidade de, neste ciclo olímpico mais curto, sustentar o sucesso dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. E neste ciclo curto teremos já, daqui a uns meses, os Jogos Europeus na Polónia com muitos apuramentos para Paris 2024 em disputa”.
Constantino recordou e realçou ainda os resultados alcançados nos últimos Jogos Olímpicos (Tóquio’2021), onde Portugal alcançou o maior número (quatro) de medalhas conquistadas ao longo da presença no maior evento desportivo do Planeta Terra e que o “apoio prestado pelo Governo para este novo ciclo aumentou significativamente – o que o COP agradece – mas em que Portugal continua longe dos países com características semelhantes, o que torna difícil evoluirmos na escala”, advogando que são necessárias mais medidas para que Portugal saia da cauda da Europa.
José Manuel Constantino enquadrou, ainda, as dificuldades por que o desporto e a atividade física passam em Portugal, mas deixou uma palavra de “esperança, em primeiro lugar nos nossos atletas, nos nossos treinadores e demais técnicos, mas também nos nossos árbitros e juízes, nos nossos dirigentes, nos nossos clubes e nas nossas federações. Esperança de que as autoridades públicas ajudem o desporto a crescer e a desenvolver-se. Esperança de que, juntos, saberemos servir Portugal!”.
O secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Correia, teve “palavras de enorme reconhecimento para os resultados alcançados pelos atletas portugueses, em 2022”, tendo sublinhado que o “Governo reconhece e valoriza a gestão do Programa de Preparação Olímpica” feita pelo COP, pois “os resultados falam por si.”
Perante este quadro, João Paulo Correia vincou que “o Governo fez um esforço para aumentar o apoio financeiro à preparação olímpica” e, a concluir, referiu “acreditar que a evolução do desporto português depende muito da aposta na igualdade de género”.
Os premiados deste ano constam da lista (aqui publicada) final dos distinguidos, que tiveram oportunidade de serem aplaudidos pela plateia – recheada das mais altas figuras do desporto nacional, nas suas diversas vertentes – e terem agradecido, cada um por si, o reconhecimento que foi atribuído.