Com dois golos em cada parte, atacando mais pela esquerda (16) do que pela direita (13) – tal como os nigerianos – Portugal acabou por golear uma Nigéria que também sabe jogar à bola e que, com mais alguma felicidade, poderá fazer “estragos” em qualquer lado.
No que foi, esta quinta-feira, o último jogo de preparação antes da participação lusa no Mundial’2022 (próxima quinta-feira), a formação lusa teve a felicidade de começar a marcar cedo (9’), quando Bruno Fernandes “afinou” a pontaria e abriu o marcador, dando o melhor seguimento ao esférico endossado por Diogo Dalot, acto que levou o muito público presente no Estádio José de Alvalade a aplaudir demoradamente.
Bruno que (35’) voltou a marcar, ao transformar uma grande penalidade no segundo golo luso, terminando a primeira parte com um justificado 2-0, mercê de posse de bola (59/41%) maior do que os nigerianos.
Na segunda parte, a formação africana dispôs de um penálti, mas Rui Patrício negou o 2-1 ao adversário ao defender o remate para o poste.
Com um maior caudal de bola (61-39%), a Nigéria foi gizando algumas jogadas que levaram algum perigo à defesa, pese embora Rui Patrício tenha estado sempre atento, como se provou na grande penalidade defendida.
Ainda assim, foi Portugal que elevou a contagem, primeiro (82’) com Gonçalo Ramos, assistido por Raphael Guerreiro, a fazer o 3-0 e, dois minutos depois, com João Mário a fechar o 4-0, no que foi o corolário de uma jogada com principio, meio e fim, com a bola a rolar entre vários jogadores até chegar ao remate final do atacante benfiquista.
Fernando Santos, seleccionador nacional, no final do jogo salientou que “Portugal fez um bom jogo, com coisas muito boas, bastante positivas. Mas também temos de melhorar algumas coisas. Nos aspetos defensivos, tivemos algum problema não na organização defensiva, mas em perdas de bola e na saída do contra-ataque adversário. Quando fizemos bem, controlámos o jogo de forma total. Noutras ocasiões, ficámos mais lentos na circulação e cometemos alguns erros. O adversário teve algumas oportunidades desnecessárias”.
Acrescentou que “no global, a equipa fez um bom jogo e com um público fantástico. Temos de ter os pés assentes no chão, para ir para o Qatar com ambição, para trazer uma alegria enorme para todos os portugueses. Cá fora, planeamos. Mas depois no campo é que se vê, porque os adversários também contam. Se conseguirmos estar ao nível de foco total como estamos agora, com grande alegria e vontade de querer fazer bem, e sem cometer erros”.