De surpresa em surpresa, assim vai a Liga Bwin 2022/2023, atendendo às derrotas, nos seus campos, de Braga e Casa Pia, enquanto o Boavista, também no seu reduto, não conseguiu mais do que um empate frente ao Marítimo, que conquistou o primeiro ponto ao fim de oito jogos de derrotas consecutivas.
Quiçá, o maior “trambolhão” foi dado pelos bracarenses que, ainda que se mantenham na terceira posição da classificação, descolou do F. C. Porto, perdendo o Casa Pia também a possibilidade de entrar para o seu lugar se, por acaso, vencesse o Vizela, tendo o Sporting pulado para o 5º lugar, de parceria com o Boavista, que lá estava desde a semana passada.
Por ordem cronológica deste domingo, o Boavista-Marítimo foi o primeiro jogo, que terminou com um 1-1, pese embora os da casa tenham dominado em toda a linha, depois de rematarem mais (16-10, dos quais 5-3 para a baliza) e terem 56/44% de posse de bola, o que deu alguma vantagem territorial, mas sem poder concluir a vantagem nos remates.
Perez (22’) abriu o activo para o Boavista, tendo André Vidigal (56’) igualado, resultado que foi mantido até ao apito final do árbitro do encontro.
No segundo encontro, uma das duas surpresas – pelo menos pelo resultado, porquanto ambas jogam para um mesmo campeonato (não descer) – foi Guzzo (67’) ter marcado o golo para os visitantes, na sequência de um passe de Osmajic para Nuno Moreira, que assistiu o marcador, que rematou de fora da grande área, num golo vistoso e importante, porque garantiu três pontos de alguma forma inesperados.
Os casapianos dominaram em tudo (12-8 em remates, dos quais 5-5 para a baliza), com 60/40% de posse de bola, que não foi suficiente para conquistarem o caminho para os golos que seriam necessários para vencer o, pelo menos, empatar.
O que só acontece no desporto, onde só no final se sabe o resultado e a distribuição pontual.
Para concluir, o Braga “massacrou” (19-6 ou 30-6 remates – depende das fontes de recolha de dados – dos quais 5-1 para a baliza), com 66/34% de posse de bola, o que não foi aproveitado pelos bracarenses, quiçá “atormentados” ainda pela derrota sofrida para a Liga Europa poucos dias antes.
Outra agravante foi o facto de o Chaves ter-se colocado em vencedor logo aos dois minutos de jogo, depois de um cruzamento de João Teixeira, da esquerda para o centro da área, onde surgiu, oportuno – ante alguma apatia da defesa bracarense, talvez ainda não “quente” para o desafio – Hector, que desviou a bola para o fundo da baliza, com o guardião do Braga a ficar inerte e a ver a bola a passar…
A ronda nove conclui-se esta segunda-feira com o Arouca-Famalicão (20h15).