Como aqui (ontem, sexta-feira) foi referido, Portugal teria que vencer a República Checa (ou Chéquia) para se qualificar – ou ficar mais perto – de entrar na “final four” da Liga das Nações, que terá epílogo em 2023, face ao mundial do Qatar se realizar entre Novembro e Dezembro deste ano.
Para além de uma inesperada (ou talvez não) goleada (4-0) aos checos, Portugal demonstrou que, afinal, só conta quem joga, quem se disponibiliza para jogar, que vive os momentos de glória e de tristeza.
Este triunfo como que foi quase um passeio pela bela cidade de Praga – antes na Checoslováquia e agora na República Checa ou Chéquia – face à superioridade que a equipa nacional confirmou de princípio a fim, com especial relevo no primeiro tempo, que terminou com dois golos de vantagem, numa posse de bola de 65/35%, com 3-1 remates para a baliza, pese embora os checos tivessem rematado mais (8-6).
Com esta robustez de jogo, os lusos souberam encaminharam a equipa para uma exibição pautada por uma concepção que foi cumprida quase na íntegra, podendo o resultado até ser mais dilatado, não fosse Ronaldo se ter desequilibrado na altura do forte remate (24’), com a baliza aberta, que fez, mas com a bola a desviar-se para fora da baliza.
Um sinal que os checos tentaram retorquir quando (31’), num avançada checa, a bola cruzou da direita para a esquerda e chegou a Barak que de cabeça, fez a bola sair ao lado da baliza.
Na resposta, Portugal chegou ao 1-0, depois de Diogo Dalot ter controlado o esférico, subiu desde a saída da grande área até perto do meio-campo, onde endossou a Bruno Fernandes e reenviou a bola para perto da grande área, onde a bola chegou ao mesmo Dalot que, com cinco adversários por perto (que ficaram parados pela natureza da velocidade da jogada), recebeu a bola e encostou-a ao pé para a dirigir para o fundo da baliza checa.
Um golo que os checos sentiram “na pele” e começaram a “apagar-se” sobre todos os pontos de vista, tanto que (41’) Portugal podia ter chegado ao segundo golo, depois de várias falhas defensivas, coma bola a não entrar na baliza por mero acaso.
Um mero acaso que foi confirmado em cima dos 45+2’, quando Bruno Fernandes confirmou o 2-0, depois de ter recebido um passe milimétrico de William para, dentro da área, surgir isolado e marcar sem problemas.
Diogo Costa ainda teve de se empregar a fundo (45+4’) para suster uma bola que tinha o caminho do fundo da baliza.
Mas o “pior” surgiu logo a seguir quando, na tentativa de desviar a bola da zona da baliza, na pequena área, Ronaldo colocou a mão à frente da cara para se tentar defender (logo no início do jogo, num choque com o guardião checo, o capitão da selecção lusa ficou com o nariz em sangue, tendo sido assistido e regressado ao relvado pouco depois) e tocou na bola, dando a origem a uma grande penalidade, que os checos (55+5’) desperdiçaram.
Com dois golos de vantagem no intervalo, Portugal voltou a entrar em campo para retomar o comando das operações, que manteve, porquanto (52’) chegou ao 3-0, como novo golo de Diogo Dalot num remate fora da área, com o pé esquerdo, que levou a bola a entrar entre o guarda-redes e o poste esquerdo. Uma estreia de luxo para Dalot, que se estreou na equipa e nos golos, aumentando a “deriva” da equipa checa.
Com Ronaldo a comemorar o 190º jogo com a camisola das quinas, Diogo Jota esperou pelo minuto 82 para marcar o quarto golo luso depois de receber a bola, ao segundo poste, proveniente de um cruzamento de Ronaldo, para o Jota cabecear sem ninguém por perto.
O jogo decorreu até aos 90+2’ e tudo esteve tranquilo, terminando com uma posse de bola para Portugal de 54/46%, com 5-2 remates para a baliza de um total de 14-10 favorável aos checos.
Para que esta primeira parte terminasse em beleza, soube-se (souberam também os jogadores e todo o staff luso), que a Espanha perdeu, em casa, frente à Suíça (que também tinha derrotado Portugal), num encontro em que os suíços marcaram primeiro, permitiram o empate, mas na parte final do jogo voltaram ao de cima e deixaram Saragoça “gelada”.
Portugal passou para a liderança do grupo (10 pontos), seguido da Espanha (8), Suíça (6) e República Chéquia (4).
Na última rodada (terça-feira), Portugal recebe (em Braga) a Espanha e só pode ganhar ou empatar para se apurar para a “final four”. Frente aos checos, apesar do domínio luso, os Santos andaram por lá e espera-se que se mantenham activos em Braga e para Portugal.