“Temos que por a tónica na educação para que todos saibam que o desporto não é para violência, doping ou manipulação”, no dizer de Ana Catarina Mendes, Ministra com a tutela do Desporto“Temos de pôr a tónica na educação, de fazer com que os meninos saibam que o desporto não é para violência, doping ou manipulação. E sabemos que não caminhamos sozinhos, caminhamos com a federação”, referiu Ana Catarina Mendes, Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares.
Com esta declaração, a Ministra com a tutela do Desporto – divulgada no site da FPF – encerrou o “Football Talks” 2022 que a Federação Portuguesa de Futebol promoveu nos dois últimos dias.
A ministra revelou ainda que estão em estudos três diplomas que o governo está a estudar, que respeitam, que respeitam à prevenção e combate à violência, prevenção da manipulação de resultados desportivos e, ainda, a revisão do regime jurídico das sociedades anónimas desportivas.
Depois de dois dias de muita discussão com o alvo apontado a 2030, altura em que a FPF espera estar a co-organizar, com a congénere espanhola, o Mundial desse ano, coube à ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, fazer o discurso de encerramento de um evento que levantou muitas questões, discussões e definiu quais as estratégias a seguir para que o futebol português chegue a esse ano de boa saúde.
A governante, na oportunidade, salientou também que o futebol “é muito mais do que se passa nas quatro linhas”: “É uma forma de promover a igualdade e a inclusão, para podermos trazer para o desporto os mais novos e os mais velhos. É também uma forma de mudar comportamentos e eu tenho sido testemunha de como muitos mudaram por causa do desporto.”
Acrescentou ainda que “ao longo destes dois dias, tive a oportunidade de ir acompanhando o que se discutiu aqui, desde os académicos às pessoas do mundo futebol, da sociedade civil às autarquias. Estas conclusões levam-nos a perceber que melhorias podemos fazer nos próximos anos”, tendo frisado que “o trabalho feito pela federação na última década merece uma palavra. É um caminho marcado pela ambição e dedicação e desde a primeira edição do Football Talks, em 2015, muitas têm sido as conquistas. Só falando de seleções seniores, os resultados são históricos”.
Adiantou, por outro lado, que “um estudo referiu que a identificação futebolística é a mais importante para a diáspora portuguesa, pelo que olhar para 2030 é um desafio que se olhe para o futebol como uma força social, como um veículo de projeção de Portugal. É tempo de refletir, decidir e avançar e, por isso, é com ambição e dedicação que olhamos para o que será o país desportivo em 2030. O Mundial pode ter um impacto transformador, mas, até lá, ambicionamos a organização de outros eventos desportivos internacionais.”
Ana Catarina Mendes abordou também o Apoio ao Alto Rendimento Desportivo, que beneficiará cerca de 740 alunos de diferentes modalidades, frisando que “é um investimento do Estado que devemos e continuaremos a apoiar. Estamos ainda à espera de aprovar o estatuto pós-carreira do atleta de Alto Rendimento, com medidas fiscais e de ingresso no mercado de trabalho”, concluindo que “o desporto é um acelerador da adaptação e da evolução de consciências, sendo essencial na promoção da integridade e da inclusão. Temos ainda de agradecer à federação e aos vários clubes o papel que têm tido na integração de refugiados.”