A equipa espanhola do Sevilha conquistou, este domingo, no Estádio José Alvalade, o Troféu Cinco Violinos, depois de derrotar o Sporting na decisão por grandes penalidades.
Jesús Corona (15’) e Paulinho (82’), obtiveram os golos de cada uma das equipas no tempo regulamentar, sendo necessário o desempate por grandes penalidades, onde os espanhóis se superiorizaram (6-5).
De uma forma global, os espanhóis dominaram a primeira parte, porque mais entrosados (pelo menos foi o que demonstraram) e aguerridos, com maior velocidade e lucidez nos passes e mais lances junto da baliza à guarda de Adán.
Um deles acabou por dar (15’) no golo sevilhano, quando Adán colocou, por falta de sorte e velocidade de actuação, a bola nos pés de Oliver Torres, que a fez seguir para Jesús Corona marcar um golo de belo efeito.
Até aí os leões ainda não se tinham encontrado mas foi visível que o foco continuava a ser o de fazer mais fintas e jogadas individuais do que criar corredores de ataque planeado (nas várias estratégias montadas), pelo que o perigo era nulo para a baliza à guarda de Bono, o guardião do Sevilha.
O azar (23’) bateu à porta de Ugarte, que se lesionou e foi substituído pelo japonês Morita, mudança que talvez pudesse mudar o sistema de jogo e o Sporting começar a pensar de forma diferente, mais atractiva, criando oportunidades, mas nem por isso houve grande melhorias, porquanto tudo girava atrás da bola e de forma individual em vez de ser no colectivo.
A fechar do pano sobre o primeiro tempo, Nuno Santos apareceu na grande área espanhola e, na recarga de uma bola que ficou perdida no seguimento de um pontapé de canto, o médio sportinguista obrigou Bono a uma defesa que evitou o golo do empate.
No segundo tempo, com muitas substituições para ambos os lados, o jogo passou a ter outras características, ainda assim com o Sevilha em superioridade em termos de oportunidades, que levou os espanhóis a poderem ter chegado ao 2-0, o que não aconteceu porque Adán evitou o empate ao sair-se aos pés do adversário
No segundo tempo, com substituições atrás umas das outras, por ambas as equipas (devido ao calor que se fez sentir), o Sporting conseguiu equilibrar a partida mas sem grandes “lucros”, tendo Paulinho (53’), dentro da grande área espanhola, caído em luta com um defesa sevilhano, ficando a contorcer-se com dores.
O árbitro mandou jogar, só parando a partida mais à frente, tendo-se criado tensão entre alguns jogadores de ambas as equipas, levando o árbitro a mostrar um cartão amarelo ao defesa espanhol mais conflituante, o que levou alguns minutos a “sarar” a ferida.
O Sporting tornou-se mais actuante, Pedro Gonçalves (59’) rematou na passada mas ao lado da baliza, surgindo mais tarde Edwards a (75’) ter o empate nos pés mas desviou-se demais da linha de golo e acabou por rematar à rede lateral.
O mesmo Pedro Gonçalves (80’) preparou, fora da grande área, um remate que saiu forte, em arco e levou a bola a sair a poucos centímetros da baliza de Bono.
No que foi o prelúdio do Sporting chegar ao empate quando (82’), Pedro Gonçalves isolou Paulinho para este rematar, com o pé esquerdo, forte e a meia altura, para fazer a bola entrar na baliza dos espanhóis.
Depois do anúncio de que estavam em Alvalade 31.075 espectadores, o árbitro (88’) assinalou uma grande penalidade a favor do Sporting mas, face ao sinal dado pelo VAR, foi ver as imagens e não confirmou, pelo que o jogo prosseguiu.
Por mais seis minutos em que os golos não apareceram e o jogo terminou com o empate.
No desempate por grandes penalidades, o Sporting concretizou cinco e o Sevilha seis – aproveitando o remate à barra do nigeriano Tatawu – pelo que levou para Espanha o Troféu Cinco Violinos.
Uma estreia, ante os adeptos leoninos, que não foi feliz. Ver-se-á como vai ser quando começar a sério.