No último encontro da fase de grupos do Europeu de Futebol Feminino, realizado na tarde deste domingo, em Inglaterra, a selecção nacional foi goleada (5-0) pela Suécia, ficando de fora da fase final.
Tal como se tinha verificado antes no segundo jogo (derrota), a equipa nacional voltou a não saber como dar a volta a um adversário ainda mais forte – como ficou provado – acabando por ser goleada de forma expressiva e muito triste.
Se o empate no primeiro jogo não fora nada favorável para as pretensões portuguesas, o objectivo de ultrapassar a fase de grupos começou a ser um “pesadelo” depois da citada derrota no segundo jogo, atendendo a que a equipa como que se começou a “desmoronar”, apesar da alegria das jogadoras que, bem observadas, denotavam sinais de grande tristeza e quase não acreditava em nada.
Tudo o que foi confirmado no jogo deste domingo, com a copiosa derrota que começou aos 21’, quando Angeldahl abriu o activo para as suecas. Jogadora que (45’) voltou a marcar (2-0).
Situação que se agravou com o autogolo marcado (própria baliza) de Carole Costa (desviando a bola para dentro da sua baliza quase em cima da linha de baliza), colocando a Suécia a vencer por 3-0.
Aqui chegados, que obrigou a várias substituições, a equipa nacional foi decaindo – apesar de algumas jogadas “guerreiras” mas sem tom nem destino – pelo que Asllani (54’) chegou ao 4-0 e, no tempo de compensação (90+1’), Blackstenius fechou um 5-0 “arrepiante”.
Se bem que as estatísticas sejam todas favoráveis à Suécia – 18-7 em remates, dos quais 9-2 para a baliza, numa posse de bola de 53/47% – pensamento geral não estava do lado da formação nacional.
Analisadas as situações, parece que a parte psicológica da equipa não aguentou o “frenesim” com que este europeu foi lançado mentalmente nas jogadoras – porque é a quem cabe a maior responsabilidade de marcar golos e, com isso, somar pontos – o que, aliada a uma campanha diária de que era uma grande alegria a formação ir mais além do que na primeira vez.
Os consecutivos spots promocionais e ou publicitários – em especial no digital mas também nas redes sociais e comunicação social geral – terão tido um efeito de “pressão” e não de diversão (responsável) que não foi previsto e que redundou no que aconteceu.
É uma análise que ganha alguma tese técnico-psicológica e que será importante verificar em termos de futuro.
Quando muito se quer, muito se perde! Mais a mais quando factores exteriores, implementados com boa vontade, se invertem e se introduzem e são interiorizados pelos artistas.
Fica mais uma lição para a história do futebol feminino, que não merecia tamanha ligeireza de actuação.