Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Portugal esburacou o queijo suíço … tal era a fome!

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Fernando Correia / CN 2022

Com Cristiano Ronaldo – o Deus Salvador voltou – a “esgalhar” dois golos em quatro minutos, Portugal garantiu o triunfo que precisava para, em princípio, considerar-se como um efectivo candidato ao título da Liga das Nações.

Com o Estádio de Alvalade apenas com uma via (a dos portugueses) e onde couberam 42.325 espectadores (que não esgotaram a lotação oficial), sem dúvida que foram criadas as melhores condições gerais para que a formação lusa pudesse encontrar o caminho certo para o triunfo, como aconteceu, pese embora os primeiros minutos quase foram de sufoco para Fernando Santos.

Isto porque os suíços apresentaram-se com o habitual porte fisíco-atlético de alto nível e com um “rato”, de seu nome Shaqiri, que onde metia o pé era para ganhar a bola, e ganhou quase sempre, com os portugueses a não atinar com a maior pressão tida pelos suíços desde o apito inicial do árbitro.

Tanto que (5’), no seguimento de um pontapé de canto a favor dos suíços, a bola rola dentro da pequena área da baliza à guarda de Rui Patrício e, num ápice, surgiu no fundo da rede, atirada por Seferovic, sem que se percebesse muito bem como e porquê, porque os espectadores também ainda estavam a “aquecer” os olhos.

Apesar disso e após o árbitro israelita Orel Grinfeeld ter solicitado informação ao VAR, o golo acabou por não ser confirmado (houve mão na bola por parte de um atacante suíço), no que foi um alívio de alto grau junto de todos os portugueses, em especial dos que estavam entre as quatro linhas, que sentiram um peso enorme.

Com movimentos dinâmicos, a Suíça comandou as operações no primeiro quarto de hora, altura em que a formação lusa começou a “arrebitar” e, num ápice, conquistou um livre directo sobre a linha da meia lugar da grande área, tendo Cristiano Ronaldo chamado à respectiva cobrança.

Com um remate potente, seco, tipo “bomba” a bola vai directamente para o guarda-redes, que defendeu para a frente, aproveitando William a “paragem” da defesa suíça para chegar primeiro à bola e enviá-la para o fundo da baliza, fazendo o 1-0.

A partir daí, a equipa nacional começou a tomar conta do jogo, aproveitou o eco da vantagem no marcador e (31’), podia ter chegado ao 2-0 mas Otávio fintou de mais, perdeu ângulo e quando chutou fê-lo contra o defesa, que afastou o perigo.

Um minuto depois, Bruno Fernandes provocou uma falta grave ao tentar anular um contra-ataque dos suíços e foi amarelado, tendo protestado de forma a que podia ter levado um mais pesado, porquanto os jogadores continuam ser perceber que não devem esbracejar e reclamar por tudo e por nada.

Com os suíços a perder qualidade física e anímica, Portugal entrou em franca recuperação e, em quatro minutos, obteve dois golos, ambos marcados por Cristiano Ronaldo, que bisou (35 e 39’) no seguimento de duas jogadas bem urdidas e melhor concretizadas.

Na primeira, Bruno Fernandes isolou-se pela direita, remeteu para Diogo Jota um pouco mais à frente e viu Ronaldo um pouco mais atrás e no centro da grande área para enviar a bola com todas as coordenadas para só rematar e fazer o 2-0. Sem espinhas, ante a passividade da defesa suíça.

Na segunda, Nuno Mendes infiltrou-se por entre a defesa, criou vácuo e endossou a Diogo Jota que fez um passe de bandeja para Cristiano Ronaldo chegar ao 3-0, depois de, dois minutos antes, Bruno Fernandes ter tido oportunidade para o efeito mas não conseguiu.

Com o queijo suíço a abrir cada vez mais buracos, o 4-0 podia ter chegado (42’) mas Ronaldo viu a baliza tão aberta que acabou por rematar ao lado. Tal o deslumbramento…

Ultrapassado o intervalo, Portugal regressou como que com a mesma “fome” – pudera, o queijo estava a saber bem – e (51’) o 4-0 voltou a poder ser uma realidade. Mas não foi porque o avançado luso foi apanhado na situação de fora de jogo.

Novo livre directo marcado (65’) por Ronaldo mas a bola passou ao lado do poste. Mas três minutos depois, então sim, foi confirmado o quarto golo português, com Cancelo, depois de uma jogada lançada por Bernardo Silva, a colocar a inteligência e a raça em sintonia e endossar a bola mais à frente para Cancelo, que rematou pela nesga, pequena, que surgiu entre o guarda-redes e o poste, para a afixar bem no fundo da rede. Estava feito 4-0, mas a equipa nacional queria mais.

Nuno Mendes (82’) tentou entrar pela grande área suíça mas foi barrado em falta, tendo o árbitro assinalado grande penalidade, que foi revertida pelo próprio depois de ver as imagens (por indicação do VAR), acabando por ser assinalado um livre fora da grande área.

Chamado à cobrança, Ronaldo rematou forte para o canto superior direito da baliza mas Kobel, guardião suíço, voou e conseguiu desviar a bola para canto.

Com 18-5 remates, dos quais 10-1 para a baliza, numa posse de bola de 55/45%, Portugal fez tremer uma Suíça.

E acabou aqui a história desta goleada (4-0) à Suíça, ficando a aguardar-se por outro jogo importante, na quinta-feira, quando Portugal defrontará a República Checa para o primeiro jogo da “morte”, porquanto ambos seguem no comando da classificação (4 pontos), seguindo-se a Espanha (2 pontos, que empatou neste domingo com a República Checa), com os checos em branco.

Portugal alinhou com Rui Patrício; Cancelo, Pepe, Danilo e Nuno Mendes; Otávio (Rafael Leão, 77’), William (Matheus Nunes, 84’) e Rúben Neves (Palhinha, 77’); Ronaldo, Diogo Jota (Ricardo Horta, 67’) e Bruno Fernandes (Bernardo Silva, 67’).

A Suíça apresentou-se com Kobel; Mbabu, Frei, Schar e Rodriguez (Okafor, 62’); Sow (Gavranovic, 81’) e Xhaka; Steffen (Freuler, 69’), Shaqiri (Bottani, 70’) e Vargas; Seferovic (Embolo, 62’).

 

Artur Madeira

 

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Fernando Correia / CN 2022

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Fernando Correia / CN 2022

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Fernando Correia / CN 2022

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Fernando Correia / CN 2022

 

 

 

 

 

 

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