Uma vez mais – depois da “bênção” dada aquando João Sousa se tornou o primeiro português vencedor do Millenium Estoril Open – o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve no Clube de Ténis do Estoril para acompanhar Nuno Borges e Francisco Cabral na conquista do também primeiro título alcançado na vertente de pares.
Como foi possível acompanhar ao longo da semana e confirmar até ao fim da competição, Nuno Borges e Francisco Cabral chegaram ao Clube de Ténis do Estoril como convidados da organização e saíram como campeões do Millennium Estoril Open, ao derrotarem o argentino Maximo Gonzalez e o sueco Andre Goransson por 6-2 e 6-3, depois de uma “jogatana” de pouco mais de uma hora e com um resultado relativamente inesperado – em desporto o vencedor só se conhece no final – como os números o comprovaram.
Depois de seis títulos ITF, oito títulos Challenger (em 10 finais disputadas nos últimos 12 meses) e de uma estreia dourada na Taça Davis, o maiato e o portuense — ambos com 25 anos — realizaram a exibição mais autoritária da semana para registarem o quarto triunfo e conquistarem o título.
A final foi “rápida” e permitiu a Nuno Borges e Francisco Cabral entrarem para a história como a primeira dupla portuguesa a conquistar o título de pares no Millennium Estoril Open.
Mas este não é o único motivo de festa: com a campanha na terra batida do Clube de Ténis do Estoril, ambos vão passar a figurar no top 100 mundial da variante de pares pela primeira vez Cabral será o 80º, Borges o 99º.
Na conferência de imprensa, os dois jovens portugueses reflectiram sobre a semana histórica no Clube de Ténis do Estoril, com Nuno Borges a referir que “ainda estamos a absorver o momento, foi o culminar de uma grande semana. Ganhar aqui é o pináculo do ténis português e significa muito para nós os dois. É um grande dia que vamos recordar para sempre”.
Francisco Cabral, por seu lado, salientou que “fiquei estupefacto com o que aconteceu. Cantarem o hino nacional, com o estádio cheio e a minha família e amigos nas bancadas foi emocionante. Foi o assentar do momento, em que percebi que ganhámos o Millennium Estoril Open”.
No singular, o também jovem argentino Sebastian Baez chegou de forma discreta a este torneio ATP no Estoril mas depressa expôs na terra batida portuguesa as credenciais que fazem dele um dos jovens mais promissores da atualidade tendo completado uma semana de sonho com a conquista do Millennium Estoril Open.
Depois de eliminar João Sousa (o melhor tenista português da história e campeão de 2018), Marin Cilic (ex-campeão do US Open e da Taça Davis), Richard Gasquet (vencedor da primeira edição do torneio, em 2015) e Albert Ramos-Vinolas (campeão em 2021), o argentino (21 anos) aplicou os parciais de 6-3 e 6-2 ao norte-americano Frances Tiafoe (vice-campeão também em 2018) para conquistar o primeiro título da carreira em torneios ATP.
Depois de um 2021 para recordar no circuito secundário (disputou nove finais no ATP Challenger Tour, das quais venceu seis), Sebastian Baez entrou “a todo o gás” no circuito principal e com a conquista na terra batida portuguesa saltará pela primeira vez para o top 50 mundial, ao chegar ao 40º posto.
Com o troféu de campeão na bagagem e um futuro muito promissor pela frente, o tenista de Buenos Aires concluiu a primeira viagem a Portugal com muitos motivos para celebrar. Tal como o torneio: a edição de 2022 marcou o regresso do público, do espetáculo e da festa.
Pela primeira vez na história, o Millennium Estoril Open coroou um campeão de singulares que não nasceu no continente europeu. E, também pela primeira vez no historial do torneio, o título de pares foi alcançado por uma dupla portuguesa: Nuno Borges e Francisco Cabral!
Que melhor resultado se podia pedir para este Millennium Estoril Open de 2022?
Foi o que se viu.
Aguardemos que esta “marcha”, lusa e vitoriosa, se possa repetir no futuro, porque qualidade não falta e com o “padrinho” Marcelo Revelo de Sousa parece garantida a “protecção” quase divina.
“A sorte dá muito trabalho” – como disse, repetidamente, o Mestre Moniz Pereira.
Foi com trabalho, suor e lágrimas (de alegria) que os portugueses estiveram em campo a defender as cores nacionais.
Um preito também a João Zilhão e seus pares na estratégia, vencedora e perfeita, implementada que transmitiu a boa onda para os êxitos nacionais: título em pares e uma organização plena de sucessos.
O Millennium Estoril Open regressa em 2023. Assim se espera, assim se deseja! Se possível, maior e melhor!