Ante uma plateia composta por 59.657 pagantes no Estádio da Luz, o Benfica esteve a minutos de fazer surpresa quando quase chegou ao empate, mas acabou por sucumbir ante um Liverpool repleto de estrelas.
Num encontro que quase sempre liderou, nos parâmetros estatísticos mais usados (13-8 remates, dos quais 8-3 para a baliza, numa posse de bola de 66/34%), os britânicos estiveram à beira de sofrer em “ataque de nervos” quando (60’), depois de um contra-ataque, rápido e bem urdido, o Benfica chegou em vantagem numérica (4×3) até à grande área dos ingleses, com a bola a chegar a Everton para um remate pronto que obrigou o guardião forasteiro a uma defesa de elevado nível.
Ainda assim (67’) Darwin tentou arrancar para a baliza inglesa mas foi impedido pelo defesa Van Dijk – braço aberto e mão colocadas sobre o peito do benfiquista, impedindo-o de progredir dentro da grande área – mas que o árbitro espanhol mandou seguir.
Decorria o minuto nove quando Mané passou a bola, de calcanhar, a Salah, que rematou, Otamendi desviou a bola mas Odysseas defendeu, no que foi um sem fim de safar golos para o guardião do Benfica, porquanto (12’) voltou a fazer o mesmo, apesar de os benfiquistas estarem com um esquema de 5x4x1.
Quando tentavam sair para a frente, os jogadores do Benfica encontravam sempre grandes dificuldades para avançar, dada a cobertura global feita pelos britânicos, aliás como se comprovou ao longo de todo o jogo pela maior posse de bola inglesa.
Pelo que foi natural o Liverpool abrir o activo (17’), ainda que ante uma apatia geral da defesa benfiquista, que não tirou os pés do chão e permitiu que Konaté se elevasse mais alto e cabeceasse a bola para o fundo da baliza.
No entanto, o Benfica não baixou os braços e continuou a dar excelente luta mas sem criar muitas e flagrantes oportunidades de golo, o que levou o Liverpool a manter maior pressão e fazer mais golos, o que foi evitado (24’) por Odysseas, tapando o ângulo de remate a Luís Diaz, que poderia ter dado o 0-2.
Otamendi, na sequência de um pontapé de canto (33’), saltou bem mas cabeceou ao lado. Melhor esteve o Liverpool que, na resposta, chegou ao 0-2 (34’), numa jogada rápida que a bola a Luís Diaz que a endossou a Mané para marcar ante uma defesa algo apática na movimentação. O Benfica respondeu mas Everton atirou forte mas para as mãos do guardião britânico.
No último minuto do primeiro tempo, Odysseas fez frente a Salah que, a passe de Alexander Arnold, tentou enganar o guardião mas não conseguiu, com tempo ainda para Taarabt responder com perigo ao endossar a bola a Rafa que não teve pontaria para a baliza.
No segundo tempo, o Benfica tentou pressionar desde o apito para recomeço e a verdade é que reduziu para 1-2, com um golo de Darwin Núñez, aproveitando um erro de Konaté, falhando a interceptação da bola, que seguiu para o avançado benfiquista marcar sem problemas.
Depois da situações verificadas – que atrás descrevemos – as substituições feitas nas duas equipas provocaram novas situações de jogo, com o Liverpool a controlar mais a bola no seu meio campo, enquanto o Benfica mantinha o objectivo de chegar ao empate mas sem provocar grande perigo.
Luís Diaz voltou a falhar um golo possível (82’) mas rematou ao lado, o mesmo não sucedendo (87’) quando o ex-jogador do F. C. do Porto chegou ao 1-3, quando se isolou para chegar frente a Odysseas e fazer o golo da confirmação do triunfo dos britânicos. De realçar que a bola foi conquistada pelos jogadores do Liverpool na zona intermédia entre a grande a área e o meio campo benfiquista, que perdeu o controlo do bola e do contra-ataque saiu o golo tranquilizador.
Em função do toque de cabeças na grande área do Benfica, o jogo foi prolongado por mais sete minutos, altura em que Luís Diaz esteve perto do 1-4, que não aconteceu porque Odysseas o evitou.
Um resultado que não tranquiliza o Benfica para a segunda mão destes quartos-de-final da Liga dos Campeões mas há que referir, também, que tudo é possível de recuperar.
No outro jogo desta ronda, o Manchester City recebeu e venceu (1-0) o Atlético de Madrid.