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A Selecção Nacional sub-21 empatou, esta sexta-feira, em Portimão, frente à Islândia (1-1), em jogo a contar para a fase de qualificação para o Campeonato da Europa Geórgia/Roménia 2023.
Portugal entrou no jogo a todo o gás e criou perigo para a baliza islandesa, com remates de Paulo Bernardo (6’) e Gonçalo Ramos (8’). No entanto, foi a formação nórdica a marcar primeiro, por Willumsson (16’), que finalizou uma jogada confusa na área portuguesa.
Sempre muito apoiada pelos mais de quatro mil espectadores que compareceram no recinto de jogo, Portugal conseguiu uma reacção positiva ao primeiro golo sofrido em toda a fase de qualificação. Logo aos 17’, Henrique Araújo podia ter empatado, mas Gonçalo Ramos e Fábio Vieira também tiveram boas ocasiões para inscreverem o seu nome na lista de marcadores deste encontro.
O tão procurado empate chegou aos 34’, numa jogada de insistência de Gonçalo Ramos na área islandesa, tendo sido o corolário natural do ascendente português na maior parte dos primeiros 45 minutos.
O segundo tempo teve um cariz bastante semelhante, com Portugal a ter claramente mais posse de bola e oportunidades de golo (em quantidade e qualidade), mas sempre com os islandeses a oferecerem boa réplica através da sua solidariedade e ambição competitiva.
Destaque ainda para as estreias de Alexandre Penetra e Fábio Carvalho pela equipa portuguesa.
No outro jogo do dia, a Grécia venceu o Liechtenstein por 4-0.
Desta forma, Portugal segue na segunda posição da classificação geral do grupo D, com 16 pontos, a um ponto dos gregos, que têm um jogo a mais.
Os sub-21 voltam a entrar em acção precisamente diante da congénere helénica na próxima terça-feira, em Tripolis, pelas 17h00 (Portugal Continental).
Rui Jorge, seleccionador nacional da categoria, em declarações ao site da Federação Portuguesa de Futebol, salientou que “faltou alguma eficácia, alguma qualidade também. Mas foi um jogo difícil, contra uma equipa difícil, bastante agressiva em termos defensivos, com bom carácter e bom espírito, que tentou ao máximo encurtar o espaço para os nossos jogadores.
Fizeram um bom jogo defensivamente e tivemos alguma dificuldade em ultrapassá-los. Mesmo assim, não deixámos de criar algumas oportunidades, mas não conseguimos marcar mais golos do que o adversário e saímos com o empate.
Ofensivamente, acho que a primeira parte foi pior do que a segunda. Fomos pouco agressivos, algo que corrigimos. Mas ainda assim, não chegou para vencer hoje.
Vou ter de ver o golo [da Islândia] melhor, mas fiquei com a sensação de que é um golo bastante consentido. Faltou alguém que atacasse o portador da bola, fomos algo passivos a sair no jogador e depois fomos eliminados com alguma facilidade numa zona em que isso não deve acontecer.
Na parte final, a vontade de vencer era tanta que nos desorganizámos um bocadinho, com alguma precipitação em alguns momentos. Agrada-me pela vontade que têm em inverter o resultado e ir à procura da vitória, não me agrada tanto na perspectiva do equilíbrio que devemos ter para criar oportunidades mais efectivas sem colocar em risco a nossa defesa.
A forma como encaramos ou preparamos os jogos não vai divergir em nada do que temos feito até agora. Até agora, tínhamos um percurso limpo, deixámos de o ter. Perdemos dois pontos em casa, com um bom público.
Gostaríamos de ter dado outra alegria a quem veio ver o nosso jogo, demonstrámos em determinados momentos a nossa qualidade, mas gostaria que tivéssemos demonstrado ainda mais.”
