Ao vencer a Turquia por um 3-1 final – depois de ter o bónus dos turcos, que não converteram uma grande penalidade quando o resultado estava em 2-1 – Portugal acabou por sair por cima e garantir a presença na segunda fase dos play-offs de apuramento para a fase final, no Qatar.
Ainda que tivesse dominado o jogo de princípio a fim a formação lusa como que “adormeceu” depois de ter chegado ao 2-0, a finalizar a primeira parte, o que permitia um certo conforto para o segundo tempo.
Ronaldo teve a primeira oportunidade (9’) para “cheirar” o golo, numa jogada em que Dalot endossou a bola ao capitão da selecção lusa e este, lesto, rematou forte mas com a mira muito acima da barra da baliza turca.
Logo a seguir, Otávio (10’), que foi o mais expedito a criar perigo na área dos turcos e, até, abrir o activo para Portugal, tentou ganhar um cartão amarelo para o adversário, depois de uma falta sem razão para isso, levantando o braço a “dizer” ao árbitro para mostrar o referido cartão, num erro cometido pelo referido árbitro que o devia ter mostrado ao jogador português por comportamento incorrecto. É o sistema de jogo implementado em Portugal. Daí o facto de o tempo útil de jogo seja um dos mais baixos na Europa.
Depois de lançado (11’) por Bruno Fernandes, Diogo Jota falhou à boca da baliza, quando esta estava quase escancarada, mas a supremacia lusa veio a ser concretizara com o primeiro golo (15’), quando Bernardo rematou forte ao poste direito da baliza turca, seguindo para o lado contrário onde, oportuníssimo, Otávio surgiu rápido a fazer a recarga pela certa e colocar a equipa nacional na dianteira no marcador (1-0).
Os turcos reagiram e começaram a avançar mais em direcção da baliza lusa, tendo tido uma oportunidade (21’) quando Danilo, num mau passe, permitindo a que Under disparasse mas para defesa de Diogo Costa – que se estreou na selecção nacional – que se esticou até junto do poste para desviar para canto., seguindo-se novo arranque dos turcos (22’) com Kutlu a surgir nas costas de Dalot e cabecear para o poste.
Os turcos voltaram à carga, ante uma certa apatia portuguesa, com a criação de outra oportunidade de golo (27’), quando Diogo Costa foi obrigado a estar atento e voltar a defender para canto.
Depois deste período, Portugal conseguiu voltar ao de cima e, num ápice, através de um contra-ataque rápido, chegou ao 2-0 (42’), com a bola a ser lançada por Otávio para as costas do último defesa turco, onde surgiu, fulminante, um Diogo Costa pleno de pujança a cabecear e fazer a bola entrar junto ao poste para o segundo golo para Portugal, aproveitando a desatenção da defesa turca.
No segundo tempo, a situação começou a alterar-se quando Yilmaz, escapou a Fonte e surgiu frente a Diogo Costa para reduzir para 2-1 (65’), dando uma nova alma aos turcos – parecendo a equipa nacional como que parada no tempo – o que originou (83’) uma grande penalidade, nítida, contra Portugal.
Chamado a cobrar a falta máxima, Yilmaz falhou, de forma incrível, a finalização do remate, com o corpo “mal colocado” para rematar, levando a bola a subir para as alturas e perder a única oportunidade que teve para igualar o resultado.
O desnorte continuou na equipa nacional e João Moutinho (86’) pisou, de forma nítida, o pé de um jogador da Turquia e levou apenas um cartão amarelo quando devia ser o vermelho, numa altura em podia ter “estragado” tudo.
A “estrelinha” voltava a estar com Fernando Santos – com cara de poucos amigos e até a proferir, entre lábios, impropérios impróprios para um seleccionador nacional – quando Matheus Nunes arrancou o 3-1 (90+4’) definitivo, no que foi um alívio.
Ainda que (90+6’), na última jogada da partida, Ronaldo tivesse oportunidade de marcar mas a bola foi à barra.
Um triunfo, sempre justo – apesar das vicissitudes encontradas e do valor demonstrado pelos turcos – que levou Portugal a passar o primeiro teste a caminho do Qatar.
No outro encontro desta mesma fase, a Macedónia do Norte recebeu e venceu a Itália (1-0), pelo que Portugal vai defrontar os macedónios na próxima terça-feira, também no Estádio do Dragão (F. C. Porto).
De registar os 48.010 espectadores presentes na festa portuguesa na noite desta quinta-feira.
Matheus Nunes, no final do jogo, salientou “o trabalho que esta equipa fez desde o início do jogo, sempre muito concentrados na nossa ideia de jogo para conseguir a vitória. Agora temos de descansar e trabalhar para o jogo com a Macedónia do Norte, uma equipa que merece todo o nosso respeito. Para ganhar a Itália tem de ter qualidade e não podemos pensar que vai ser fácil
Para Fernando Santos, seleccionador nacional “podíamos jogar com a Macedónia ou Itália, sempre disse isso. Estes jogos são finais e as finais têm sempre muito que lhes diga. Ganhámos a primeira e agora temos de ganhar a segunda. É nisso que nos vamos focar. Temos de nos focar na Macedónia que vai ser um jogo difícil, de certeza. Se conseguiu ganhar à Itália é porque será muito difícil”.