Ainda ecoavam os ecos do empate do Sporting no Funchal e, no Estádio do Dragão, o F. C. do Porto esfregava as mãos porque, apesar de uma época em grande estilo (5º na classificação), o Gil Vicente seria mais ou menos “esfolado”.
Confirmando que a bola é esférica, que rola para ali e para acolá e que, por vezes, ninguém sabe qual o resultado final, a verdade é que, apesar de toda a “artilharia pesada” lhe pertencer – mal comparado até se parece com o poderio da Rússia ante uma Ucrânia que está a mostrar que, mal equipada, tem arte e manha para empatar, pelo menos até agora, as tropas russas – o F. C. do Porto não conseguiu mais do que um empate frente aos homens de Barcelos, cuja equipa se vir reduzida a dez unidades a partir dos três minutos de jogo, por expulsão de Carvalho.
Com menos um durante praticamente todo o jogo, mais depressa se percebeu que, para os gilistas, apenas um milagre podia safar a equipa de um resultado positivo, esperando-se mais uma goleada se a equipa portista estivesse bem … oleada.
Mas tudo saiu ao contrário das expectativas de Sérgio Conceição, apesar da equipa portista ter dominado, a seu bel-prazer, porquanto fez 30-5 remates, dos quais 8-1 para a baliza, com uma posse de bola de 63/36%, trudo insuficiente para garantir a vitória que se esperava, alavancada com a hipótese de o F. C. Porto ficar com oito pontos de vantagem do Sporting.
E foi ainda o Gil Vicente, que numa jogada bem urdida entre Samuel Lino e Navarro (62’), se colocou na frente do marcador, com Evanilson a chegar ao empate três minutos depois.
De resto, foi o que se viu, que não se previu, que não houve nem arte nem engenho, e muito menos nota técnica, suficiente para dar a volta ao resultado.
Aguardemos pelas análises após o pó assentar no chão.
No Estádio da Luz, o Benfica acabou por beneficiar pelos empates cedidos pelo Sporting e F. C. do Porto depois de ter derrotado um Vitória de Guimarães, que também “não aquece nem arrefece”, por um expressivo 3-0, num encontro em que, vá lá saber-se por quê, os vimaranenses remataram mais (17-9, dois quais 7-6 para a baliza), mas nem sequer “molharam a sopa” (como se dizia noutros tempos), numa posse de bola favorável, por margem pequena (56/44%), dos benfiquistas.
Fica, por isso, a história dos golos: Gonçalo Ramos (23’) fez o 1-0 e Darwin Núñez (37’ e 52’, este de grande penalidade) foram os marcadores de serviço, realçando o “forcing” do atacante benfiquista, que reforçou a liderança nos melhores marcadores.
Vizela e Portimonense concluíram o jogo com 1-1, apesar dos donos da casa terem rematado mais (18-10, dos quais 2-1 para a baliza), numa posse de bola com pouca diferença (56/44% para os vizelenses).
Resultado quiçá inesperado surgiu no Estoril-Boavista, em que os homens do Bessa conseguir ganhar na Amoreira (3-2), numa partida equilibrada mas sempre a pender para os axadrezados.
Vital colocou o Estoril em vantagem (6’) mas Musa (20’) e Abascal (49’) fizeram a reviravolta para o Boavista.
No segundo tempo, Leonardo (54’ e de grande penalidade) empatou a partida mas (85’) Luís Santos deu a machada final para o 3-2 a favor do Boavista, apesar dos esforços feitos nos últimos minutos.
Esta 24ª jornada (e só faltam dez para o final da competição) conclui-se esta segunda-feira com o Sporting de Braga-Santa Clara (20h15).